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RESUMO: Quintais são espaços em torno das residências onde ocorre o cultivo de espécies vegetais que
apresentam usos diversos, constituindo-se como um microssistema onde acontece vinculação
afetiva. Objetivou-se caracterizar a fitodiversidade de quintais urbanos em Teresina (PI),
levantar os usos dados aos vegetais cultivados, além de analisar os fatores que contribuem
para a vinculação afetiva do mantenedor com o espaço do quintal. De um universo de 201.093
casas, foram amostrados 96 quintais urbanos (e=10%, nc=95%), por entrevistas
semiestruturadas com cada mantenedor, enquanto os vegetais eram coletados in situ no
momento da realização da turnê-guiada, seguindo-se metodologia usual, identificados e
incorporados ao herbário Graziela Barroso (TEPB) da Universidade Federal do Piauí (UFPI),
quando possível. A pesquisa foi submetida à apreciação ética, no Comitê de Ética na Pesquisa
da Universidade Federal do Piauí, e foi aprovada segundo o nº CAAE 20529114.1.0000.5214 .
Os dados foram coletados entre novembro de 2013 e maio de 2014, reunidos em planilhas
eletrônicas e calculados o índice de Shannon (H’) para cada quintal, curva de rarefação e o
índice de correlação de Pearson (r) a fim de verificar ocorrência de relação entre a área e
diversidade vegetal dos quintais. Estes foram comparados em similaridade em relação à
fitodiversidade e construído o dendrograma de similaridade (Jaccard). Para entender o apego
ao quintal, foi utilizada técnica da turnê-guiada e da escala likert para ajudar na quantificação
dos dados. Os quintais apresentaram heterogeneidade, sobressaindo-se as famílias Cactaceae
(12 espécies), Euphorbiaceae (11), Araceae/Lamiaceae (6), Arecaceae/Orchidaceae/
Myrtaceae (5), Poaceae/Solanaceae (4). Houve equilíbrio entre herbáceas, arbustivas e
arbóreas (36, 32 e 31%, respectivamente). As categorias de uso ornamental (77 espécies),
medicinal e alimentar (47) foram as que tiveram maior número de citações. Gripe (73
citações), calmante (45) e dores de barriga, estô mago ou má digestão (45) foram as
enfermidades mais referidas e tratadas pelo conjunto de plantas identificadas. O manejo do
quintal é realizado pelas mulheres (80%, 77) que utilizam em média 42 minutos para tal. Os
quintais são utilizados principalmente para lavagem de roupas (61,5%) e para lazer (19%). Os
entrevistados desconhecem o que seja sustentabilidade ambiental (51,5%), mas reconhecem o
calor (47%) e o lixo urbano (30,9%) como grandes problemas ambientais. Foram unânimes
em considerar o quintal importante na residência, que gera sentimentos bons (41%) e muito
bons (59%) e que faz lembrar da infância (87%). O valor de Pearson (r = 0,1926) mostrou não
haver correlação entre a diversidade e área. O quintal é um microespaço na casa. O manejo
dos quintais cria vínculos com o espaço que é transformado em lugar e o liga ao humano
numa escala cronossistêmica. O apego positivo gerado é o que determina a configuração e
conformação do quintal, distintos e ao mesmo tempo convergem enquanto estrutura e práticas
de manejo. O quintal é importante para os mantenedores que neles investem sentimentos
positivos construídos pela associação e apropriação do espaço. Os quintais têm perdido
espaço, sobretudo nas zonas centrais das cidades. A crescente necessidade da utilização da
área das residências mais centrais como estruturas comerciais (prédios, estacionamentos,
lojas, etc.), somados ao adensamento populac ional, à necessidade de aumentar a área
construída da casa, além do processo de verticalização, paulatinamente excluem o quintal do
cotidiano de parte da população enquanto que sua ocorrência tende a limitar-se nas zonas
periféricas urbanas. RESUMEN: Patios traseros son espacios alrededor de las casas donde hay el cultivo de plantas que tienen
diferentes usos, estableciéndose como un microsistema que sucede lazos afectivos. Este
estudio tuvo como objetivo caracterizar los patios urbanos diversidad de plantas en Teresina
(PI), conocer los usos dados a las hortalizas cultivadas, y analizar los factores que contribuyen
a la vinculación emocional del mantenedor de espacio con el patio. Un universo de 201,093
hogares se muestrearon 96 patios urbanos (e = 10%, nc = 95%), para las entrevistas semi-estructuradas con cada mantenedor, mientras que las verduras se recogieron in situ en el
momento de finalización de la turnê-guiada, seguido de metodología habitual, identificado e
incorporado en el herbario Graziela Barroso (TEPB) de la Universidad Federal de Piauí
(UFPI) cuando sea posible. La investigación fue sometida al examen de ética, el Comité de
Ética en Investigación de la Universidad Federal de Piauí, y ha sido aprobado de conformidad
con el num. CAAE 20529114.1.0000.5214. Los datos fueron recogidos entre noviembre de
2013 y mayo 2014 reunión en hoja de cálculo y calcularon el índice de Shannon (H') para
cada patio, curva de adelgazamiento y el coeficiente de correlación de Pearson (r) con el fin
de verificar la ocurrencia de relación entre el área y la diversidad de plantas de patios. Estos
fueron comparados en similitud con el fitodiversidad y construyeron el dendrograma de
similitud (Jaccard). Para entender el apego al patio se utilizó la técnica de recorrido guiado y
la escala de Likert para ayudar en la cuantificación de los datos. Patios traseros son
heterogéneos, destacándose las familias Cactaceae (12 especies), Euphorbiaceae (11),
Araceae / Lamiaceae (6), Arecaceae / Orchidaceae / Myrtaceae (5), Poaceae / Solanaceae (4).
