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RESUMO
A cultura do caju é essencial para o desenvolvimento do Brasil. Através da
enxertia, pode-se melhorar as plantas e torná-las mais resistentes a doenças fúngicas.
É necessário conhecer a reação das plantas a essas doenças e tomar medidas para
controlá-las e preveni-las, a fim de garantir uma produção saudável e de alta
qualidade. Assim, o objetivo do experimento I, foi utilizar 26 progênies diferentes de
cajuí (Anacardium humile A St. -Hil) mais 01 tratamento controle (clone CCP 76) como
porta-enxertos para o clone CCP 76 (Anacardium occidentale L.), e no experimento II
foi avaliar a reação de clones de cajueiro comerciais e experimentais sob infestação
natural de oídio (Erysiphe spp.), mofo-preto (Pilgeriella anacardii) e antracnose
(Colletotrichum spp.) no sudoeste piauiense. Ambos os experimentos foram
conduzidos em parcelas com blocos, utilizando como delineamento o DBC. No
experimento I, foram avaliados o pegamento 60 dias após o plantio (DAP), altura e
diâmetro do caule aos 120 DAP, o percentual de pegamento e quantidade de dias em
que o enxerto sobreviveu 60 dias após a enxertia. No experimento II, foram realizadas
avaliações quinzenais da severidade final e da área abaixo da curva de progresso da
doença (AACPD) para as três doenças. Os resultados do experimento I mostraram
que nenhuma das progênies de cajuí foi compatível com o clone CCP 76, as possíveis
causas dessa incompatibilidade podem ser, entre outros fatores, disparidades
fisiológicas ou anatômicas. Os resultados do experimento II mostraram que os clones
BRS 189 e CCP 076 foram os mais afetados pelo oídio, enquanto os clones SLC 12-20, PRO 145/7, CAPI 24, AC 276-1, BRS 226, PRO 805/4 e PRO 145/2 foram
considerados mais resistentes. Para o mofo-preto, os clones BRS 265, CCP 076, HB
116/4, PRO 145/7, AC 276-1 e BRS 189 apresentaram maior severidade, enquanto
os clones CAPI 17, BRS 226, CAPI 21, PRO 145/2, CAPI 24, PRO 805/4, SLC 12-20,
PRO 555/1, EMBRAPA 51 e PRO 553/2 mostraram resistência moderada. Já para a
antracnose, os clones BRS 265, HB 116/4, AC 276-1 e CAPI 17 foram os mais
suscetíveis, enquanto os clones BRS 226, SLC 12-20, EMBRAPA 51, PRO 553/2,
PRO 805/4, CCP 076, CAPI 24, CAPI 21, PRO 145/2, BRS 189 e PRO 555/1
apresentaram menor suscetibilidade. Portanto, mais estudos são necessários para
ampliar a compreensão da compatibilidade genética entre as duas espécies e para
aperfeiçoar o tempo de pegamento, como também alguns clones de cajueiro são mais
suscetíveis às doenças avaliadas, enquanto outros apresentam resistência moderada
ou maior resistência. Os clones BRS 189 e CCP 076 foram os mais suscetíveis,
enquanto os clones SLC 12-20, PRO 145/7, CAPI 24, AC 276-1, BRS 226, PRO 805/4
e PRO 145/2 foram os mais resistentes. |
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