Repositório Institucional da UFPI

MODOS DE EDUCAR ENTRE JOVENS TRANSVESTIGENERES: cartografias desejantes na universidade

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dc.contributor.author NASCIMENTO, Letícia Carolina Pereira do
dc.date.accessioned 2023-05-30T13:44:47Z
dc.date.available 2023-05-30T13:44:47Z
dc.date.issued 2023-05-30
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/3332
dc.description Orientador: Shara Jane Holanda Costa Adad Examinador: Maria do Socorro Borges da Silva Examinador: Ednardo Monteiro Gonzaga do Monti Examinador externo: Megg Rayara Gomes de Oliveira - UFPR Examinador externo: Antônio Vladimir Felix Da Silva - UFDPar pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: As performances dês/das jovens transvestigêneres se materializam na relação dos jogos de poder que desejam instituir a cisheterossexualidade como norma. Neste sentido, as corporalidades e subjetividades dês/das jovens transvestigêneres carregam as marcas das práticas heterogêneas de poder exercidas pelas diversas instituições como família, escola, Estado, igreja e a Universidade. A presente pesquisa, numa abordagem cartográfica, acompanhou os processos de subjetivações e resistência vividos por jovens transvestigêneres em duas universidades públicas localizadas na cidade de Teresina-PI. Pesquisa da Andifes revela que pessoas transvestigêneres representam apenas 0,8% dos estudantes em instituições públicas de ensino superior, sendo 0,1% de Mulheres Trans*, 01% de Homens Trans* e 0,6% de pessoas não-binárias, contudo a categoria travesti não é usada na pesquisa. De outro lado, sobre as juventudes, os dados da ANTRA (2021) apontam, que 5% das vítimas de transfobia letal tinham entre 13 e 17 anos e 53% das vítimas tinham entre 18 e 29 anos, de modo que a idade média das vítimas era de 29,3 anos e, em grande maioria, as vítimas são negras e performam identidades transvestigêneres femininas (travestis ou mulheres transexuais). Dessa forma, a pesquisa justifica-se na perspectiva de conhecer as histórias dês/das jovens transvestigêneres que conseguem se inserir em universidades, apesar das dificuldades impostas pelo preconceito social, pelo risco de mortalidade apontado pela ANTRA, pretendendo-se, então, desvelar que desafios e táticas de permanência são experimentados por estes jovens desde a universidade. Para tanto, a pesquisa busca refletir sobre as seguintes questões: Quais os problemas e dificuldades atravessam as performances dês/das jovens transvestigêneres na universidade? Quais táticas são criadas e utilizadas por jovens transvestigêneres para sua permanência na universidade? Que modos de educação as performances dês/das jovens transvestigêneres criam no processo de afirmação de seus gêneros na universidade? A partir dessas questões problematizadoras, a pesquisa tem por objetivo: Cartografar os modos de educar que as performances dês/das jovens transvestigêneres criam dentro das universidades a partir do confronto com as normas regulatórias de gênero. No que tange aos aspectos metodológicos, a pesquisa assumiu a perspectiva cartográfica por esta abordagem possibilitar um mergulho nas subjetividades transvestigêneres, com o intuito de perceber, acompanhar, descrever e analisar as linhas de subjetividades que compõem as corporalidades transvestigêneres em suas relações com a universidade. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 5 jovens transvestigêneres (homens trans* e pessoas não-binárias) universitáries da Universidade Federal do Piauí e da Universidade Estadual do Piauí. Embora tenha se realizado entrevista com travestis, nenhuma delas atendia ao critério de ser jovem (15 a 29 anos) e universitária, dado revelador sob os modos pelos quais a transfobia possui uma incidência mais violenta neste segmento. As entrevistas fazem parte de um conjunto maior de dados produzidos durante a realização do “Estudo Nacional sobre os Perfis Travestis e Transexuais” executado pelo Observatório da Saúde LGBT, do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade de Brasília (NESP/UnB), no qual atuei como pesquisadora responsável pelos dados do Piauí. A partir das análises realizadas percebe-se que, o nome social, apesar de ser um direito assegurado por normativa interna das universidades, sofre um processo demorado e burocrático de efetivação com pouca informação disponível. O banheiro é outra problemática vivida, uma vez que ês jovens sentem receio de utilizá-lo de acordo com suas identidades de 8 gênero. Tanto a demanda do nome social como do banheiro requerem mudanças institucionais como a criação de protocolo específico para a solicitação de inclusão de nome social e campanhas educativas sobre a importância do nome social e da utilização dos banheiros, de acodo com a identidade de gênero. Percebe-se que Pedagogia do Cansaço coloca ês jovens transvestigêneres em exaustão por exercerem o tempo todo uma função educativa acerca de suas identidades e direitos. Para garantir sua permanência na universidade dês jovens transvestigêneres utilizam as seguintes táticas de Trans(r)es(x)istências: Transcentrar suas relações fortalecendo amizades com outres/as transvestigêneres; participar ou ter como referência coletivos sociais que produzem ações políticas e educativas; interagir com outres/as jovens transvestigêneres a partir de grupos de Whatsapp e outras redes sociais trocando informações e afetos. A partir da cartografia desenhada por meio das entrevistas realizadas, entendeu-se que os jovens enfrentam inúmeros desafios para