Abstract:
RESUMO: O presente estudo analisa a prática pedagógica presente em classes de 1ª a 4ª séries do 1° grau, de uma escola pública, dentro das condições concretas do seu cotidiano, a partir da ação e da fala de seus sujeitos sociais: professores, alunos, diretor, vice-diretor e especialistas.
A pesquisa - de cunho qualitativo - objetivou, fundamentalmente, investigar que teorias educacionais estão embasando o fazer pedagógico dos professores, uma vez que não existe prática neutra. Nesse sentido, buscamos, junto a alguns teóricos, pistas que pudessem nortear a analítica das relações pedagógicas da escola selecionada, considerando que qualquer tipo de análise do cotidiano só se desenvolve de forma mais rica e coerente, se estiver iluminada por um respaldo teórico, tomado não como uma "malha pré-fabricada", mas como um fio condutor.
O que podemos observar é que as práticas dos professores se aproximam mais da abordagem tradicional, embora não tenham consciência disso. Significa dizer que os professores agem, na sala de aula, de forma não reflexiva. Mas nem por isso deixa de ser uma prática política, que evidencia valores.
A reflexão sobre a questão central deste trabalho possibilitou repensar também outras questões, tais como: qual o projeto político-pedagógico da escola, quais são os recursos e os avanços demonstrados pelos sujeitos que fazem a instituição, dentre outras.
O que podemos perceber é que a ausência de um projeto político-pedagógico, para nortear as ações da escola, o qual deveria ser elaborado coletivamente pelos profissionais revela que o ato de refletir suas próprias ações não é uma prática usual nessa instituição.
No entanto, observamos também que a escola tem potencial para superar sua cotidianidade ao tempo em que seus sujeitos, alertados a refletir sobre sua própria prática, possam esboçar perspectivas de mudança.
À medida que esse processo ocorrer em cadeia, será possível pensar em construções de fato coletivas, em identidades de escola e, finalmente, em melhoria da qualidade de ensino.
ABSTRACT: The present study analyzes the pedagogical practice present in classes from the 1st to 4th grades of a public elementary school, within the concrete conditions, of its everyday life, beginning with the action and discourse of its social persons: teachers, pupils, principal, vice-principal and specialists.
The research - of a qualitative nature - imed at, fundamentally, investigating wich educational theories are giving foundation to the teacher's pedagogical method, once there isn't a neutral practice. In this sense, we sought, together with somes theorists, clues wich could orientate the analytic of the pedagogical relations of the selected school, considering that any type of analysis of everiday life only develops in a richer and more coherent way if it is enlightered by a theoretical support, taken not as a "prefabricated cloth or mesh", but as a conductive wire.
What we can observe is that the practices of the teachers tend more to the traditional approach, even if they're unconscious of this. This
means that teachers act, in the classroom, in an unreflective way. But not even because of this does it cease to be a political practice, wich exhibits values.
The reflection about the central question of this work also made rethinking about other questions possible, such as: what the political-pedagogical project of the school is, what the retreats and advances shown by the people who compose the institution are, among others.
What we can perceive is that the absence of a political-pedagogical project to orientate the actions of a school and wich should be elaborated collectively by the professionals reveals that the act of reflecting on its own actions isn't a usual practice in this institution.
However, we also observe that the school has potential to overcome its "everidayness" at the same time that its personnel, alerted to reflecting on their own practices, can draw up perspectives of change.
In so far as this process occurs in network it will be possible to imagine constructions truly collective, indentities of school and, finally, in the betterment in the quality of teaching.