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AGRICULTURA FAMILIAR E A TERRITORIALIZAÇÃO/DESTERRITORIALIZAÇÃO/RETERRITORIALIZAÇÃO PROVOCADA PELO AGRONEGÓCIO NO CERRADO PIAUIENSE: hibridismo sociocultural marginal em Uruçuí.

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dc.contributor.author SILVA, Antonio Joaquim da
dc.date.accessioned 2017-07-18T13:06:05Z
dc.date.available 2017-07-18T13:06:05Z
dc.date.issued 2017-07-18
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/672
dc.description Orientadora: Profª. Drª. Maria do Socorro Lira Monteiro. Coorientador: Profº. Dr.Eriosvaldo Lima Barbosa. 1ºMembro Externo: Profª. Drª. Maristela Oliveira de Andrade (PRODEMA/UFPB).2ºMembro Externo: Profª. Drª. Alyne Maria Sousa Oliveira (IFPI).1ºMembro Interno: Profª. Drª. Roseli Farias Melo de Barros (PRODEMA/UFPI)2ºMembro Interno: Profº. Dr. Antonio Cardoso Façanha (PRODEMA/UFPI). pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: A expansão da fronteira agrícola no cerrado piauiense, iniciada nos anos 1990, comandada pelo agronegócio, consubstancia-se como o fenômeno responsável por transformações socioespaciais que atingem diretamente os modos de vida do agricultor familiar, o qual consiste em um ator social calcado nas virtudes da sociedade camponesa. Nesse sentido, faz-se necessário investigar Uruçuí, em virtude da atividade agrícola familiar no município anteceder a instalação do agronegócio, por ser pioneiro em abrigar empreendimentos graníferos e a disponibilizar infraestrutura para o agronegócio e liderar o ranking de municípios com o melhor PIB per capita – desempenho decorrente do Valor Adicionado (VA) da agropecuária. Sendo assim, a questão norteadora da investigação conforma-se em como se manifesta a interferência da agricultura empresarial sobre os modos de vida dos agricultores familiares? Com vistas a responder essa problemática, tem-se como hipótese a concepção de que a expansão do agronegócio em Uruçuí, por meio do planejamento produtivo e do gerenciamento, que inclui o uso sistemático de inovações tecnológicas e redução da força de trabalho, repercutiu em alterações nos modos de vida dos agricultores familiares, redundando na reconversão dos saberes, objetos e técnicas para reinseri-los em novas condições de produção e de consumo que se traduzem no hibridismo do tradicional com o moderno. O objetivo geral centrou-se na análise do processo de territorialização/desterritorialização/reterritorialização provocado pela agricultura empresarial nos modos de vida dos agricultores familiares de Uruçuí. Especificamente debateu-se teórica e conceitualmente agronegócio, agricultura familiar, modos de vida e território; contextualizou-se os fatores inerentes à expansão da agricultura empresarial em Uruçuí; caracterizou-se a agricultura familiar uruçuiense nas dimensões sociais, econômicas, culturais e ambientais; identificou-se na agricultura familiar influências do modelo empresarial de agricultura em larga escala; e discutiu-se as implicações do agronegócio na reprodução da agricultura familiar do município. A metodologia desse estudo qualiquantitativo sustentou-se nos métodos dialético, comparativo e etnogeográfico, cujos procedimentos técnicos basearam-se nas pesquisas bibliográfica, documental e levantamento, como também na aplicação de formulários e entrevistas semiestruturadas com 254 agricultores familiares, três fazendeiros, uma líder sindical, um gestor público e um técnico extensionista. Concluiu-se que a instalação do agronegócio em Uruçuí foi condicionada por fatores como baixo preço da terra, infraestrutura, favorabilidades de clima, solo, topografia e hidrografia, e pela existência de um atrativo mercado consumidor regional. E que o contato dos agricultores familiares com o agronegócio, acarretou processos socioculturais de hibridação, marcados por uma eficácia performativa restrita, devido às limitações de assistência técnica, crédito, terras e da precariedade dos objetos tecnoprodutivos empregados nas roças, e caracterizados por um patrimônio de saberes e práticas tradicionais que não negava a modernidade, o que confirmou a hipótese, e ao mesmo tempo, expressou a necessidade de ações e intervenções públicas efetivas, visando a emancipação e potencialização da pequena produção no município...............ABSTRACT: The agricultural border’s expansion in the Cerrado biome of Piauí State, which began in the 1990s, led by the agribusiness, constitutes itself as the phenomenon responsible for socio-spatial transformations that directly affect the family farmers’ livelihoods, which consists of a social agent integrated to the virtues of peasant society. In this sense, it is necessary to investigate Uruçuí, because the family farming occurs prior to the agribusiness in this town, for being one of the first to house grain sorghum enterprises and to provide infrastructure for agribusiness and lead the ranking of cities with the best GDP per capita - performance due to the Value Added (VA) of agriculture. Thus, the main question of the research is set in how the interference of commercial agriculture gets manifested in the livelihoods of family farmers? In order to answer this problem, It has had as hypothesis the conception that the expansion of agribusiness in Uruçuí, through production planning and management, that includes the systematic use of technological innovation and reduction of the workforce, reflected in changes in the family farmers' livelihoods, resulting in the reconversion of knowledge, objects and techniques to reinsert them into new conditions of production and consumption that result in the hybridity of the traditional and the modern. The overall objective focused on the analysis of the process of territorialization/deterritorialization/reterritorialization caused by corporate farming in the livelihoods of family farmers from Uruçuí city. Specifically, it was discussed theoretically and conceptually, the agribusiness, the family farming, livelihoods