Abstract:
O controle da infecção pelo HIV constitui um problema de saúde pública por comprometer o sistema imunológico e provocar repercussões sistêmicas graves. O objetivo desse trabalho foi avaliar o conhecimento sobre HIV/AIDS, práticas clínicas e sexuais de estudantes de odontologia de uma universidade pública. O estudo foi do tipo transversal, realizado com alunos do curso de Odontologia que cursavam disciplinas clínicas (n=148, taxa de resposta de 91,9%) que responderam a um questionário contendo questões fechadas e semiabertas. Para análise dos dados, foram realizadas análises estatísticas descritiva e inferencial (teste qui-quadrado, teste exato de Fisher e Mann-Whitney), ao nível de significância de 5%. Os alunos pesquisados reconheceram corretamente como formas de transmissão do HIV: sangue (100%), relação sexual (99,3%), transmissão vertical (58,1%) e compartilhamento de material contaminado (94,6%) e como formas de prevenção: uso de preservativo (100%) e não compartilhar agulhas e seringas (99,3%). Quanto a frequência de uso de preservativo nas relações sexuais, 37% assinalaram “sempre”, 55,5% “às vezes” e 7,6% “nunca”. Nas práticas clínicas, 99,3% afirmaram utilizar EPIs, 28,4% já sofreram acidente perfurocortante, sendo a agulha o agente de exposição mais citado (32,5%) e na maioria dos casos (54,8%) nenhuma medida foi tomada após o acidente. Os alunos investigados exibiram bom conhecimento acerca de HIV/AIDS e atitudes preventivas adequadas no atendimento clínico e manejo de instrumentais perfurocortantes, entretanto ainda precisam ser motivados no que diz respeito ao uso de preservativo nas relações sexuais e orientados quanto aos cuidados pós-exposição acidental com material biológico.