Abstract:
RESUMO: A era da Inovação causa mudanças profundas em todos os setores e é marcada pela descontinuidade. A característica exclusiva do conhecimento como recurso reside no fato de que se torna obsoleto tão logo é criado. Assim, novos conhecimentos têm de ser criados continuamente para que uma empresa sobreviva no ambiente competitivo atual. Como local por excelência de busca, geração
e disseminação do conhecimento encontramos na universidade as mais variadas expertises e linhas de pesquisa, o que pode resultar na criação de produtos, processos e tecnologias inovadoras. Devido a isso, têm ocorrido uma aproximação gradual entre o setor produtivo e as universidades, na busca de acesso a recursos humanos altamente qualificados e ao conhecimento atual da ciência e da tecnologia. As universidades, criadas com o objetivo quase exclusivo de gerar conhecimentos científicos e tecnológicos e de formar mão de obra qualificada, são hoje solicitadas para expandir seu universo de
atuação, por intermédio de maior interação com o setor produtivo, aumentando o seu retorno para a sociedade. Porém, a interação Universidade- Empresas demanda os processos de Transferência de Tecnologia (TT), fundamentais para o sucesso dessa ligação. Para
superar as dificuldades das universidades públicas em transferir conhecimento ou desenvolvê-los em parceria com o setor produtivo, é necessário repensar a forma como a inovação hoje é produzida. A inovação envolve a criação do conhecimento, a transformação desse conhecimento em tecnologia e a transferência dessa tecnologia para as empresas. Se a transferência é ineficaz, todo o proesso de
obtenção da inovação fica prejudicado. Buscando adapta-se a essa nova era baseada no conhecimento, a universidade busca estruturar-se com seus Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) e formação de pessoal qualificado para efetivar a transferência de conhecimentos, porém estas instituições ainda não desenvolveram competências
necessárias para atender as demandas do mercado em tempo hábil e de forma eficiente.