RELAÇÃO DA ADICÇÃO AO SMARTPHONE COM SINTOMAS DE ANSIEDADE, DEPRESSÃO, ESTRESSE, QUALIDADE DO SONO E RENDIMENTO ACADÊMICO EM GRADUANDOS DE ENFERMAGEM

Abstract

RESUMO: INTRODUÇÃO: Os smartphones oferecem diversas funcionalidades ao toque da ponta dos dedos, mas o uso excessivo destes dispositivos eletrônicos pode gerar adicção ao smartphone e estar associada a outras variáveis como depressão, ansiedade, estresse, qualidade de sono e rendimento acadêmico que precisam ser investigadas entre graduandos de Enfermagem brasileiros. OBJETIVO: Verificar a relação da adicção ao smartphone com sintomas de ansiedade, depressão, estresse, qualidade do sono e rendimento acadêmico em graduandos de Enfermagem. MÉTODO: Estudo quantitativo, descritivo e correlacional, realizado nos campus da capital e do interior de duas Instituições de Ensino Superior (IES) (A e B) públicas do Piauí. A população foi composta por todos os graduandos de Enfermagem (n= 1145) das instituições de ensino superior A (n= 844) e B (n= 301). A amostra foi obtida por conveniência e constituída de 206 graduandos de Enfermagem que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a 18 anos no momento da coleta de dados e possuir smartphone. E como critérios de exclusão: não preencher todos os itens dos instrumentos. Para coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário sociodemográfico, acadêmico, de hábitos de vida e padrões de uso de smartphone, Depression, Anxiety and Stress Scale-DASS-21; Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI); Smartphone Addiction Inventory (SPAI), via Google forms, disponibilizado por meio de redes sociais (Instagram, Whatsapp e Email) e Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). Após a coleta, os dados obtidos foram codificados para elaboração de dicionário e realizada dupla digitação em planilhas do Excel. Os dados foram avaliados para detecção de possíveis erros e quando detectados foram corrigidos e exportados para o software Statistical Package for social Sciences (SPSS) versão 22.0 e analisados. Foram realizadas estatísticas descritivas, constituídas de frequência e porcentagem para as variáveis qualitativas e média, mediana, desvio padrão e intervalo interquartil para as variáveis quantitativas. Para verificar a distribuição normal das variáveis quantitativas foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk. As distribuições não foram normais e deste modo foram utilizados os testes não paramétricos, dentre os quais: teste de Qui-Quadrado, Exato de Fisher e teste U de Mann Whitney. As possíveis associações entre as variáveis do estudo com a variável adicção ao smartphone foram analisadas a partir do modelo de regressão logística. Permaneceram no modelo final as varáveis com p-valor ≤ 0,05. Para todas as análises foi adotado o nível de significância de 5%. RESULTADOS: A prevalência global da adicção ao smartphone foi de 129 (62,6%). Os estudantes apresentaram sintomas moderados a extremamente graves de depressão 64,6, ansiedade 64,5% e estresse 63,1%, Na classificação da qualidade do sono, 162 (78,6%) foram classificadas como maus dormidores. O índice de rendimento acadêmico variou entre 6,0 e 9,7. Na análise bivariada, a adicção ao smartphone se relacionou com duração de uso do smartphone em um dia típico (p=0,004), sintomas de depressão (p<0,001), ansiedade (p<0,001), estresse (p<0,001) e pontuação global da qualidade do sono (p<0,001). Após a análise multivariada permaneceram no modelo final as variáveis sintomas de depressão (p<0,005) e ansiedade (p<0,005). CONCLUSÃO: A adicção ao smartphone se relacionou com sintomas de depressão (p<0,005) e ansiedade (p<0,005). Esta descoberta fornecerá informações adicionais sobre os problemas de saúde relacionados a adicção ao smartphone e construção de políticas públicas de prevenção desse problema e dos fatores de risco relacionados. ABSTRACT: INTRODUCTION: Smartphones offer several features at the touch of your fingertips, but excessive use of these electronic devices can lead to smartphone addiction and be associated with other variables such as depression, anxiety, stress, sleep quality and academic performance that need to be investigated among Brazilian nursing students. OBJECTIVE: To verify the relationship between smartphone addiction and symptoms of anxiety, depression, stress, sleep quality and academic performance in nursing students. METHOD: Quantitative, descriptive and correlational study, carried out on campuses in the capital and in the interior of two public Higher Education Institutions (HEIs) (A and B) in Piauí. The population consisted of all undergraduate nursing students (n=1145) from higher education institutions A (n=844) and B (n=301). The sample was obtained for convenience and consisted of 206 undergraduate nursing students who met the following inclusion criteria: being 18 years old or older at the time of data collection and having a smartphone. And as exclusion criteria: not filling out all the items in the instruments. For data collection, the following instruments were used: Sociodemographic, academic, life habits and patterns of smartphone use questionnaire, Depression, Anxiety and Stress Scale-DASS-21; Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI); Smartphone Addiction Inventory (SPAI), via Google forms, available through social networks (Instagram, Whatsapp and Email) and the Integrated Academic Activities Management System (SIGAA). After collection, the data obtained were coded for the elaboration of a dictionary and double typing was performed in Excel spreadsheets. The data were evaluated to detect possible errors and when detected, they were