Abstract:
RESUMO: INTRODUÇÃO: A secreção aumentada da leptina presente na obesidade tem sido apontada como um fator que contribui para alterações no metabolismo de nutrientes, dentre eles o magnésio, o que, consequentemente, compromete a atuação relevante desse mineral no organismo. Por isso, o objetivo desse estudo foi de investigar a existência de relação entre as concentrações séricas de leptina e biomarcadores do magnésio em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo caso-controle envolvendo mulheres na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade que foram distribuídas em dois grupos: grupo caso (mulheres obesas, n=52) e controle (mulheres eutróficas, n=56). Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura, circunferência da cintura e cálculo do índice de massa corpórea. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin, versão 1.5. Os parâmetros bioquímicos do mineral foram determinados segundo o método de espectrometria de emissão óptica. A análise das concentrações séricas de leptina foi conduzida utilizando o método de radioimunoensaio. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: As concentrações séricas de leptina apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,01). Os valores médios do consumo de magnésio estavam abaixo das recomendações, sem diferença estatística significativa entre os grupos estudados (p>0,05). As mulheres obesas possuíam concentrações plasmáticas e eritrocitárias de magnésio reduzidas, e o grupo controle mostrou valores dentro dos padrões de normalidade (p<0,05). As concentrações de magnésio encontradas na urina das mulheres obesas estavam superiores ao grupo controle, com diferença estatística significativa (p<0,05). Não houve correlação entre a leptina sérica e os biomarcadores do magnésio avaliados (p>0,05). CONCLUSÃO: O estudo mostra que as mulheres obesas apresentam alterações no status de magnésio, com concentrações reduzidas no plasma e nos eritrócitos e elevadas na urina. Sendo que os valores da excreção urinária estão superiores ao padrão de normalidade. Além disso, os dados obtidos das análises de correlação não evidenciam a provável participação da leptina sobre os biomarcadores de magnésio avaliados. ABSTRACT: INTRODUCTION: The increased secretion of leptin present in obesity has been identified as a factor that contributes to alterations in the metabolism of nutrients, among them magnesium, which, consequently, compromises the relevant performance of this mineral in the organism. Therefore, the objective of this study was to investigate the existence of a relationship between serum leptin concentrations and magnesium biomarkers in obese women. METHODOLOGY: Case-control study involving women in the age group between 20 and 50 years old, who were divided into two groups: case group (obese women, n = 52) and control (eutrophic women, n = 56). Measurements of body weight, height, waist circumference, and body mass index were performed. The magnesium intake analysis was performed using the three-day food record using the Nutwin program, version 1.5. The biochemical parameters of the mineral were determined according to the method of optical emission spectrometry. Analysis of serum leptin concentrations was conducted using the radioimmunoassay method. Data were analyzed using the statistical software SPSS for Windows 20.0. RESULTS: Serum leptin levels showed a statistically significant difference between groups (p <0.01). The mean values of magnesium intake were below the recommendations, with no statistically significant difference between the groups studied (p> 0.05). Obese women had reduced plasma and erythrocyte concentrations of magnesium, and the control group showed values within the normal range (p <0.05). The concentrations of magnesium found in the urine of obese women were higher than the control group, with a statistically significant difference (p <0.05). There was no correlation between serum leptin and magnesium biomarkers evaluated (p> 0.05). CONCLUSION: The study shows that obese women present changes in magnesium status, with reduced plasma and erythrocyte concentrations and elevated urine output. Being that the values of the urinary excretion are superior to the standard of normality. In addition, the data obtained from the correlation analyzes did not show the probable participation of leptin on the evaluated magnesium biomarkers.