Abstract:
RESUMO:Alergias alimentares têm sido cada vez mais frequentes devido ao crescente uso de aditivos, como os agentes sulfitantes, que apesar de sua eficácia na conservação de alimentos, tem apresentado inúmeras reações adversas. Diante disso, percebe-se a necessidade de dispositivos confiáveis, sensíveis e seletivos, tais como, os biossensores, para avaliar a presença destes aditivos em um determinado produto alimentício. A partir desta problemática, o presente trabalho objetivou a construção de um biossensor eletroquímico para determinação de sulfito em alimentos, utilizando a enzima polifenol oxidase (PFO) e os polímeros naturais quitosana e o mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata Mart), sendo este último utilizado na forma de nanopartículas poliméricas (MBNPs). As MBNPs foram sintetizadas pelo método de diálise e, após caracterização estas mostraram um formato irregular além de terem sido determinados seu tamanho médio em 121,5 nm, PDI 0,254 e potencial zeta -28,1mV. Posteriormente, as MBNPs foram empregadas na construção do biossensor ECP/MBNPs/QUIT/GA/PFO a partir da técnica “casting”, com a adsorção do filme multicamadas sobre o eletrodo de carbono grafite pirolítico. A caracterização eletroquimica do sistema foi realizada pelas técnicas de Voltametria Cíclica (VC) e Voltametria de Onda Quadrada (VOQ), e este mostrou-se eficiente para detecção do sulfito em sucos industrializados, apresentando limite de detecção de 0,151 μmol L-1 e limite de quantificação de 0,452 μmol L-1. As amostras de sucos comerciais analisadas apresentaram concentração de sulfito abaixo de 10,0μM, estando dentro que do que preconiza a legislação Internacional sobre a orientação da Joint Expert Commitee on Food Additives que estabelece o limite máximo de 0,002g/100mL. Diante do que foi exposto, por ser construído a partir de polímeros naturais de baixo custo e apresentar sensibilidade a baixas concentrações deste aditivo, acredita-se que o biossensor seja uma alternativa economicamente viável para determinação de sulfito em produtos alimentares.
ABSTRACT:Food allergies have been increasingly common due to the increasing use of additives such as sulphite agents, which despite their effectiveness in food preservation, have shown numerous adverse reactions. Given this, we realize the need for reliable, sensitive and selective devices, such as biosensors, to evaluate the presence of these additives in a particular food product. From this problem, the present work aimed the construction of an electrochemical biosensor for determination of sulfite in foods, using the enzyme polyphenol oxidase (PPO) and the natural polymers chitosan and babassu mesocarp (Orbignya phalerata Mart). in the form of polymeric nanoparticles (BMNPs). BMNPs were synthesized by the dialysis method and after characterization they showed an irregular shape and their mean size at 121.5 nm, PDI 0.254 and zeta potential -28.1 mV were determined. Subsequently, BMNPs were used to construct the ECP/BMNPs /CHIT/GA/PPO biosensor using the casting technique, with the multilayer film adsorption onto the pyrolytic graphite carbon electrode. The electrochemical characterization of the system was performed by the Cyclic Voltammetry (CV) and Square Wave Voltammetry (SWV) techniques, and it was efficient for the detection of sulfite in industrialized juices, with detection limit of 0.151 μmol L-1 and limit. of quantification of 0.452 μmol L-1. The samples of commercial juices analyzed presented sulfite concentration below 10.0μM, being within what is recommended by the International legislation on the orientation of the Joint Expert Commitee on Food Additives which sets the maximum limit of 0.002g / 100 mL. In view of the above, being constructed from low cost natural polymers and presenting low concentration sensitivity of this additive, it is believed that the biosensor is an economically viable alternative for sulfite determination in food products.