PREVALÊNCIA DE SOLIDÃO EM PESSOAS IDOSAS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

Abstract

RESUMO: Introdução: Durante o processo fisiológico do envelhecimento, é possível observar as alterações que levam à diminuição da capacidade funcional e que estão diretamente ligadas a capacidade de execução de uma vida independente e autônoma. Quando essas condições são desfavoráveis, são procuradas alternativas para a garantir a assistência necessária, surgindo as Instituições de Longa Permanência para Idosos como uma saída para essa situação, o que favorece o aumento dos problemas associados à retirada dessa pessoa idosa do convívio familiar, como a solidão e o isolamento. Objetivo: Analisar a prevalência de solidão em pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência no município de Teresina-PI. Método: Trata-se de um estudo transversal analítico, desenvolvido em instituições de longa permanência localizadas no município de Teresina-PI, com uma população de 296 pessoas idosas e os gestores das instituições participantes, sendo a amostra constituída por 59 pessoas idosas residentes nessas instituições, bem como oito gestores. O estudo desenvolveu-se no período de abril de 2022 a fevereiro de 2024. Adotou-se como instrumentos na coleta de dados formulário para a caracterização dos dados administrativos da instituição e formulário de caracterização sociodemográfica da pessoa idosa. Além disso, foi utilizada a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15), o Índice de Katz e a Escala de Solidão (UCLA-BR, versão 03). Foi realizada a análise descritiva e inferencial, aplicaram -se Teste de Kolmogorov Smirnov, Teste Exato de Fisher, Teste paramétrico ANOVA e teste não-paramétrico Kruskal Wallis. Em todas as análises adotou-se o nível de significância de p<0,05. Este estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com o parecer de 6.159.505. Resultados: Verificou-se que entre as 59 pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência, 59,3% não apresentaram solidão. No entanto, a prevalência do nível elevado de solidão foi encontrada em 25,4%, e 15,3% apresentou nível moderadamente elevado. Quanto ao Índice de Katz, 69,5% são independentes, 15,3% possui dependência moderada e 15,3% é muito dependente. Para a GDS-15, 47,5% apresentam não apresentaram depressão, 44,1% possui depressão leve e 8,5% possui depressão severa. Os fatores associados à solidão foram

insônia (p=0,017) uso de antiemético (p=0,039), a condição de depressão avaliada pela GDS- 15 (p=0,028), e as características administrativas e assistenciais das instituições de longa

