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OS SENTIDOS DO TRABALHO PARA PESSOAS TRANS* EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS NO BRASIL

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dc.contributor.author MONTEIRO, Adriana Kirley Santiago
dc.date.accessioned 2025-06-04T13:23:49Z
dc.date.available 2025-06-04T13:23:49Z
dc.date.issued 2025-06-04
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/3888
dc.description Autora: Adriana Kirley Santiago Monteiro; Orientador: Prof. Dr. Rafael Fernandes de Mesquita (IFPI); Membro da banca: Ana Keuly Luz Bezerra (IFPI); Membro da banca: Membro da banca: Gustavo Picanço Dias (UFPI); Membro da banca: Adriana da Silva Vinholi Rampazo (UEL). pt_BR
dc.description.abstract RESUMO Os estudos que envolvem trabalho e diversidade nem sempre incluem pessoas trans*, grupo frequentemente conduzido à invisibilidade no contexto organizacional e social. Relacionada à construção de um trabalho dotado de sentidos, a permanência de pessoas trans* no trabalho é fundamental à redução das desigualdades, compromisso mundial pactuado na Agenda 2030. Reconhecendo-se que as experiências vivenciadas pelas pessoas trans* no trabalho costumam ser obstaculizadas pela discriminação e pela redução de aspirações profissionais, perduram indagações a respeito dos sentidos do trabalho para este grupo, ainda não contempladas nas pesquisas sobre o tema. Em atendimento ao chamado de pesquisadores por uma agenda de pesquisa mais crítica, capaz de reconhecer a influência de gênero e outros marcadores na construção de sentidos do trabalho, este estudo teve por objetivo compreender o processo de produção de sentidos do trabalho para pessoas trans*. Para isto, considerou-se que os sentidos do trabalho não são uma prática concreta, delimitada ou estável. São o resultado de um processo, efetuado em territorialização e desterritorialização, que se constrói a partir de três dimensões centrais e, por vezes, contraditórias: humanização, exploração e alienação dos trabalhadores. Este estudo utilizou uma abordagem qualitativa, tendo a cartografia como inspiração e alinhamento metodológicos para a produção de dados, que foram analisados sob as diretrizes da análise cartográfica do discurso. Uma vez que o objeto cartográfico desta pesquisa não foi a representação formal dos sentidos do trabalho, mas o seu processo de produção, o percurso foi inspirado em rizomas e multiplicidades, em um movimento de devir. Para composição do corpus, foram entrevistados trabalhadores de serviços públicos no Brasil, de quaisquer cargos, vínculos e/ou funções, que se auto identificaram como pessoas trans*. O recrutamento se fez por meio de contato com secretarias estaduais e de capitais do Brasil, além da técnica Snowball Sampling. Através da linha analítica da cartografia, buscou-se perceber as formas, os agenciamentos, as relações e os movimentos que territorializam e desterritorializam os sentidos do trabalho para pessoas trans*. Os resultados incluíram a identificação do contexto que envolve o trabalho das pessoas trans* em organizações públicas; a compreensão do processo de produção de sentidos do trabalho para este grupo, considerando as dimensões de humanização, alienação e exploração do trabalho; e a apreensão dos movimentos que efetivam a territorialização e desterritorialização de sentidos do trabalho para pessoas trans*. A análise cartográfica do discurso permitiu, ainda, desvelar outros movimentos que territorializam sentidos do trabalho para pessoas trans*, além de revelar mais uma dimensão de sentidos do trabalho, o que se constitui em contribuição teórica capaz de apoiar a reorientação das teorias e práticas em Administração, fortalecendo o conhecimento científico acerca dos sentidos do trabalho e as pesquisas em Administração voltadas para pessoas trans*. Ainda mais, este estudo discutiu aspectos que poderão pavimentar a formulação de políticas públicas e a elaboração de estratégias gerenciais em prol de um trabalho mais significativo para este grupo, facilitando sua permanência no trabalho e contribuindo para a justiça e igualdade social por meio do reconhecimento das diferenças nas organizações e na sociedade. ABSTRACT Studies involving work and diversity don't always include trans* people, a group often made invisible in the organizational and social context. Related to the construction of meaningful work, the permanence of trans* people at work is fundamental to reducing inequalities, a global commitment agreed in the 2030 Agenda. Recognizing that trans* people's experiences at work are often hindered by discrimination and the reduction of professional aspirations, questions remain about the meaning of work for this group, which have not yet been addressed in research on the subject. In response to the call from researchers for a more critical research agenda, capable of recognizing the influence of gender and other markers on the construction of meaning at work, this study aimed to understand the process of producing meaning at work for trans* people. To this end, it was considered that the meaning of work is not a concrete, delimited or stable practice. It is the result of a process, carried out in territorialization and deterritorialization, which is built on three central and sometimes contradictory dimensions: humanization, exploitation and alienation of workers. This study used a qualitative approach, with cartography as the inspiration and methodological alignment for the production of data, which was analyzed under the guidelines of cartographic discourse analysis. Since the cartographic object of this research was not the formal representation of the meaning of work, but its production process, the path was inspired by rhizomes and multiplicities, in a movement of becoming. In order to compose the corpus, public service workers in Brazil were interviewed, from any position, job title and/or function, who self-identified as trans* people. They were recruited by contacting state and capital secretariats in Brazil, as well as using the Snowball Sampling technique. Through the analytical line of cartography, we sought to understand the forms, agencies, relationships and movements that territorialize and deterritorialize the meanings of work for trans* people. The results included identifying the context surrounding the work of trans* people in public organizations; understanding the process of producing the meaning of work for this group, considering the dimensions of humanization, alienation and exploitation of work; and understanding the movements that effect the territorialization and deterritorialization of the meaning of work for trans* people. The cartographic analysis of the discourse also made it possible to uncover other movements that territorialize the meanings of work for trans* people, as well as revealing another dimension of the meanings of work, which constitutes a theoretical contribution capable of supporting the reorientation of theories and practices in Administration, strengthening scientific knowledge about the meanings of work and research in Administration aimed at trans* people. What's more, this study has discussed aspects that could pave the way for the formulation of public policies and the development of management strategies in favour of more meaningful work for this group, making it easier for them to remain at work and contributing to social justice and equality through the recognition of differences in organizations and society. pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Sentidos do Trabalho pt_BR
dc.subject Análise Cartográfica do Discurso pt_BR
dc.subject Estudos Organizacionais pt_BR
dc.subject Transgênero pt_BR
dc.subject Cartografia pt_BR
dc.subject Meaning of Work pt_BR
dc.subject Cartographic Discourse Analysis pt_BR
dc.subject Organizational Studies pt_BR
dc.subject Transgender pt_BR
dc.subject Cartography pt_BR
dc.title OS SENTIDOS DO TRABALHO PARA PESSOAS TRANS* EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS NO BRASIL pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


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