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Parkia platycephala Benth, família Leguminoseae, popularmente conhecida como
faveira, faveira-preta, visgueira e fava-de-bolota; tem suas vagens utilizadas na
suplementação alimentar de ruminantes, nas áreas de cerrado. Algumas
propriedades farmacológicas, como gastroprotetora e antinociceptiva, já foram
demonstradas nas folhas desta espécie, assim estudos toxicológicos são
necessários para respaldar sua utilização terapêutica, com segurança e eficácia.
Este trabalho teve como objetivo avaliar toxicidade do extrato etanólico das folhas de
Parkia platycephala Benth (EtOH-Pp) sobre parâmetros sistêmicos e reprodutivos,
em ratas Wistar. Na avaliação de toxicidade do ciclo estral quatro grupos de ratas
não prenhas receberam: G1-água destilada (veículo), G2-250, G3-500 e G4-
1000mg/kg/dia do extrato EtOH-Pp, durante trinta dias. As ratas foram examinadas
diariamente por meio de esfregaço vaginal a fresco, quanto à freqüência das fases
do ciclo estral. Concomitantemente à toxicidade sistêmica foi realizada aferição dos
consumos de água, ração e massa corpórea. Ao final deste período, as ratas foram
anestesiadas e o sangue foi coletado por punção cardíaca para obtenção do soro e
dosagem de AST, ALT, ALP, bilirrubina total, direta e indireta, uréia e creatinina.
Logo após, foram eutanasiadas e removidos coração, cérebro, hipófise, adrenais,
fígado, rins, baço, ovários e útero, os quais foram avaliados macroscopicamente,
aferidas suas massas absolutas e calculadas respectivas massas relativas em
proporção à massa do cérebro. Fragmentos dos órgãos foram fixados para análise
histopatológica. No teste de toxicidade reprodutiva, quatro grupos de ratas prenhas
receberam, durante dezenove dias: G1-água destilada (veículo),G2-250, G3-500 e
G4-1000mg/kg/dia do extrato EtOH-Pp. Após este período, as ratas foram
submetidas à cesarianas e retirados os úteros para avaliação do numero e massa de
fetos vivos, mortos e placentas, número de sítios de implantação e presença de
malformações congênitas macroscópicas. Em seguida os ovários foram retirados e
avaliados o número de corpos lúteos. O extrato Pp-EtOH induziu aumento do índice
da fase diéstrica na dose 1000mg/kg, redução da ingestão de água e ração e da
massa corpórea nas doses 500 e 1000mg/kg, quanto à massa dos órgãos, somente
o útero teve redução significante nas doses 250, 500 e 1000mg/kg. Nas dosagens
bioquímicas, apenas aumento significante de fosfatase alcalina nas doses 500 e
1000mg/kg. Quanto à toxicidade gestacional, o extrato, provocou aumento dos
índices de reabsorção e perdas pós-implante na dose 1000mg/kg, sem
aparecimento significativo de natimortos por ocasião da cesariana. Portanto, há
evidências de toxicidade sistêmica e reprodutiva do extrato EtOH-Pp. |
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