Abstract:
RESUMO: Os altos custos na internação hospitalar nem sempre refletem a qualidade do serviço prestado e a utilização e monitoramento dos indicadores de qualidade é fundamental para a avaliação da qualidade do serviço. O principal objetivo deste trabalho é avaliar os principais indicadores de qualidade no gerenciamento da disfagia na Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, quantitativa e de caráter retrospectivo. Foram considerados como indicadores de processo: Taxa de Gravidade, Índice de Demanda Fonoaudiológica, Tempo para Avaliação da Deglutição; e, como indicadores de resultados: Tempo para retirada da Via Alternativa de Alimentação, Tempo para Reintrodução da alimentação por Via Oral e a Taxa de Decanulação. Foram incluídos 232 pacientes, apresentando uma leve predominância no sexo masculino, com 54,1%, com a média de idade de 54,9 ±20,2 anos de idade. O tempo médio de internação na UTI foi de 11,4±15,1 dias. Do total 49,5% foram intubados, permanecendo sob ventilação mecânica invasiva por 5,1 dias, em média, na primeira intubação e de 3,0 dias na segunda, sendo, 91,4% apresentavam algum grau de disfagia quando foram avaliados pelo Fonoaudiólogo, pela primeira vez. A presença do profissional em todo o seu turno de trabalho permite melhor interação com a equipe de cuidado, monitorização mais precisa do paciente no intuito de iniciar a terapêutica mais precocemente. No indicador Reintrodução Via Oral, 88,3% foram reabilitados nos primeiros 5 dias, bem com a Retirada da Via Alternativa de Alimentação, com 88,9%. Estes resultados foram positivos, demonstraram que o acompanhamento intensivo da Fonoaudiologia na UTI permite a interdisciplinaridade e cuidado integral do paciente, culminando em tempo menor de internação na UTI, menor percentual de colocação de vias alternativas para alimentação, além de proporcionar três vezes mais rápida a decanulação e a reintrodução da via oral como forma de nutrição. ABSTRACT: The high costs in hospital do not always reflect the quality of service and the use and monitoring of quality indicators is critical for assessing the quality of service. The main objective of this study is to evaluate the main quality indicators in the management of dysphagia in the Intensive Care Unit. This paper is a descriptive, cross-sectional, quantitative and retrospective. They were considered as process indicators Severity Rate, Phonoaudiological Demand Index, Time Evaluation of Swallowing; and as a result indicators: Time to remove the Alternative Feeding Way, Time to Reintroduction of Oral Feeding and Decannulation Rate. The total number of patients was 232 patients, there was a slight predominance in males, with 54.1%, with a mean age of 54.9 ± 20.2 years old. The mean length of ICU stay was 11.4 ± 15.1 days. Of the total 49.5% were intubated, remaining under mechanical ventilation for 5.1 days on average in the first intubation and 3.0 days in the second, and 91.4% had some degree of dysphagia when they were valued at Phonoaudiologist for the first time. The presence of the professional throughout their work shift allows for better interaction with the care team, more accurate patient monitoring in order to start therapy earlier. In Time to Reintroduction of Oral Feeding, 88.3% were rehabilitated in the first five days, as well as the withdrawal of Alternative Feeding Way, with 88.9%. These results were positive, showed that intensive monitoring of speech therapy in the ICU allows interdisciplinary and holistic care of the patient, resulting in a shorter ICU stay, lower percentage of placement of alternative ways for food, in addition to providing three times faster to decannulation and the reintroduction of the mouth as a form of nutrition.