ESTUDO DE TOXICIDADE AGUDA E EFEITO CICATRIZANTE DO BIOPOLÍMERO AMILÁCEO COM EXTRATO DE BARBATIMÃO (STRYPHNODENDRON CORIACEUM BENTH.)

Abstract

Resumo: O Barbatimão do Piauí (Stryphnodendron coriaceum Benth.) é uma planta endêmica da região nordeste do Brasil, sobretudo nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins e oeste da Bahia. Este vegetal é associado à intoxicação alimentar de animais de rebanho, sobretudo bovinos e caprinos. No entanto, segundo a cultura popular esta planta também é utilizada no tratamento de diversas moléstias, como é o caso úlceras, gastrites, colites entre outras. Neste contexto, o trabalho propõe o desenvolvimento de um produto cicatrizante elaborado com o extrato de

Stryphnodendron coriaceum Benth. agregado a um compósito amiláceo de melamina- formaldeído, que funcionará como meio para a liberação controlada do princípio ativo,

ao mesmo tempo em que age como proteção contra agentes externos. O produto desenvolvido foi caracterizado por Espectroscopia na região do Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), teste de viscosidade, análise termogravimétrica (TGA), estabilidade da dispersão. O composto foi preparado a partir da mistura de extrato de barbatimão em um compósito de amido e hexametilol-melamina na proporção de 40% em massa da resina. As formulações nas concentrações 0,15 mg/mL, 1,5 mg/mL, 15 mg/mL e 150 mg/mL de extrato de barbatimão passaram pelo teste de toxicidade em Zophobas morio e teste de cicatrização em ratos por um período de 21 dias para determinar a melhor formulação para o produto. O biopolímero amiláceo com extrato de barbatimão (Stryphnodendron coriaceum benth) possui estabilidade térmica (TGA), durabilidade e baixa toxicidade, compatíveis com um curativo de longa duração, porém teve o efeito cicatrizante prejudicado pela presença de componente amiláceo que causou reação tipo corpo estranho. Por ser uma formulação promissora, deve ser corrigido em sua formulação e testado novamente no protocolo de cicatrização. Abstract: Barbatimão do Piauí (Stryphnodendron coriaceum Benth.) is a plant endemic to the northeast region of Brazil, especially in the states of Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins and western Bahia. This vegetable is associated with food poisoning in livestock animals, especially cattle and goats. However, according to popular culture, this plant is also used to treat various illnesses, such as ulcers, gastritis, colitis, among others. In this context, the work proposes the development of a healing product made

with Stryphnodendron coriaceum Benth extract. added to a starchy melamine- formaldehyde composite that will function as a means for the controlled release of the

active ingredient, while also acting as protection against external agents. The developed product was characterized by Fourier Transform Infrared Spectroscopy (FTIR), viscosity test, Thermogravimetric Analysis (TGA), dispersion stability. The compound was prepared from a mixture of barbatimão extract in a composite of starch and hexamethylol-melamine in a proportion of 40% by mass of the resin. The formulations at concentrations of 0.15 mg/mL, 1.5 mg/mL, 15 mg/mL and 150 mg/mL of barbatimão extract underwent toxicity testing on Zophobas morio and healing tests on rats for a period of 21 days to determine the best formulation for the product. The starchy biopolymer with barbatimão extract (Stryphnodendron coriaceum benth) has thermal stability (TGA), durability and low toxicity, compatible with a long-term dressing, but its healing effect was impaired by the presence of a starchy component that caused a foreign body reaction. As it is a promising formulation, its formulation should be corrected and tested again in the healing protocol.