Abstract:
RESUMO:
Uma das classes de flavonoides que possuem baixa toxicidade e diversas propriedades inerentes ao grupo, são os biflavonoides. Dentre estes, a agatisflavona é um dos menos estudados, principalmente no que se refere à suas propriedades toxicológicas, sendo, portanto, o foco deste trabalho. Dessa forma, objetivo desta investigação foi avaliar tais propriedades da agatisflavona em modelos animais, bem como verificar a possível atividade antioxidante in vitro em parâmetros relacionados ao estresse oxidativo e realizar uma prospecção científica e tecnológica. Inicialmente, foi realizado um levantamento científico e tecnológico a respeito de suas aplicações farmacêuticas em patologias relacionadas ao Sistema Nervoso Central (SNC). As palavras-chave utilizadas foram: agatisflavona, antioxidante, ansiolítico, neuroprotetor, antidepressivo, assim como suas correlações. Em um segundo momento, avaliou-se as propriedades antioxidantes in vitro por meio dos ensaios DPPH•, ABTS•+ e hidroxila, bem como a sua capacidade para iniciar a transferência de elétrons por meio do potencial redutor, em inibir a peroxidação lipídica pelo método TBARS e a produção de óxido nítrico pela Reação de Griess. Por fim, realizou-se a estimativa da DL50 e a avaliação da toxicidade sobre os parâmetros anátomo e histopatológicos, fisiológicos e comportamentais da agatisflavona em camundongos Swiss fêmeas, bem como sua citotoxicidade frente à Artemia salina. Foi possível constatar um considerável número de publicações no que se refere às atividades farmacológicas da agatisflavona como: antimicrobiana, antivirais, anticarcinogênica. Este biflavonoide se destaca como composto potencialmente ativo sobre o SNC, atuando principalmente no processo de neurogênese. Porém, não foram verificados depósitos de patentes que correlacionam o biflavonoide a desordens neurológicas. Foi demonstrado que a agatisflavona apresenta capacidade antioxidante contra os radicais testados semelhante (p < 0,05) ao Trolox (padrão antioxidante utilizado) e a de outros compostos fenólicos: miricetina, fukugisida e morelloflavona, estruturalmente semelhantes à agatisflavona, o que evidencia sua importância na proteção contra os possíveis danos oxidativos ocasionados por radicais livres. Durante o tratamento, nenhuma morte foi registrada nas doses de 300 e 2000 mg/Kg (n = 03/grupo), o que permite estimar que a DL50 da agatisflavona seja maior ou igual a 5000 mg/Kg. O biflavonoide não alterou os parâmetros analisados de modo significativo e não foi verificada uma diferença estatística (p > 0,05) nos achados obtidos em relação ao grupo controle. A agatisflavona revelou possuir toxicidade frente à Artemia salina e baixa toxicidade aguda por via oral quando comparado ao grupo controle. Os dados obtidos na prospecção científica e tecnológica e dos testes in vitro e in vivo realizados neste estudo, permite o desenvolvimento de pesquisas inovadoras referentes às ações farmacológicas da agatisflavona, visto que, poucas patentes mencionam suas atividades farmacológicas, além dos resultados dos testes in vitro e in vivo realizados os quais demonstraram a capacidade antioxidante do biflavonoide agatisflavona nos ensaios realizados e de ser não tóxica em camundongos Swiss nas doses inferiores ou iguais a 2000 mg/Kg, uma vez que, não foi observada nenhuma morte nos grupos testes, além do fato de a agatisflavona não produzir alterações hematológicas, bioquímicas, comportamentais, fisiológicas e anátomo e histopatológicas significativas, quando comparadas aos grupos controles._____ABSTRACT:
One of the classes of flavonoids that have low toxicity and various properties inherent in the group are biflavonoids. Among these, agathisflavone is one of the least studied primarily in regard to their toxicological properties and, therefore, the focus of this work. In this way, objective of this investigation was to evaluate such properties agathisflavone in animal models, as well as verify the possible antioxidant activity, in vitro, in parameters related to oxidative stress and accomplish a scientific and technological prospection. Initially, was performed a scientific and technological survey about their pharmaceutical applications in diseases related to the central nervous system (CNS). The keywords used were: agathisflavone, antioxidant, anxiolytic, neuroprotective, antidepressant, as well as their correlations. In a second time, we evaluated the antioxidant properties in vitro by means of the DPPH•, ABTS•+ and hydroxyl assays, as well as its ability to initiate the transfer of electrons through the reducing potential to inhibit lipid peroxidation by the TBARS method and the production of nitric oxide by the Griess reaction. Finally, it was held an estimated LD50 and a toxicity evaluation on anatomical and histological, physiological and behavioral parameters of agatisflavona in Swiss female mice, as well as cytotoxicity front Artemia salina. It was possible to observe a considerable number of publications in what it refers to agathisflavone pharmacological activity as antimicrobial, antiviral, anti-carcinogenic. This biflavonoid stands out as potentially active compound CNS, mainly in the process of neurogenesis. However, not been verified patent deposits correlating biflavonoid to neurological disorders. It was demonstrated that the agathisflavone presents antioxidant capacity against radicals tested (p < 0.05) similar to Trolox (antioxidant standard used) and other phenolic compounds: myricetin, fukugisida and morelloflavone structurally similar to agathisflavone, which highlights its importance protect against possible oxidative damage caused by free radicals. During treatment, no were recorded deaths at doses of 300 and 2000 mg/Kg (n = 03 / group), which allows to estimate the LD50 agathisflavone is greater than or equal to 5000 mg/Kg. The biflavonoid did not change the parameters analyzed significantly and was not observed a statistical difference (p > 0.05) regarding the results obtained in the control group. The agathisflavone have revealed toxicity front of Artemia salina and low acute oral toxicity when compared to the control group. The data obtained in the scientific and technological prospection and in the testing in vitro and in vivo performed in this study, allows the development of innovative researches referring to the pharmacological actions of agatisflavona, since, few patents mention their pharmacological activities, moreover the results of tests carried, in vitro and in vivo, which demonstrated the antioxidant capacity of agathisflavone biflavonoid in performed tests and be non-toxic in Swiss mice at doses lower or equal to 2000 mg/Kg, since, it was not observed any death in the test groups, and the fact the agatisflavona not produces changes hematological, biochemical, behavioral, physiological and anatomical and histopathological significant when compared to control groups.