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RESUMO: INTRODUÇÃO: A patogênese do câncer de mama é de etiologia complexa, com mecanismos ainda não totalmente esclarecidos, envolvendo a participação de minerais, a exemplo do magnésio, na progressão do tumor, provavelmente em decorrência da sua mobilização do sangue e de tecidos não-neoplásicos para as células cancerígenas. OBJETIVO: O estudo avaliou marcadores dietéticos, do estado nutricional e biomarcadores do magnésio em mulheres com câncer de mama. MÉTODOS: Estudo transversal, envolvendo 60 mulheres, na faixa etária entre 29 e 69 anos, distribuídas em dois grupos: grupo caso (mulheres com câncer de mama, n=30) e grupo controle (mulheres sem câncer de mama, n=30). Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura e circunferência da cintura, bem como analisadas a ingestão de magnésio e parâmetros bioquímicos do mineral e no grupo caso foi incluída a informação acerca do tipo e do grau histológico do tumor mamário. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Dietpro clínico, versão 5i. As concentrações do magnésio plasmático, ionizado, eritrocitário e urinário foram determinadas segundo o método de espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente. Os dados foram analisados no programa estatístico GraphPrad Prism®, versão 6.01, considerando diferença estatisticamente significativa quando o valor de p>0,05. RESULTADOS: O grupo caso apresentou valores médios do índice de massa corpórea e da circunferência da cintura elevados, sendo o tumor mamário do tipo carcinoma ductal invasivo o mais frequentemente encontrado. Os valores médios da quantidade de magnésio nas dietas estavam abaixo da recomendação, sem diferença estatística entre os grupos estudados (p>0,05). As concentrações de magnésio plasmático, ionizado e eritrocitário das mulheres com câncer de mama estavam reduzidas em relação ao grupo controle (p<0,0001). A excreção urinária estava elevada, com diferença significativa entre os grupos (p<0,0001) e o clearance do mineral também estava elevado no grupo caso (p<0,0001). Houve correlação negativa entre o magnésio plasmático e o clearance de magnésio e o magnésio urinário apenas no grupo controle (p>0,05). CONCLUSÃO: A partir dos resultados deste estudo, pode-se concluir que as mulheres com câncer de mama apresentam comprometimento na homeostase do magnésio, caracterizada pela sua redução na dieta, no plasma, nos eritrócitos e aumento na urina.-------------------------ABSTRACT: INTRODUCTION: The pathogenesis of breast cancer is of complex etiology, with mechanisms not yet fully understood, involving the participation of minerals, such as magnesium, in the progression of the tumor, probably due to its mobilization of blood and non-neoplastic tissues for cancer cells. OBJECTIVE: The study evaluated dietary markers, nutritional status and biomarkers of magnesium in women with breast cancer. METHODS: A cross-sectional study involving 60 women in the age range between 29 and 69 years, divided into two groups: case group (women with breast cancer, n = 30) and control group (women without breast cancer, n = 30). Measurements of body weight, height and waist circumference were performed, as well as magnesium ingestion and biochemical parameters of the mineral, and information on the type and histological grade of the mammary tumor was included in the case group. The analysis of magnesium intake was carried out using the three-day dietary record, using the clinical diet program, version 5i. Plasma, ionized, erythrocyte and urinary magnesium concentrations were determined using the inductively coupled plasma optical emission spectrometry method. Data were analyzed in the statistical program GraphPrad Prism®, version 6.01, considering statistically significant difference when the value of p> 0.05. RESULTS: The case group presented mean values of high body mass index and waist circumference, and the most frequently encountered invasive ductal carcinoma mammary tumor. The mean values of the amount of magnesium in the diets were below the recommendation, with no statistical difference between the groups studied (p>0.05). Plasma, ionized and erythrocyte magnesium concentrations in women with breast cancer were reduced in relation to the control group (p<0.0001). Urinary excretion was high, with significant difference between groups (p<0.0001) and mineral clearance was also high in the case group (p<0.0001). There was a negative correlation between plasma magnesium and magnesium clearance and urinary magnesium only in the control group (p>0.05). CONCLUSION: From the results of this study, it can be concluded that women with breast cancer have a compromised magnesium homeostasis, characterized by their reduction in diet, plasma, erythrocytes and increase in urine. |
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