Hubo un equilibrio entre herbáceas, arbustos y árboles (36, 32 y 31%, respectivamente). Las
categorías de uso ornamental (77 especies), medicinales y alimentos (47) fueron los que se
mencionaron con mayor frecuencia. Influenza (73 citas), calmantes (45) y dolor abdominal, el
estómago o indigestión (45) eran las enfermedades más mencionados y tratados por el
conjunto de las plantas identificadas. La gestión del patio trasero se lleva a cabo por las
mujeres (80%, 77) con un promedio de 42 minutos para hacerlo. Los patios se utilizan
principalmente para el lavado de ropa (61,5%) y ocio (19%). Los encuestados que desconocen
lo que es la sostenibilidad del medio ambiente (51,5%), pero hay que reconocer que el calor
(47%) y los residuos urbanos (30,9%) como los principales problemas ambientales. Ellos
fueron unánimes al considerar el patio importante en la residencia, lo que genera buenas
sensaciones (41%) y muy buena (59%) y con reminiscencias de la infancia (87%). El valor de
Pearson (r = 0.1926) no mostró correlación entre la diversidad y la zona. El patio es un
microespacio en la casa. Gestión de patios crea vínculos con el espacio se transforma en su
lugar y lo conecta a una escala temporal sistémica. El apego positivo generado es el que
determina la configuración y conformación de lo patio, separado y simultáneamente
convergen como las prácticas de estructura y gestión. El patio trasero es importante para los
mantenedores que invierten en ellos sentimientos positivos construidos por la asociación y
apropiación del espacio. Los patios han perdido terreno, especialmente en las zonas centrales
de las ciudades. La creciente necesidad de utilizar el área de las estructuras más céntricasen la
ciudad residenciales y comerciales (edificios, estacionamientos, tiendas, etc.), sumado a la
densidad de población, la necesidad de aumentar la superficie construida de la casa, más allá
del proceso de verticalización excluye gradualmente el patio parte de la vida cotidiana de la
población, mientras que su presencia tiende a ser limitada en las zonas periféricas urbanas. ABSTRACT: Home gardens are spaces around homes where plants are cultivated by having uses. It is a
microsystem inside residence where happens the affective attachment. This study aimed to
characterize the urban home gardens plant diversity in Teresina’s (PI), and the uses for
cultivated plants, in addition to analyzing the factors that contribute to the affective link
besides space and home garden’s maintainer. From a universe of 201 093 houses were
sampled 96 urban home gardens (e = 10%, nc = 95%), with semi-structured interviews, while
plants were identified in situ (guided tour) and collected. This was gathered in spreadsheets
and calculated the Shannon index (H ') for each yard, rarefaction curve to attest to and the
sample sufficiency index correlation (r) in order to verify the relationship between the area
and plant diversity of homegardens. These were compared for similarity with regard to plant
diversity and constructed the dendrogram. To understand the attachment to yard art "to walk
around the block" was used. And to help Likert scale to quantify data . Homegardens are
heterogeneous, jutting out of the Cactaceae (12 species), Euphorbiaceae (11), Araceae,
Lamiaceae (6), Araceae, Orchidacae e Myrtacae (5), Poaceae and Solanaceae (4) families.
There balance of herbaceous, shrub and tree (36, 32 and 31, respectively ). The categories of
ornamental (77 species), medicinal and food (47) use were those who stood out. Influenza (77
citations), soothing (45) and stomachaches, stomach or indigestion (22) was the most
common for the set of identified plant diseases. The management is carried out by women
(79%, 54) using 47 minutes (average) daily for the management of the yard. These are mainly
used for washing clothes (57%) and leisure (22%). Unaware of what is environmental
sustainability (51.5%), but recognize the heat (47%) and urban waste (30.9%) as major
environmental problems. Were unanimous in considering the important yard at the residence,
which generates good feelings (41%) and very well (59%) and reminiscent of childhood
(87%). The value of Pearson (r = 0.1926) showed no correlation between diversity and area.
The backyard is a micro space in the house. The yard management generates affinities
between space and maintainers. So the space transforms into place that connects the human
to it across a systemic time scale. The positive placeattachment is what defines the
configuration and conformation of the yard, which apart and simultaneously converge as
structure and management practices. The back yard is important for maintainers who invest in
them positive feelings built by the association and appropriation of space. The homegardens
have lost ground, especially in central areas of cities. The growing need to use the area of the
most central residential and commercial structures (for buildings, for parking lots, for shops,
etc.), added to the population density, the need to increase the constructed area of the house,
beyond the verticalization process gradually exclude the yard part of the daily life of the
population while its occurrence tends to be limited in urban peripheral areas. |
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