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IMUNOPATOLOGIA DA NEFROPATIA EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Ehrlichia Canis E CO-INFECTADOS COM Leishmania (Leishmania) Infantum

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dc.contributor.author SILVA, Lucilene dos Santos
dc.date.accessioned 2017-06-28T12:32:58Z
dc.date.available 2017-06-28T12:32:58Z
dc.date.issued 2017-06-28
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/643
dc.description Orientadora: Prafa. Dra. Silvana Maria Medeiros de Sousa Silva. Examinadora externa: Profa. Dra. Samantha Ive Myashiro (USP). Examinadora externa: Profa. Dra. Maria das Graças Prianti (IESM). Examinadora interna: Profa. Dra. Sílvia de Araújo França. Examinadora interna(Bolsista FAPEPI): Profa. Dra. Flaviane Alves de Pinho. pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: Ehrlichia canis é uma bactéria gram-negativa, agente etiológico da Erliquiose Monocítica Canina (EMC). A co-infecção com Leishmania (Leishmania) infantum é comum em cães domésticos. Ambas, afetam órgãos do sistema fagocítico mononuclear e podem levar ao comprometimento renal. A patologia renal na EMC é pouco explorada, o que nos levou primeiramente a caracterizar as lesões histopatológicas nos rins de cães afetados pela E. canis. Posteriormente, estendemos nosso estudo para uma avaliação comparativa da resposta imunológica na lesão renal de cães com EMC, cães infectados com L. (L.) infantum e co-infectados. Para tanto, foram utilizados 10 cães naturalmente infectados com L. (L.) infantum, 12 cães naturalmente infectados com E. canis, 15 cães co-infectados e 6 cães sadios. Após avaliação clínica e confirmação do diagnóstico realizado por nested-PCR para E. canis, e por pesquisa direta, testes sorológicos e imunoistoquímica para L. L. infantum, os animais foram eutanasiados e fragmentos de rins foram obtidos para exame histopatológico (Hematoxilina-Eosina [H-E], Tricrômio de Masson, periodic acid-Schiff [PAS], periodic acid-methenamine silver [PAMS] e Vermelho Congo), e para detecção de células T CD4 e CD8, bem como de imunoglobulinas IgG, IgM e IgA por imunoistoquímica. Na análise histopatológica de rins de cães com EMC, em 100% dos casos havia lesões glomerulares e tubulointersticiais. A lesão glomerular era do tipo membranoproliferativa em 83,33%, e proliferativa em 16,67% dos cães infectados com E. canis. A distribuição das lesões nos glomérulos afetados variou entre focal e difusa em intensidade média a moderada, observou-se hipercelularidade no mesângio e espessamento da matriz mesangial, bem como espessamento da cápsula urinária e, em alguns casos da membrana basal dos capilares glomerulares. Nefrite intersticial estava presente na região cortical em todos os cães infectados, com infiltrado inflamatório em intensidade mínima a severa constituído por linfócitos, macrófagos e plasmócitos, localizado no interstício e nas regiões periglomerular e perivascular. Sendo que a contagem diferencial mostrou predominância de linfócitos em comparação com plasmócitos e macrófagos. Fibrose intersticial e cilindros hialinos foram observados em menor intensidade. Na análise comparativa entre os cães com E. canis, cães com L. (L.) infantum e os co-infectados, as alterações glomerulares nos rins de cães com EMC eram menos intensas em relação aos demais grupos de animais infectados. Nestes, a lesão glomerular predominante também foi do tipo membranoproliferativa, sendo que se destacou em intensidade mais severa no grupo dos cães com L. (L.) infantum e nos co-infectados, bem como a fibrose e nefrite intersticial. Na análise morfométrica do infiltrado inflamatório, o predomínio de linfócitos foi significante nos cães infectados com E. canis em relação aos cães com Leishmania, nos quais havia um predomínio de histiócitos. Na análise imunoistoquímica, as células T CD4 + estavam presentes nos glomérulos e no infiltrado inflamatório intersticial em todos os cães infectados com diferença significante quando comparados aos cães sadios. Enquanto, células T CD8 + predominaram somente nos animais infectados por E. canis e co-infectados. De forma interessante, os glomérulos de cães com EMC tinham maior número de células T CD4 + comparado aos cães com LV. As imunoglobulinas IgG, IgM e IgA apresentaram um padrão de imunomarcação na região cortical, com destaque nos capilares glomerulares, bem como na região medular, nos túbulos renais e no interstício. A deposição de IgG foi significante nos cães com LV na região tubular e lúmen vascular. Em conclusão, a glomerulonefrite membranoproliferativa é a principal lesão renal em cães com EMC e as células T CD4 + parecem ter um papel na sua patogênese, semelhante aos cães com LV. O aumento de células T CD8 + parece contribuir para a injuria renal na EMC. O padrão de lesão renal observada nos animais co-infectados sugere que a infecção por L. (L.) infantum seja a principal responsável pelo comprometimento renal mais severo nos casos de co-infecção. ABSTRACT: Ehrlichia canis is a gram-negative bacteria, etiologic agent of Canine Ehrlichiosis Monocytic (CME). Co-infection with Leishmania (Leishmania) infantum is common in domestic dogs. Both pathogens affect organs of the mononuclear phagocyte system and can lead to renal impairment. The renal pathology at CME is little investigated, which directed us first to characterize the histopathological damage to the kidneys of dogs affected by E. canis. Later, we extend our study to a comparison of the immune response in renal lesions in dogs with CME, infected with L. (L.) infantum and co-infected. To this end, 10 dogs were used naturally infected with L. (L.) infantum, 12 dogs naturally infected with E. canis, 15 co-infected dogs and 6 healthy dogs. After clinical evaluation and confirmation of the diagnosis by nested-PCR to E. canis and parasitology, serological and immunohistochemical tests to L. (L.) infantum, the animals were euthanized and kidney fragments were obtained for histopathological examination (Hematoxylin and Eosin (HE), Masson’s trichrome, periodic acid-Schiff- PAS, periodic acid-methenamine silver (PAMS) and Congo red stain), and for CD4 and CD8 T cells detection as well as immunoglobulins IgG, IgM, IgA by immunohistochemistry. Histopathological analysis reveled in dogs with CME that the main lesions were observed in the glomerulus and tubulointerstitial region, in 100% of cases. The glomerular injury was the membranoproliferative type in 83.33%, and proliferative in 16.67% of those infected dogs by E. canis. The distribution of affected glomeruli was focal and diffuse with mild to moderate intensity. Hypercellularity was observed in the mesangium and thickening of the mesangial matrix as well as thickening of urinary capsule and glomerular basement membrane of capillaries. Interstitial nephritis was present in the cortical region in all infected dogs. Inflammatory infiltrate was minimum to severe constituted primarily by lymphocytes, macrophages and plasma cells with interstitial, perivascular and periglomerular localization. Interstitial fibrosis and hyaline casts were observed at lower intensity. In the comparative analysis between the infected dogs with E. canis, dogs with L. (L.) infantum and co-infected, glomerular changes in the kidneys of dogs with CME were less intense than the other infected groups which also had membranoproliferative glomerulonephritis as main glomerular lesion being more severe in the group of dogs with L. (L.) infantum and co-infected, similar fibrosis and interstitial nephritis findings. In the morphometric analysis of the inflammatory infiltrate, the increase of lymphocytes was significant in dogs infected by E. canis when compared to dogs with Leishmania which had a predominance of histiocytes. In immunohistochemical analysis, CD4 + T cells were significantly present in the glomeruli and interstitial inflammatory infiltration in all dogs infected when compared to healthy dogs while CD8 + T cells predominated only in animals infected with E. canis and co-infected. Interesting, the glomeruli of dogs with CME had higher number of CD4 + T cells compared with VL dogs. IgG, IgM and IgA showed a pattern of immunostaining in the cortical region, especially in glomerular capillaries, as well as in the spinal region, the renal tubules and interstitium. The IgG deposition was significant in dogs with VL in the tubules and vascular lumen. In conclusion, the membranoproliferative glomerulonephritis is the main renal lesion in dogs with CME and CD4 + T cells seem to play a role in its pathogenesis, similar to dogs with VL. The increase of CD8 + T cells appear to contribute to renal injury mainly in EMC disease. The pattern of renal damage observed in co-infected animals suggests that the L. (L.) infantum infection could be the main responsible for renal failure. pt_BR
dc.description.sponsorship Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Ehrlichia Canis pt_BR
dc.subject Leishmania (Leishmania) Infantum pt_BR
dc.subject Nefropatia pt_BR
dc.subject Nephropathy pt_BR
dc.title IMUNOPATOLOGIA DA NEFROPATIA EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Ehrlichia Canis E CO-INFECTADOS COM Leishmania (Leishmania) Infantum pt_BR
dc.type Thesis pt_BR


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