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RESUMO: Objetivou-se com essa pesquisa avaliar o efeito da administração de
angiotensina-(1-7), por via subcutânea, em ovelhas submetidas a protocolo de IATF,
bem como seus efeitos na MIV de oócitos ovinos. Para tanto, utilizou-se 76 ovelhas,
que foram divididas aleatoriamente em dois grupos experimentais: controle (n=37),
angiotensina-(1-7) (n=39). Os animais foram submetidos ao protocolo de sincronização
do estro e ovulação com esponjas vaginais impregnadas com 60 mg de acetato de
medroxiprogesterona durante 10 dias. No 10º dia foram aplicados, via intramuscular,
300 UI de Gonadotrofina Coriônica Equina e 125 μg de cloprostenol. Nos dias 10, 11 e
12 os animais receberam os tratamentos duas vezes ao dia de acordo com os grupos
experimentais: o grupo controle recebeu 30 μg/kg de ciclodextrina em 2 mL de água
destilada por animal, via subcutânea e o grupo angiotensina recebeu solução de
Angiotensina-(1-7)+ciclodextrina diluída em 2 mL de água destilada na dose de 20
μg/kg. Durante as aplicações eram também realizadas coletas de sangue para dosagem
de estradiol pelo teste de Elisa. A inseminação artificial foi realizada 50 a 55 horas após
a retirada das esponjas com sêmen fresco oriundo de reprodutores com fertilidade
comprovada. No ato das inseminações foi mensurado o relaxamento da cérvix
adotando-se: 1-relaxada (R) e 2-contraída (C). Foram utilizados o teste do Qui-
Quadrado para avaliação das taxas de prenhez e percentagem de relaxamento cervical.
Para as análises de estradiol foram utilizados os testes não paramétrico de Friedman e
wilcoxon-mann-whitney considerando 0,05 como nível de confiança em todos os testes.
Para avaliar o efeito da Angiotensina-(1-7) na maturação oocitária, foram utilizados no
primeiro experimento 74 oócitos, cultivados na ausência ou presença de Ang-(1-7), G-1
e G-2, respectivamente. Para confirmação do efeito da Ang-(1-7), o grupo 3 (G-3)
recebeu ang-(1-7) adicionado ao seu antagonista específico A-779 na mesma
concentração. No segundo experimento, foram utilizados 87 oócitos, cultivados na
ausência de Ang-(1-7)-G1-Grupo controle (n=25) e na presença de Ang-(1-7) em
diferentes concentrações, G-2- Ang-(1-7) a 0,5 μM (n=32) e G-3- Ang-(1-7) a 0,25 μM
(n=30). As análises estatísticas foram realizadas pelo teste do Qui-quadrado com nível
de confiança de 95% (p<0.05). Os resultados mostraram que não houve diferença
estatisticamente significativa na taxa de prenhez e taxa de estradiol entre os tratamentos,
no entanto houve um maior percentual de relaxamento de cérvix no grupo angiotensina
em relação ao controle. Em relação à taxa de maturação oocitária, angiotensina-(1-7) na
concentração de 1 μM bem como a sua adição a 1 μM acrescida de seu antagonista
específico A-779 diminuem a taxa de maturação in vitro de oócitos ovinos. Além disso,
a adição deste peptídeo a 0,5 μM e 0,25 μM também diminuem esta maturação.
Conclui-se que a aplicação de angiotensina-(1-7) na dose de 20μg/kg durante o período
pré-ovulatório de ovelhas submetidas à IATF, não influenciou a taxa de prenhez nem os
níveis de estradiol próximo à ovulação, porém provocou um maior percentual de
relaxamento de cérvix e que a adição de angiotensina-(1-7) nas concentrações de 0,5
μM , 0,25 μM e 1 μM, bem como a adição de angiotensina-(1-7) a 1 μM juntamente
com o seu antagonista específico A-779 na mesma concentração, diminuem a taxa de
maturação in vitro de oócitos ovinos.---------------------ABSTRACT: The objective of this research was to evaluate the effect of subcutaneous
administration of angiotensin- (1-7) in sheep submitted to TAIF protocol, as well as its
effects on ovine oocyte IVM. For this, 76 sheep were used, which were randomly
divided into two experimental groups: control (n = 37), angiotensin- (1-7) (n = 39). The
animals were submitted to protocol of estrus synchronization and ovulation with vaginal
sponges impregnated with 60 mg of medroxyprogesterone acetate for 10 days. On the
10th day, 300 IU of Equine Chorionic Gonadotrophin and 125 μg of cloprostenol were
administered intramuscularly. On days 10, 11 and 12 the animals received the
treatments twice a day according to the experimental groups: the control group received
30 μg/kg of cyclodextrin in 2 mL of distilled water per animal subcutaneously and the
angiotensin group received solution of Angiotensin- (1-7) + cyclodextrin diluted in 2 ml
distilled water at the dose of 20 μg/kg. Blood samples were also taken for the
measurement of estradiol by the Elisa test. Artificial insemination was performed 50 to
55 hours after the removal of sponges with fresh semen from reproducers with proven
fertility. At the time of the inseminations, the relaxation of the cervix was measured by
adopting: 1-relaxed (R) and 2-contracted (C). The chi-square test was used to evaluate
pregnancy rates and percentage of cervical relaxation. For the estradiol analyzes, the
nonparametric tests of Friedman and Wilcoxon-Mann-Whitney were used, considering
0.05 as the confidence level in all tests. To evaluate the effect of Angiotensin- (1-7) on
oocyte maturation, 74 oocytes cultured in the absence or presence of Ang- (1-7), G-1
and G-2, respectively, were used in the first experiment. To confirm the effect of Ang-
(1-7), group 3 (G-3) received ang- (1-7) added to its specific antagonist A-779 in the
same concentration. In the second experiment, 87 oocytes were cultured in the absence
of Ang- (1-7) -G1-Control group (n = 25) and in the presence of Ang- (1-7) in different
concentrations, G-2-Ang - (1-7) at 0.5 μM (n = 32) and G-3 Ang- (1-7) at 0.25 μM (n =
30). Statistical analyzes were performed using the chi-square test with a confidence
level of 95% (p <0.05). The results showed that there was no statistically significant
difference in pregnancy rate and estradiol rate among treatments, however there was a
higher percentage of cervical relaxation in the angiotensin group in relation to the
control. In relation to the oocyte maturation rate, angiotensin- (1-7) at 1 μM
concentration as well as its addition at 1 μM plus its specific A-779 antagonist decrease
the in vitro maturation rate of ovine oocytes. In addition, addition of this peptide at 0.5
μM and 0.25 μM also decreases this maturation. It was concluded that the application of
angiotensin- (1-7) at a dose of 20 μg/kg during the preovulatory period of sheep
submitted to TAIF did not influence the pregnancy rate or estradiol levels close to
ovulation, but caused a higher percentage of cervical relaxation and that the addition of
angiotensin- (1-7) at concentrations of 0.5 μM, 0.25 μM and 1 μM, as well as the
addition of angiotensin- (1-7) to 1 μM together with their specific A-779 antagonist at
the same concentration, decrease the in vitro maturation rate of ovine oocytes. |
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