permanência (p=0,036). Conclusão: Evidenciou-se que ainda é alto o percentual encontrado de pessoas idosas que são consideradas solitárias. Além disso, ao ser associada à depressão, apresentou significância estatística, o que torna imprescindível a aplicação de intervenções efetivas para a melhora de saúde mental desse público e no desenvolvimento de políticas públicas voltadas a estas população, como forma de evitar os desfechos clínicos adversos, bem como o investimento em atividades recreativas e de lazer, que gerem vínculos afetivos importantes entre os residentes. ABSTRACT: Introduction: During the physiological process of aging, it is possible to observe changes that lead to a decrease in functional capacity and which are directly linked to the ability to lead an independent and autonomous life. When these conditions are unfavorable, alternatives are sought to guarantee the necessary assistance, with Long-Term Institutions for the Elderly emerging as a way out of this situation, which favors the increase in problems associated with the removal of this elderly person from family life, such as loneliness and isolation. Objective: To analyze the prevalence of loneliness in elderly people living in long-term care institutions in the city of Teresina-PI. Method: This is an analytical cross-sectional study, developed in long-term institutions located in the city of Teresina-PI, with a population of 296 elderly people and the managers of the participating institutions, with the sample consisting of 59 elderly people living in these institutions, as well as as eight managers. The study was carried out from April 2022 to February 2024. The instruments for data collection were a form for characterizing the institution's administrative data and a sociodemographic characterization form for the elderly person. Furthermore, the Geriatric Depression Scale (GDS-15), the Katz Index and the Loneliness Scale (UCLA-BR, version 03) were used. Descriptive and inferential analysis was carried out, using the Kolmogorov Smirnov Test, Fisher's Exact Test, ANOVA parametric test and Kruskal Wallis non-parametric test. In all analyses, a significance level of p<0.05 was adopted. This study was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Piauí, with the opinion of 6.159.505. Results: It was found that among the 59 elderly people living in long-term care institutions, 59.3% did not present loneliness, while the prevalence of a high level of loneliness was found in 25.4%, and 15.3% presented a moderate level high. As for the Katz Index, 69.5% are independent, 15.3% are moderately dependent and 15.3% are very dependent. For GDS-15, 47.5% had no depression, 44.1% had mild depression and 8.5% had severe depression. The factors associated with loneliness were insomnia (p=0,017), the use of antiemetic (p=0.039), the condition of depression assessed by the GDS-15 (p=0.028), and the administrative and care characteristics of long-term care institutions (p=0.036). Conclusion: It was evident that the percentage of elderly people who are considered lonely is high. Furthermore, when associated with depression, it presented statistical significance, which makes it essential to apply effective interventions to improve the mental health of this population and in the development of public policies aimed at this population, as a way to avoid adverse clinical outcomes, as well as investment in recreational and leisure activities, which generate important emotional bonds among the residents. RESUMEN: Introducción: Durante el proceso fisiológico del envejecimiento es posible observar cambios que conducen a una disminución de la capacidad funcional y que están directamente relacionados con la capacidad de llevar una vida independiente y autónoma. Cuando estas condiciones son desfavorables, se buscan alternativas para garantizar la asistencia necesaria, surgiendo las Instituciones de Larga Duración para Personas Mayores como una salida a esta situación, que favorece el aumento de los problemas asociados al alejamiento de esta persona mayor de la vida familiar. como la soledad y el aislamiento. Objetivo: Analizar la prevalencia de la soledad en personas mayores que viven en instituciones de larga estancia en la ciudad de Teresina-PI. Método: Se trata de un estudio analítico transversal, desarrollado en instituciones de larga estancia ubicadas en la ciudad de Teresina-PI, con una población de 296 ancianos y los directivos de las instituciones participantes, siendo la muestra compuesta por 59 ancianos residentes en estas instituciones, así como ocho directivos. El estudio se realizó de abril de 2022 a febrero de 2024. Los instrumentos para la recolección de datos fueron una ficha de caracterización de datos administrativos de la institución y una ficha de caracterización sociodemográfica de la persona mayor. Además, se utilizaron la Escala de Depresión Geriátrica (GDS-15), el Índice de Katz y la Escala de Soledad (UCLA-BR, versión 03). Se realizó análisis descriptivo e inferencial, utilizando la Prueba de Kolmogorov Smirnov, la Prueba Exacta de Fisher, la prueba paramétrica ANOVA y la prueba no paramétrica de Kruskal Wallis. En todos los análisis se adoptó un nivel de significancia de p<0,05. Este estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación de la Universidad Federal de Piauí, con el dictamen de 6.159.505. Resultados: Se encontró que entre los 59 ancianos residentes en instituciones de atención a largo plazo, el 59,3% no presentó soledad, mientras que la prevalencia de un nivel alto de soledad se encontró en el 25,4% y el 15,3% presentó un nivel moderado alto. En cuanto al Índice de Katz, el 69,5% son independientes, el 15,3% son moderadamente dependientes y el 15,3% son muy dependientes. Para GDS-15, el 47,5% no tenía depresión, el 44,1% tenía depresión leve y el 8,5% tenía depresión severa. Los factores asociados a la soledad fueron insomnio (p=0,017), el uso de antiemético (p=0,039), la condición de depresión evaluada por el GDS-15 (p=0,028) y las características administrativas y asistenciales de las instituciones de larga estancia (p=0,036). Conclusión: Se evidenció que el porcentaje de personas mayores que se consideran solitarias es alto. Además, cuando se asocia con depresión presentó significación estadística, lo que hace imprescindible la aplicación de intervenciones efectivas para mejorar la salud mental de esta población y en el desarrollo de políticas públicas dirigidas a esta población, como forma de evitar resultados clínicos adversos, como así como la inversión en actividades recreativas y de ocio, que generan importantes vínculos emocionales entre los residentes.