Abstract:
RESUMO:
A Agricultura Urbana (AU) consiste em uma atividade agrícola praticada em pequenos espaços, nas cidades, cultivadas no solo, em canteiros suspensos ou telhados, e/ou pecuária de pequeno porte, destinada ao autoconsumo, doação ou venda na vizinhança e em mercados, praticada mundialmente com finalidades diversas, como a geração de renda e a promoção da segurança alimentar. Justifica-se, portanto, a necessidade de um olhar crítico sobre esta prática, sob os aspectos econômico, social, ambiental e político/institucional. A AU está estabelecida em Teresina desde 1986. como um modelo de eogestão entre a Prefeitura e a comunidade de baixa renda, residente das zonas de expansão urbana, objetivando ocupação de espaços vazios em bairros periféricos, geração de renda e melhoria da segurança alimentar das famílias pobres das áreas periféricas. Nesse contexto, essa investigação questiona: o modelo de agricultura desenvolvido na área urbana de Teresina se configura como (in)sustentável? Partindo dessa problemática, a hipótese desse estudo consiste em que a AU em Teresina encerrava uma prática insustentável pelas esferas político/institucional, econômica, social e ambiental por não contemplarem a melhoria das condições da ambiência. Assim, analisou-se a AU em Teresina como uma prática/politica decorrente da ação conjunta de agentes produtores (horticultores e poder público municipal), a partir das dimensões social, econômica, ambiental e político/institucional. Para tanto, especificamente, caracterizou-se a agricultura urbana, através das funções, dimensões e agentes; identificou-se e avaliou-se o papel e a ação dos agentes envolvidos na agricultura urbana em Teresina; discutiu-se a sustentabilidade da agricultura urbana como uma política, com base na construção cic indicadores, assentados nas dimensões econômica, social, ambiental c político/institucional. Destaca-se que a metodologia se pautou no método complexo, mediante pesquisa de campo nas 40 hortas urbanas localizadas na Capital piauiense, com um total de 95 questionários. Dessa forma, caracterizou-se o agricultor como migrante, essencialmente feminino, acima dos 46 anos e com baixa escolaridade formal. Detectaram-se as necessidades econômicas como a principal motivação de entrada na atividade. Acrescenta-se que os indicadores sociais demonstraram que os serviços públicos, especialmente o esgotamento sanitário, eram deficitários, ocasionando uma interação negativa com a produção urbana. Quanto aos indicadores econômicos, notou-se fragilidade na gestão da AU, pelas dificuldades na quantificação da produção e na capacidade de obtenção de crédito, desfavorecendo o caráter econômico da atividade e seu poder de atração junto ao público jovem. Na dimensão ambiental, constatou-se que os indicadores de adoção de práticas ecológicas e de uso do lixo como adubo estavam em concordância com as proposições do Órgão Gestor em proveito da agricultura orgânica, que a água utilizada nos cultivos era satisfatória, mas de qualidade duvidosa, visto a não ocorrência de análises periódicas, c que o uso de produtos químicos nos cultivos expressou uma prática ambiental insustentável. Já quanto à dimensão político/institucional, observou-se insuficiência e/ou inadequação na prestação de assistência técnica e o escasso conhecimento dos agricultores sobre os planos e projetos elaborados pelo poder público. Diante do exposto, comprovou-se a hipótese elencada, de que, apesar dos avanços propiciados pela prática/politica de AU em Teresina, esta ainda não se constitui como uma atividade sustentável..................ABSTRACT: The urban agriculture (VA) consists of a practiced agriculture in small spaces in cities, urown in soil in heds or suspended roofs, and/or small livestock, destined to self, donation or sale in the neighborhood and markets, practiced worldwide for various purposes, such as generating iticome and promoting food security. It is justifiable, therefore, the need for a critical look at this practice, under the economic aspects, social, environmental and political/institutional. The VA is established in Teresina since 1986, as a model of co-management between the Municipality and the low-income community, residents of urban sprawl, aiming occupation of unproductive arcas, generating ineome and improving food security ofpoor families peripheral arcas. In this contem, this research questions: the agricultura( model developed in the urban arca of Teresina is configured as (un)sustainable? Starting from this issue, the hypothesis of this study is that the VA in Teresina ended unsustainable practice by political/institutional, econotnic, social and environmental spheres for not contemplate the iinprovement of arnbience conditions. Thus, That was analyze the UA in Teresina as a practice/policy arising from joint action producing agents (gardeners) and municipal government, from the social, environinental and political/institutional dimensions. Therefore, specifically, it characterized urban agriculture, through the timetions, ditnensions and agents; identified and evaluated the role and the action of the agents involved in urban agriculture in Teresina; discussed the sustainability ofurban agriculture as a policy, based on the construct ion of indicators, settled in the cconomic, social, environmental and political/institutional. It is noteworthy that the methodology was marked in the complex method by field research in 40 urban gardens located in Teresina, Capital of Piauí, with a total of 95 questionnaires. Thus characterized the farmer as a migrant, ma inly remate, over 46 years and with little formal schooling. Detected if economic needs as the main entrance of motivation in the activity. It adds that social indicators have shown that publie services, especially sanitation, were deficient, causing a negative interaction with the urban production. As for economic indicators, it was noted weakness in UA's management, the diffieulties in quantifying the production and the ability to obtain credit, disadvantaging the economic nature of the activity and its app'eal with the young audience. In the environmental dimension, it was found that the adoption of green practiees indicators and waste use as fertilizer were in line with the proposals of the Governing Body in favor of organic agriculture, the water used in crops was satisfactory, but of dubious quality since the non-occurrence of periodic reviews, and the use of chemicals on crops cxpressed ao unsustainable environmental pract ices. As for the political/institutional dimension, it found insufficient and/or inadequatc in providing technical assistance and limited knowledge of farmers on the pisos and projects drawn up by the uovernment. Ciiven the above, it proved the hypothesis that, despite the advances enabled by the practice/policy of UA in Teresina, this is not yet as a sustainable activity.