ALTERAÇÕES CUTÂNEAS E RENAIS EM CÃES INFECTADOS POR LEISHMANIA SPP. SUBMETIDOS A PROTOCOLO DE TRATAMENTO

Abstract

Resumo: A leishmaniose é uma doença de curso crônico, de caráter zoonótico e endêmica em diversos países, sendo o Brasil o maior responsável pelo número de casos notificados. A pele é a porta de entrada e reservatório dos parasitas em cães infectados sadios e doentes. O objetivo desse trabalho foi analisar e comparar histologicamente a pele da orelha de cães infectados naturalmente por Leishmania infantum no qual foram divididos em 4 grupos de 6 animais cada, onde o grupo 1 não foi tratado, o grupo 2 foi tratado com alopurinol via oral em monoterapia, o grupo 3 foram imunizados por injeções subcutâneas com a formulação Leish-F2 + SLA-SE, 6 doses, mais o alopurinol na dose de 20 mg/kg, 1x ao dia, durante 90 dias e o grupo 4 que foram imunizados por injeções subcutâneas com a formulação Leish-F2 + SLA-IMQ-SE, 6 doses, mais o alopurinol na dose de 20 mg/kg, 1x ao dia, durante 90 dias. Após a eutanásia, aos 360 dias, foi feito a coleta da pele para a análise histopatológica. Foi observado um infiltrado linfohistioplasmocitário em todos os cães dos dois grupos, com graus de intensidade diferentes, variando de discreto a intenso, com predomínio da região Perifolicular e Periglandular, apresentando como lesão não inflamatória, Espongiose, Hiperqueratose paraqueratótica,

Hiperplasia epidérmica, Papilomatose e Hemangioma. A partir da análise histopatológica pode- se notar que os animais não tratados apresentaram graus de inflamação mais intenso, bem como

alterações não inflamatórias não vista em animais que receberam algum tipo de tratamento. Abstract: Leishmaniasis is a disease with a chronic course, zoonotic and endemic in several countries, with Brazil being the main responsible for the number of reported cases. The skin is the port of entry and reservoir for parasites in healthy and sick infected dogs. The aim of this study was to histologically analyze and compare the ear skin of dogs naturally infected by Leishmania infantum in which they were divided into 4 groups of 6 animals each, where group 1 was not treated, group 2 was treated with oral allopurinol in monotherapy, group 3 were immunized by subcutaneous injections with the formulation Leish-F2 + SLA-SE, 6 doses, plus allopurinol at a dose of 20 mg/kg, 1x a day, for 90 days and group 4 who were immunized by subcutaneous injections with the formulation Leish-F2 + SLA-IMQ-SE, 6 doses, plus allopurinol at a dose of 20 mg/kg, 1x a day, for 90 days. After euthanasia, at 360 days, the skin was collected for histopathological analysis. A lymphohistioplasmacytic infiltrate was observed in all dogs of both groups, with different degrees of intensity, ranging from mild to intense, with a predominance of the Perifollicular and Periglandular region, presenting as a non-inflammatory lesion, Spongiosis, Parakeratotic Hyperkeratosis, Epidermal Hyperplasia, Papillomatosis and Hemangioma. From the histopathological analysis it can be noted that the untreated animals showed more intense degrees of inflammation, as well as non-inflammatory changes not seen in animals that received some type of treatment.