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RESUMO: INTRODUÇÃO: A prematuridade é a segunda causa de morte em crianças menores
de cinco anos e a maior causa mundial de mortes neonatais. A investigação da
incidência e de fatores preditores à prematuridade no Nordeste do Brasil é pertinente
e oportuna, uma vez que essa região apresenta fatores de risco de natureza
demográfica. OBJETIVO: Analisar os fatores preditores à ocorrência de
prematuridade em nascidos vivos na Região Nordeste do Brasil. PROCEDIMENTOS
METODOLÓGICOS: Trata-se de recorte de estudo, com abrangência nacional,
intitulado “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento”. A amostra
do estudo original foi probabilística, realizada em duas etapas, referente aos
estabelecimentos de saúde e às puérperas e seus conceptos. No presente estudo,
foram selecionadas 6.096 puérperas do Nordeste do Brasil, que realizaram o parto
nas maternidades selecionadas. A prematuridade foi categorizada de acordo com o
preconizado pela OMS. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista e consulta
ao prontuário hospitalar, a partir de formulário eletrônico pré-testado. Foram
realizadas análises: univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, com o
teste de qui-quadrado de Pearson e seu efeito medido por Odds Rattio (OR) não
ajustado; e multivariada, adotando-se o Modelo de Regressão Logística Multivariada
Hierárquica, ajustada pelo Método Enter, cuja eficiência foi verificada pelos testes de
multicolinearidade de Hosmer e Lemeshow. RESULTADOS: A incidência de
prematuridade foi de 11,5% dos nascidos vivos, sendo que, 84,6% eram prematuros
de moderado a tardio. A prematuridade na gestação anterior aumentou 3,3 vezes as
chances do parto atual ser prematuro (p<0,001); dois ou mais partos cesáreos
aumentaram a chance em 80,0% (p = 0,011) e o aborto anterior em 37,0% mais
chances (p= 0,002). Participantes com intercorrências clínicas ou obstétricas tiveram
3,9 vezes mais chances de prematuridade (p<0,001) e aquelas com gestação
gemelar aumentaram 7,3 vezes as chances (p<0,001). O pré-natal diminuiu as
chances de prematuridade em 49,0% (p=0,032) e 81,0% das puérperas que fizeram
menos de seis consultas de pré-natal, estiveram mais propensas à prematuridade
(p=0,021). Puérperas que foram gestantes de risco, tiveram 2,8 vezes mais
propensão à prematuridade (p=0,002). Além disso, as crianças com muito baixo
peso tiveram, aproximadamente, 19 vezes mais chances de serem prematuras
(p<0,001). O histórico anterior de parto prematuro aumentou quase 4,0 vezes mais
chances de prematuridade extrema a muito pré-termo e 2,4 vezes mais chances de
ter prematuro extremo a muito pré-termo com o peso menor que 1.500g.
CONCLUSÃO: Como fatores preditores de prematuridade destacaram-se o histórico
de parto prematuro e o muito baixo peso ao nascer, por levarem a maiores chances
de prematuridade extrema a muito pré-termo, e o acompanhamento pré-natal, como
fator de proteção, por reduzir a prematuridade . É necessário melhorar a adequação
e qualidade dos serviços de assistência no período gestacional, por meio da
identificação dos grupos de riscos de prematuros, bem como, medidas preventivas,
tais como informações sobre o risco de parto pré-termo, monitoramento do
desenvolvimento fetal e redução significativa do número de cesáreas
desnecessárias. ABSTRACT: INTRODUCTION: Prematurity is the second cause of death in children under five
years and the world's leading cause of newborn deaths. The investigation of the
incidence and predictors of preterm birth in northeastern Brazil is relevant and timely,
since this region presents demographic nature risk factors. OBJECTIVE: To analyze
the predictors of the occurrence of prematurity in live births in northeastern Brazil .
METHODOLOGICAL PROCEDURES: It is a study of cropping, with national
coverage, entitled "Born in Brazil: national survey about labor and birth". The sample
of the original study was probabilistic, carried out in two steps, referring to health
facilities and mothers and their fetuses. In this study, 6,096 mothers were selected
from the Northeast of Brazil, who performed the delivery in selected hospitals.
Prematurity was categorized according to the criteria of the WHO. The data were
collected through interviews and consultation of medical records from electronic form
pretested. Analyses were performed: univariate, using descriptive statistics; bivariate
with the Pearson chi-square test and its effect measured by odds Rattio (OR)
unadjusted; and multivariate, adopting the model Logistic Regression Multivariate
Hierarchical, set the Enter method, whose efficiency has been verified by
multicollinearity test Hosmer and Lemeshow. RESULTS: The incidence of preterm
birth was 11.5% of live births, and 84.6% were premature moderate to late.
Prematurity in previous pregnancy increased 3.3 times the odds of the current
delivery is premature (p<0.001); two or more cesarean deliveries have increased the
chance of 80.0% (p=0.011) and previous abortion in 37.0% more likely (p=0.002).
Participants with clinical and obstetric complications were 3.9 times more likely to
prematurity (p<0.001) and those with twin pregnancy increased 7.3 times the odds
(p<0.001). Prenatal decreases the chances of premature birth in 49.0% (p=0.032)
and 81.0% of mothers who made less than six prenatal consultations, were more
prone to prematurity (p=0.021). Mothers who were risk pregnant women were 2.8
times more likely to prematurity (p=0.002). In addition, children with very low birth
weight had approximately 19 times more likely to be premature (p<0.001). The
previous history of premature birth increased almost 4.0 times more likely to extreme
prematurity in very preterm and 2.4 times more likely to have premature end to very
preterm with weight less than 1,500 g. CONCLUSION: As predictors of prematurity
stood out preterm labor history and the very low birth weight, in leading to greater
chances of extreme prematurity very preterm, and prenatal care, as a protective
factor, by reducing prematurity. It is necessary to improve the adequacy and quality
of care services during pregnancy, through the identification of premature risk
groups, as well as preventive measures such as information on the risk of preterm
delivery, monitoring of fetal development and reduction significant number of
unnecessary cesareans. |
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