Abstract:
RESUMO
Predominantemente feminina, a dança tomada em sua dimensão religiosa no protestantismo é
algo muito recente e está atrelada ao movimento de pentecostalização das igrejas evangélicas.
Uma vez que os homens são minoria neste tipo de atividade e que a atuação destes sujeitos
desenvolve-se mediante um contexto de padronização corporal ou ainda comportamental, o
presente trabalho tem como objetivo compreender como se dá a construção de masculinidades
na dança litúrgica das igrejas evangélicas na cidade de Teresina/Piauí. Baseado nisso, esta
investigação constitui-se numa pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, que
conta com a realização de entrevistas semi-estruturadas com os homens que dançam nas
igrejas em questão como técnica de coleta de dados. Assim posto, o que se discute é que a
hostilidade à participação masculina na dança litúrgica é algo exterior a ela, vem de fora,
trata-se de representações coletivas num terreno marcado por uma masculinidade hegemônica,
em que a sua aceitação ocorre a partir da necessidade de uma constante afirmação identitária
dos homens.
ABSTRACT
Predominantly female, the dance taken in its religious dimension in Protestantism is
something very recent and is linked to the movement of Pentecostalization of evangelical
churches. Since men are a minority in this type of activity and the performance of these
subjects is developed through a context of bodily or behavioral standardization. The present
work aims to understand how the construction of masculinities occurs in the liturgical dance
of evangelical churches in the city of Teresina/Piauí. Based on that, this investigation
constitutes a qualitative research, with an exploratory and descriptive character which relies
on semi-structured interviews with men who dance in the churches in question as a data
collection technique. Thus, what is discussed is that hostility to male participation in liturgical
dance is something outside it, it comes from outside, it is about collective representations in a
land marked by a hegemonic masculinity, in which its acceptance occurs from the need of a
constant identity affirmation of men.