Abstract:
RESUMO: O parasitismo em jabutis é uma área ainda pouco estudada no Brasil e no mundo. As informações a respeito de seus parasitas tornam-se importantes tanto para aqueles animais criados em cativeiro como de ambiente selvagem, pois os parasitas podem ser deletérios para as populações silvestres. Objetivou-se com este trabalho, identificar a helmintofauna de jabutis (Chelonoidis carbonarius (Spix, 1824) e Chelonoidis denticulatus (Linnaeus, 1766) mantidos em cativeiro no Parque Zoobotânico de Teresina PI, bem como relatar lesões histopatológicas intestinais associadas a este parasitismo. Foram elaborados dois artigos: o primeiro relata a primeira ocorrência de Chapiniella diazi Chabaud e Tcheprakoff, 1977 no Brasil e descreve a morfologia do parasito baseado em microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura e o segundo descreve as lesões histopatológicas encontradas nos intestinos dos jabutis parasitados. Para a realização do ensaio, 142 jabutis de cativeiro fizeram parte do estudo. Foram realizadas as seguintes análises: teste de Hoffman, Willis Mollay modificado e OPG. Os 12 jabutis mais parasitados pelo exame de fezes, foram eutanasiados para coleta dos parasitas. Os helmintos foram identificados por microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Após a necropsia, fragmentos de tecido dos intestinos foram coletados e conservados em formol tamponado (pH=7,4) para exame histopatológico. Os helmintos encontrados nos jabutis foram Atractis chabaudi Petter, 1966 e C. diazi, contudo a morfologia de A. chabaudi será relatado em outro trabalho. As lesões histopatológicas observadas no intestino delgado foram hiperemia difusa, hiperplasia difusa de células caliciformes, edema da submucosa, inflamatório linfocítico na submucosa e áreas focais de hemorragia. No intestino grosso observamos hiperemia que variou de discreta a intensa e enterite transmural granulomatosa focalmente extensa e intensa em um animal. ABSTRACT: The parasitism of tortoises is a poorly studied area in Brazil and worldwide. The information about their parasites become important both for those animals bred in captivity as wild as the parasites can be detrimental to wild populations. The objective of this work was to identify the helminth fauna of tortoises Chelonoidis carbonarius (Spix, 1824) and Chelonoidis denticulatus (Linnaeus, 1766) in captivity at the Zoo and Botanical Park of Teresina PI and report intestinal histopathological lesions associated with this parasitism. Two articles were developed: the first reports the first occurrence of Chapiniella diazi Chabaud and Tcheprakoff 1977 in Brazil and describes the morphology of parasite based on the light and scanning electron microscopy and the second describes histopathological lesions found in the intestines of infected tortoises. 142 tortoises from captivity were included in the study. The following tests were performed: Hoffman test, Willis modified Mollay and OPG. Twelve tortoises with higher intensity of infection detected by stool examination, they were euthanized for collection of parasites. Helminths were identified by light microscopy and scanning electron microscopy. After necropsy, tissue fragments of intestines were collected and preserved in buffered formalin (pH = 7.4) for histopathological examination. Helminths found in tortoises were Atractis chabaudi Petter, 1966 and C. diazi, but the morphology of A. chabaudi will be reported elsewhere. Histopathological lesions observed in the small intestine were diffuse hyperemia, diffuse hyperplasia of goblet cells, edema of the submucosa, inflammatory lymphocytic in the submucosa and focal areas of hemorrhage. Hyperemia observed in the large intestine which ranged from mild to severe transmural and granulomatous enteritis focally extensive and intense in one animal.