corrected and exported to the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 22.0 software and analyzed. Descriptive statistics were performed, consisting of frequency and percentage for qualitative variables and mean, median, standard deviation and interquartile range for quantitative variables. To verify the normal distribution of quantitative variables, the Shapiro-Wilk test was used. The distributions were not normal and therefore non- parametric tests were used, among which: Chi-Square test, Fisher's exact test and Mann Whitney U test. Possible associations between the study variables and the smartphone addiction variable were analyzed using the logistic regression model. The variables with p-value ≤ 0.05 remained in the final model. For all analyses, a significance level of 5% was adopted. RESULTS: The overall prevalence of smartphone addiction was 129 (62.6%). Students showed moderate to extremely severe symptoms of depression 64.6, anxiety 64.5% and stress 63.1%. In the classification of sleep quality, 162 (78.6%) were classified as poor sleepers. The academic performance index ranged between 6.0 and 9.7. In the bivariate analysis, smartphone addiction was related to duration of smartphone use on a typical day (p=0.004), symptoms of depression (p<0.001), anxiety (p<0.001), stress (p<0.001) and score global sleep quality (p<0.001). After the multivariate analysis, the variables symptoms of depression (p<0.005) and anxiety (p<0.005) remained in the final model. CONCLUSION: Smartphone addiction was related to symptoms of depression (p<0.005) and anxiety (p<0.005). This discovery will provide additional information about the health problems related to smartphone addiction and the construction of public policies to prevent this problem and related risk factors. RESUMEN: INTRODUCCIÓN: Los teléfonos inteligentes ofrecen varias funciones al tocar la punta de los dedos, pero el uso excesivo de estos dispositivos electrónicos puede conducir a la adicción a los teléfonos inteligentes y estar asociado con otras variables como depresión, ansiedad, estrés, calidad del sueño y rendimiento académico que deben ser investigados entre Estudiantes brasileños de enfermería. OBJETIVO: Verificar la relación entre la adicción a los teléfonos inteligentes y los síntomas de ansiedad, depresión, estrés, calidad del sueño y rendimiento académico en estudiantes de enfermería. MÉTODO: Estudio cuantitativo, descriptivo y correlacional, realizado en campus de la capital y del interior de dos Instituciones de Educación Superior (IES) públicas (A y B) de Piauí. La población estuvo conformada por todos los estudiantes de licenciatura en enfermería (n = 1145) de las instituciones de educación superior A (n = 844) y B (n = 301). La muestra se obtuvo por conveniencia y estuvo conformada por 206 estudiantes de licenciatura en enfermería que cumplieron con los siguientes criterios de inclusión: tener 18 años o más al momento de la recolección de datos y poseer un teléfono inteligente. Y como criterio de exclusión: no cumplimentar todos los ítems de los instrumentos. Para la recolección de datos se utilizaron los siguientes instrumentos: Cuestionario sociodemográfico, académico, hábitos de vida y patrones de uso de teléfonos inteligentes, Escala de Depresión, Ansiedad y Estrés-DASS-21; Índice de calidad del sueño de Pittsburgh (PSQI); Inventario de Adicciones a Smartphone (SPAI), vía formularios de Google, disponible a través de redes sociales (Instagram, Whatsapp y Email) y el Sistema Integrado de Gestión de Actividades Académicas (SIGAA). Después de la recolección, los datos obtenidos se codificaron para crear un diccionario y se digitaron dos veces en hojas de cálculo de Excel y exportados al software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versión 22.0 y analizados. Se realizó estadística descriptiva compuesta por frecuencia y porcentaje para variables cualitativas y media, mediana, desviación estándar y rango intercuartílico para variables cuantitativas. Para verificar la distribución normal de las variables cuantitativas se utilizó la prueba de Shapiro-Wilk. Las distribuciones no fueron normales, por lo que se utilizaron pruebas no paramétricas, entre las que se encuentran: la prueba Chi-Cuadrado, la prueba exacta de Fisher y la prueba U de Mann Whitney. Las posibles asociaciones entre las variables de estudio y la variable adicción a los teléfonos inteligentes se analizaron mediante el modelo de regresión logística. RESULTADOS: La prevalencia general de adicción a los teléfonos inteligentes fue de 129 (62,6%). Los estudiantes presentaron síntomas moderados a extremadamente severos de depresión 64.6, ansiedad 64.5% y estrés 63.1% En la clasificación de la calidad del sueño, 162 (78.6%) fueron clasificados como malos durmientes. El índice de rendimiento académico osciló entre 6,0 y 9,7. En el análisis bivariado, la adicción a los teléfonos inteligentes se relacionó con la duración del uso de teléfonos inteligentes en un día típico (p = 0,004), los síntomas de depresión (p <0,001), la ansiedad (p <0,001), el estrés (p <0,001) y la puntuación del sueño global. calidad (p <0,001). Tras el análisis multivariado, las variables síntomas de depresión (p <0,005) y ansiedad (p <0,005) permanecieron en el modelo final. CONCLUSIÓN: La adicción a los teléfonos inteligentes se relacionó con síntomas de depresión (p <0,005) y ansiedad (p <0,005). Este descubrimiento brindará información adicional sobre los problemas de salud relacionados con la adicción a los teléfonos inteligentes y la construcción de políticas públicas para prevenir este problema y los factores de riesgo relacionados.