dc.description.abstract |
RESUMO: A presente dissertação de Mestrado tem por objetivo investigar a crítica que Richard Rorty (1931-2007) fez à epistemologia clássica, oriunda da tradição cartesiana e kantiana, que estabeleceu uma noção de mente como espelho da realidade. Rorty apresentou uma descrição da realidade que difere da visão de conhecimento da tradição cartesiano-kantiana, bem como da tradição analítica, as quais pretendiam, respectivamente, representar a mente como grande espelho da realidade e reduzir o conhecimento filosófico à análise da linguagem do discurso científico. A pesquisa intitula-se: “Richard Rorty e a Ruptura com Epistemologia: do deslocamento da comensuração à conversação” e se fundamentará nas seguintes obras de Rorty: A filosofia e o espelho da natureza (1979), Objetivismo, relativismo e verdade (1999) e Contingência, ironia e solidariedade (1989). Pretende-se analisar, porque Richard Rorty abandonou a epistemologia tradicional, adotando a hermenêutica e, por conseguinte, a conversação como forma de descrição da realidade e não mais a objetividade como critério de chegar à verdade. A investigação busca compreender como Rorty se opõe ao objetivismo da comensuração e oferece possibilidades de diversos vocabulários apresentarem descrições menos equivocadas sobre a realidade. Pretende-se investigar como ocorre, em Rorty, a ruptura com uma epistemologia fundada na comensuração e porque, nos moldes neopragmatistas, Rorty adota a conversação e a hermenêutica como “método” apropriado a uma melhor e mais interessante descrição da realidade. A pesquisa articulará o pensamento de Rorty ao de autores como Dewey e Quine considerados pelo neopragmatista como holistas, antifundacionistas do conhecimento e do significado que, contudo, abandonaram a busca da comensuração. Na esteira dessa análise, a pesquisa discutirá a forma como Rorty rompe com a objetividade enquanto fundamento empirista da realidade para indicar o caminho da conversação como atividade edificante da filosofia que mudará a relação entre os seres humanos e os objetos, bem como os novos padrões de justificação da realidade. Por fim, se analisará a solidariedade como um tema mais apropriado ao fazer filosófico do que a epistemologia. ------------------ ABSTRACT: This present master’s dissertation aims to investigate the Richard Rorty’ criticism (1931-2007) about the classical epistemology that came from the Cartesian and Kantian tradition which established a notion of mind as a mirror of reality. Rorty has presented a description of reality that is different from the vision of knowledge of Cartesian – Kantian tradition, as well as the analytic tradition that both wanted, respectively represent the mind as a great mirror of reality and reduce philosophical knowledge to analyze the language of scientific discourse. The research is entitled: “Richard Rorty and the break with the epistemology: From the displacement of commensuration to conversation”, and this research is based on the following Richard Rorty’s works: Philosophy and the Mirror of Nature (1979), Objectivity, relativism and truth (1999) and Contingency irony and solidarity (1989).This work intend to analyze why Richard Rorty has left the traditional epistemology, adopting the hermeneutics and after ,the conversation as a form of description of reality and no more the objectivity as criteria to reach the truth. This research seeks to understand how Rorty opposes himself against the objectivism of commensuration and offers possibilities for various vocabularies present themselves less misleading descriptions of reality. This works aims to investigate how the break with an epistemology founded in commensuration occurs in Rorty and because in neo pragmatist molds, he adopts the conversation and hermeneutics as “method” appropriate to a better and more interesting description of reality. The research intends to articulate Rorty’s way of thinking with to the authors like Dewey and Quine that are considered by the pragmatists as holists, anti-fundationalists of the knowledge and the meaning that, however, have left the search of commensuration. In this point of view, the research will discuss the way as Rorty breaks with objectivity as empiricist reality foundation to indicate the way of conversation as an edifying activity of the philosophy that will change the relationship between human beings and the objects, as well as the news standards of reality. Finally, it will be analyzed the solidarity as a more appropriate theme to the philosophic act rather than the epistemology. |
pt_BR |