and territory; it was contextualized the factors inherent to the expansion of corporate farming in Uruçuí; The family farming from Uruçuí was characterized in social, economic, cultural and environmental dimensions; it was identified in family farming, influences of business model of large-scale agriculture; and it was also discussed the implications of agribusiness in the reproduction of family farming in Uruçuí city. The methodology of this qualitative and quantitative study was based on dialectical, comparative and ethnogeographic methods, whose technical procedures were based on bibliographic research, documentary research and information gathering, as well as on the use of forms and semi -structured interviews with 254 family farmers, three farmers, a union leader, a public manager and an extensionist. It was concluded that the agribusiness materialization in Uruçuí city was conditioned by factors such as low price of land, infrastructure, suitable climate, soil, topography and hydrography, and the existence of an attractive regional consumer market. And that the contact of family farmers with agribusiness, resulted in sociocultural processes of hybridization, characterized by a restricted performative effectiveness, due to limitations in technical assistance, credit, land and to precariousness of the work tools used in the small farms, and characterized by a patrimony of local knowledge and traditional practices that did not reject the modernity, which confirmed the hypothesis, and at the same time, expressed the need for action and effective public interventions aiming the emancipation and empowerment of smallhoder production in Uruçuí city....................RESUMEN: La expansión de la frontera agrícola en el cerrado piauiense, empezada en los años 1990, comandada por el agronegocio, se consustancia como el fenómeno responsable por cambios socio-espaciales que alcanza directamente los modos de vida del agricultor familiar, el cual consiste en un actor social calcado en las virtudes de la sociedad campesina. En ese sentido, se hace necesario investigar Uruçuí, en virtud de la actividad agrícola familiar en el pueblo preceder el agronegocio, por haber sido uno de los primeros a abrigar emprendimientos graníferos y a tornar disponible infraestructura para el agronegocio y liderar el ranking de pueblos con el mejor PIB per capita – desempeño decurrente del Valor Adicionado (VA) de la agropecuaria. Siendo así, la cuestión orientadora de la investigación se conforma en cómo se manifiesta la interferencia de la agricultura empresarial sobre los modos de vida de los agricultores familiares. Con vistas responder esa problemática, se tiene como hipótesis la concepción de que la expansión del agronegocio en Uruçuí, por medio del planeamiento productivo y del gerenciamiento, que incluye el uso sistemático de innovaciones tecnológicas y reducción de la fuerza de trabajo, repercutió en alteraciones en los modos de vida de los agricultores familiares, redundando en la reconversión de los saberes, objetos y técnicas para que los reinserten en nuevas condiciones de producción y de consumo que se traducen en el hibridismo del tradicional con lo moderno. El objetivo general se centró en el análisis del proceso de territorialización/desterritorialización/reterritorialización provocado por la agricultura empresarial en los modos de vida de los agricultores familiares de Uruçuí. Específicamente se debatió teórica y conceptualmente agronegocio, agricultura familiar, modos de vida y territorio; se contextualizó los factores inherentes a la expansión de la agricultura empresarial en Uruçuí; se caracterizó la agricultura familiar uruçuiense en las dimensiones sociales, económicas, culturales y ambientales; se identificó en la agricultura familiar influencias del modelo empresarial de agricultura en gran escala; y se discutió las implicaciones del agronegocio en la reproducción de la agricultura familiar del pu eblo. La metodología de ese estudio cualicuantitativo se sustentó en los métodos dialéctico, comparativo y etno-geográfico, cuyos procedimientos técnicos se basaron en las investigaciones bibliográfica, documental y levantamiento, como también en la aplicación de formularios y entrevistas semiestruturadas con 254 agricultores familiares, tres fazendeiros, una lider sindical, un gestor público y un técnico extensionista. Se concluyó que la instalación del agronegocio en Uruçuí fue condicionada por factores como bajo precio de la tierra, infraestructura, favorabilidades de clima, suelo, topografía e hidrografía, y por la existencia de un atractivo mercado consumidor regional. Y que el contacto de los agricultores familiares con el agronegocio, originó procesos socioculturales de hibridación, marcados por una eficacia performativa restricta, debido a las limitaciones de asistencia técnica, crédito, tierras y de la precariedad de los objetos tecno-productivos empleados en los campos, y caracterizados por un patrimonio de saberes y prácticas tradicionales que no negaba la modernidad, lo que confirmó la hipótesis, y al mismo tiempo, expresó la necesidad de acciones e intervenciones públicas efectivas, visando la emancipación y potenciación de la pequeña producción en el pueblo. pt_BR
dc.description.sponsorship Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Agricultura empresarial pt_BR
dc.subject Agricultura familiar pt_BR
dc.subject Fronteira agrícola pt_BR
dc.subject Modos de vida pt_BR
dc.subject Território pt_BR
dc.subject Corporate farming pt_BR
dc.subject Family farming pt_BR
dc.subject Agricultural border pt_BR
dc.subject Livelihoods pt_BR
dc.subject Territory pt_BR
dc.subject Frontera agrícola pt_BR
dc.subject Territorio pt_BR
dc.title AGRICULTURA FAMILIAR E A TERRITORIALIZAÇÃO/DESTERRITORIALIZAÇÃO/RETERRITORIALIZAÇÃO PROVOCADA PELO AGRONEGÓCIO NO CERRADO PIAUIENSE: hibridismo sociocultural marginal em Uruçuí. pt_BR
dc.type Thesis pt_BR


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