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RESUMO: A questão da violência configura uma temática sempre contemporânea, visto que
fazemos parte de um círculo constante em que somos acometidos por toda sorte de
violações, crimes, moléstias e etc. Assim se faz nossa época, e assim se fez o
século XX, debruçado em guerras e revoluções. Este trabalho tem por objetivo
apresentar de que modo Camus, concebe os conceitos fundamentais de absurdo,
revolta e revolução, visando estabelecer uma critica ao despropósito revolucionário
que ambientou sua época e subtraiu valores sui generis do homem, como, a força
da revolta e a manutenção do absurdo. A obra de Camus tem como horizonte um
objetivo comum: denunciar a questão da violência totalitária no século XX, buscando
uma reconstituição do humano dentro do labirinto das ideologias e dos arcabouços
teóricos da história, que dão origem ao terror e ao assassinato, visando priorizar a
vida e a natureza humana, numa época em que preponderam os ideais niilistas.
Assim, Camus apresenta críticas ao ideal marxista, resaltando a sua insuficiência
enquanto profecia. Este trabalho encontra-se dividido em três capítulos: no primeiro,
aponta-se de que modo o absurdo se torna o ponto de partida para a compreensão
de sua critica ao fenômeno dos excessos; no segundo capítulo, o foco se volta para
a questão da revolta metafísica, procurando destacar como valores morais são
subsumidos pelo peso do niilismo; no terceiro capítulo, apresentamos a outra face
da revolta e para nós a mais importante, a revolta histórica, esta se apresenta como
pressuposto exequível para a violência, visto que após romper com o ideal nobre de
revolta, adentra o conteúdo mecânico e procedimental dos crimes lógicos. ABSTRACT: The violence‟s problem sets an ever-contemporary theme, since we are part of a
constant circle in which we are affected by all sorts of violations, crimes, diseases,
etc. So it is how actually we live, and so all the twentieth century, leaned in wars and
revolutions. This work aims to present that Camus‟ thought and how the philosopher
conceives the fundamental concepts of absurd, rebellion and revolution, to establish
a critique of the revolutionary nonsense that sets his time and subtracted sui generis
values of man, as the strength of the revolt and maintenance the absurd. Camus's
work has the horizon a common goal: to report the issue of totalitarian violence in the
twentieth century, seeking reconstitution of the human in the maze of ideologies and
theoretical frameworks of history that give rise to terror and murder, aimed at
prioritizing life and human nature, at a time when the nihilistic ideals prevail. Thus,
Camus presents criticism of the Marxist ideal, emphasizing their failure as prophecy.
This work is divided into three chapters: in the first one is pointed out how the absurd
becomes the starting point for understanding his critique of the phenomenon of
overeating; in second chapter, the focus turns to the question of metaphysical
rebellion, trying to highlight how moral values are subsumed by the weight of nihilism;
in the last chapter, we present the other side of the revolt and for us the most
important historical revolt, this is presented as feasible assumption for violence, since
after breaking up with the noble ideal of revolt, enters the mechanical and procedural
content of logical crimes. |
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