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RESUMO: Introdução. A engenharia tecidual está sendo redesenhada por estudos promissores que
apresentam grande potencial para produzir biomateriais capazes de formar tecidos funcionais.
A expansão e adesão celular depende da qualidade e de fatores determinantes da superfície do
scaffold, sendo, requisito para o sucesso dos implantes biológicos. Essa pesquisa teve como
objetivo, caracterizar e avaliar o comportamento in vitro das células-tronco mesenquimais de
medula óssea (CTMMO) de coelhos quando associadas à membrana celulósica bacteriana
(MCB), verificando a adesão, capacidade de ativação de células do sistema imune,
citotoxicidade e toxicidade do biomaterial.
Métodos. Amostras de medula óssea de coelhos foram coletadas. Células-tronco
mesenquimais foram isoladas de aspirados de medula óssea para ensaios de unidade
formadora de colônia fibroblastóide (UFC-F), indução da diferenciação osteogênica,
condrogênica e adipogênica. Foi realizado estudo da adesão celular à MCB avaliado por
microscopia eletrônica de varredura (MEV) nos intervalos de tempo 1, 7 e 14 dias. A
citotoxicidade da MCB foi verificada por ensaios de indução de óxido nítrico (NO), a
toxicidade foi avaliada pelo método de colorimetria – MTT, além da atividade fagocítica.
Resultados. O ensaio de unidade formadora de colônias fibroblastóides (UFC-F) mostrou
células com morfologia fibroblastóide organizadas em colônias distribuídas pela área de
superfície da cultura. Na curva de crescimento no decorrer de 15 dias, foram observadas duas
fases distintas lag e log. A multipotencialidade das células ficou evidente após indução de
linhagens osteogênica, condrogênica e adipogênica. Após 24 horas, as CTMMO
apresentaram-se ancoradas na MCB, no sétimo dia de cultivo observou-se o espalhamento do
citoplasma e, com 14 dias as células apresentavam-se totalmente integradas ao biomaterial.
No ensaio de atividade fagocítica, houve significativa ativação de macrófagos, e quanto às
concentrações de óxido nítrico e análise com MTT, não foi verificado efeito citotóxico do
biomaterial.
Conclusão. A membrana celulósica bacteriana possibilitou adesão e expansão de células
progenitoras da medula óssea, com perfil citotóxico estável, apresentando-se, assim, como um
biomaterial com potencial para a engenharia de tecidos. |
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