existir nas instituições de ensino superior, uma existência que só é possível a partir da Trans(r)es(x)istências. ABSTRACT: The performances of young transvestigêneres materialize in relation to the power games that wish to establish cisheterosexuality as a norm. In this sense, the corporalities and subjectivities of young transvestigêneres carry the marks of the heterogeneous practices of power exercised by different institutions such as family, school, State, church, University. The present research, in a cartographic approach, accompanies the processes of subjectivations and resistance experienced by young transvestigêneres in two public universities located in the city of Teresina-PI. ANDIFES research reveals that transgender people represent only 0.8% of students in public institutions of higher education, with 0.1% of Trans* Women, 01% of Trans* Men and 0.6% of non-binary people, the travesti category is not used in the search. On the other hand, regarding youths, data from ANTRA (2021) indicate that 5% of victims were between 13 and 17 years old and 53% victims were between 18 and 29 years old, so that the average age of victims was 29 ,3 years, the vast majority of victims are black and perform female transgender identities (travesti or transgender women). In this way, the research is justified from the perspective of knowing the stories of transvestigêneres young people who manage to enter universities, despite the difficulties imposed by social prejudice, by the risk of mortality pointed out by ANTRA, it is then intended to reveal what challenges and Permanence tactics are experienced by these young people since university. Therefore, the research seeks to reflect on the following questions: What are the problems and difficulties that cross the performances of young transvestigêneres at the university? What tactics are created and used by transvestigêneres young people to stay at university? What modes of education do the performances of young transvestigêneres create in the process of affirming their genders at the university? From these problematizing questions, the research aims to: Map the ways of educating that the performances of young transvestite genders create within universities from the confrontation with regulatory norms of gender. With regard to methodological aspects, the research assumes a cartographic perspective, as this approach enables a dip into transvestigêneres subjectivities, in order to perceive, monitor, describe and analyze the lines of subjectivities that make up transvestite corporalities in their relations with the university. Semistructured interviews were conducted with 5 young transvestigêneres (trans* men and nonbinary people) university students at the Federal University of Piauí and the State University of Piauí. Although an interview was carried out with transvestites, none of them met the criteria of being young (15 to 29 years old) and university student, revealing data on the ways in which transphobia has a more violent incidence in this segment. The interviews are part of a larger set of data produced during the “National Study on Transvestite and Transgender Profiles” carried out by the LGBT Health Observatory of the Center for Studies in Public Health at the University of Brasília (NESP/UnB), in which I acted as the researcher responsible for the data in Piauí. From the analyzes carried out, the social name, despite being a right guaranteed by internal regulations of universities, undergoes a lengthy and bureaucratic process of effectiveness with little information available. The bathroom is another problem experienced, since these young people are afraid to use it according to their gender identities. Both the demand for the social name and the bathroom requires institutional changes such as the creation of a specific protocol for requesting the inclusion of the social name and educational campaigns on the importance of the social name and the use of bathrooms based on gender identity. It is noticed that Pedagogy 10 of Tiredness puts these transvestite young people to exhaustion because they constantly exercise an educational function about their identities and rights. In order to guarantee their permanence in the university, transvestite youths use the following Trans(r)es(x)istences tactics: Transcentrar their relationships by strengthening friendships with other transvestigêneres; participate in or have as a reference social collective that produce political and educational actions; interact with or three young transvestigêneres through WhatsApp groups and other social networks, exchanging information and emotions. From the cartography drawn through the interviews, it is understood that young people face numerous challenges to exist in higher education institutions, an existence that is only possible from Trans(r)es(x)istências pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Jovens transvestigêneres pt_BR
dc.subject Modos de educar pt_BR
dc.subject Cartografias desejantes pt_BR
dc.subject Universidades pt_BR
dc.subject Ways of educating pt_BR
dc.subject Desiring cartographies pt_BR
dc.subject Universities pt_BR
dc.title MODOS DE EDUCAR ENTRE JOVENS TRANSVESTIGENERES: cartografias desejantes na universidade pt_BR
dc.type Thesis pt_BR


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  • Doutorado em Educação
    Nesta coleção serão depositadas todas as Teses do Doutorado em Educação do Centro de Ciências da Educação.

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