Abstract:
RESUMO: As nanopartículas sintetizadas por métodos físicos e químicos envolvem a utilização de solventes tóxicos, causando impacto à saúde e ao meio ambiente. Diante isso, a síntese verde surge como uma rota alternativa, mais segura e menos nociva. A formação de nanopartículas através da síntese verde visa a utilização de materiais biológicos, para a redução e estabilização das nanopartículas. O presente estudo relata uma abordagem de síntese verde de nanopartículas de prata (AgNPs) utilizando o extrato proveniente das cascas de Anacardium microcarpum, planta nativa da região nordeste. O aperfeiçoamento dos parâmetros de síntese como o pH, a concentração e o tempo de reação foram realizados, além das caracterizações por Espectrofotometria Ultra-violeta no visível, Potencial Zeta, Análise por Rastreamento de Partículas, Microscopia Eletrônica de Transmissão, Infravermelho com Transformada de Fourier e avaliadas as atividades antioxidante e antimicrobiana. As análises realizadas por espectroscopia no UV-vis das nanopartículas de prata apresentaram espectros de absorção variando 410-433nm, seus tamanhos variaram 72,9-208,3nm e potencial zeta de -49,7mV à -56,0mV. A formação das nanopartículas foram dependentes da concentração, do pH de síntese e do tempo de reação. O extrato de A. microcarpum atuou na redução das AgNPs que através da análise por Microscopia Eletrônica de Transmissão foi possível verificar nanopartículas esféricas e a técnica Infravermelho com Transformada de Fourier foi possível identificar os possíveis grupos funcionais como compostos fenólicos terem sido os responsáveis pela redução da Ag+ para Ag0. A atividade antioxidante das nanopartículas de prata se mostraram eficientes com IC50 variando de 10,09 μg/mL à 38,15 μg/mL quando comparadas ao padrão ácido ascórbico (186 μg/mL). As nanopartículas exibiram atividade antimicrobiana eficaz contra Staphylococcus aureus e Escherichia coli. ----------- ABSTRACT: Nanoparticles synthesized by physical and chemical methods involve the use of toxic solvents, causing health and environmental impacts. In light of this, the green synthesis route appears as an alternative route, safer and less harmful. The formation of nanoparticles through the green synthesis aims at the use of biological materials, for the reduction and stabilization of nanoparticles. The present study reports a green synthesis approach of silver nanoparticles (AgNPs) Using the extract from the bark of Anacardium microcarpum, a northeastern native plant. The improvement of the synthesis parameters such as pH, concentration and reaction time were performed, besides the characterization by UV-visible Spectroscopy, Zeta Potential, Nanoparticle Tracking Analysis, Transmission Electronic Microscopy, Fourier Transform Infrared as well as the Antioxidant and antimicrobial activities. Analysis by UV-vis spectroscopy of the silver nanoparticles showed absorption spectra ranging from 410-433nm, with sizes ranged from 72.9-208.3 nm and zeta potential from -49.7mV-56.0mV. The formation of the nanoparticles was concentration dependent as well synthesis pH and reaction time dependent. The extract of A. microcarpum played an important ruler in the reduction of the AgNPs as was seen through Transmission Electronic Microscopy analysis it was possible to verify spherical nanoparticles. The Fourier Transform Infrared technique was used to identify the possible functional groups as phenolic compounds that were responsible for the reduction of Ag+ to Ag0. The antioxidant activity of silver nanoparticles showed to be efficient with IC50 ranging from 10.09 μg / mL to 38.15 μg / mL when compared to the standard ascorbic acid (186 μg / mL). The nanoparticles exhibited effective antimicrobial activity against Staphylococcus aureus and Escherichia coli.