Abstract:
RESUMO: INTRODUÇÃO: As Precauções Padrão são práticas fundamentais para a
biossegurança na assistência à saúde, visando proteger profissionais e pacientes
contra a transmissão de microrganismos. As Precauções Padrão devem ser aplicadas
em situações que envolvem contato com sangue, fluidos corporais, secreções e pele
não intacta, sendo essenciais para a prevenção de Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde. Contudo, a adesão a essas medidas ainda enfrenta desafios,
como falta de recursos, sobrecarga de trabalho, tempo limitado e acesso insuficiente
a treinamentos. OBJETIVO: Analisar as fragilidades no conhecimento e na adesão às
práticas de precauções padrão pelos enfermeiros hospitalares. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, analítico e transversal, realizado
em um hospital público federal no Piauí. Com uma amostra censitária de 98
enfermeiros. Foram utilizados dois questionários: Questionário de Conhecimento
sobre as Precauções Padrão e o Questionário de Adesão às Precauções Padrão. A
análise estatística envolveu métodos descritivos e inferenciais, utilizando os testes de
Shapiro-Wilk, Kruskal-Wallis, Dunn, Spearman e qui-quadrado. Os resultados foram
apresentados por meio de tabelas e gráficos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa, sob o CAAE 79363324.5.0000.8050. RESULTADOS: A pontuação
média de conhecimento foi de 17,6 (DP ± 1,3), com mediana de 18 e intervalo
interquartil de 17 a 19. Já a pontuação de adesão apresentou média de 72,7 (DP ±
5,7), mediana de 74 e IIQ de 71 a 76, com outliers abaixo de 60, indicando
variabilidade no cumprimento das práticas. CONCLUSÃO: O estudo evidenciou
fragilidades no conhecimento e na adesão às práticas de precauções padrão pelos
enfermeiros hospitalares, demonstrando que o conhecimento teórico, embora
necessário, não assegura a aplicação prática dessas medidas. Nesse sentido, torna-
se imperativo que as instituições de saúde invistam em capacitação contínua e
implementem políticas que consolidem uma cultura de segurança.
ABSTRACT: INTRODUCTION: Standard Precautions are fundamental practices in biosafety within
healthcare, aimed at protecting both professionals and patients from the transmission
of microorganisms. These precautions must be applied in situations involving contact
with blood, bodily fluids, secretions, and non-intact skin, and are essential for
preventing Healthcare-Associated Infections. However, adherence to these measures
still faces challenges, such as lack of resources, work overload, limited time, and
insufficient access to training. OBJECTIVE: To analyze the gaps in knowledge and
adherence to standard precaution practices among hospital nurses.
METHODOLOGY: This is a quantitative, observational, analytical, and cross-sectional
study conducted in a federal public hospital in Piauí, Brazil. The study had a census
sample of 98 nurses. Two questionnaires were used: the Standard Precautions
Knowledge Questionnaire and the Standard Precautions Adherence Questionnaire.
Statistical analysis involved descriptive and inferential methods, using the Shapiro-
Wilk, Kruskal-Wallis, Dunn, Spearman, and chi-square tests. The results were
presented through tables and graphs. The study was approved by the Research Ethics
Committee, under CAAE 79363324.5.0000.8050. RESULTS: The average knowledge
score was 17.6 (SD ± 1.3), with a median of 18 and an interquartile range from 17 to
19. The adherence score showed an average of 72.7 (SD ± 5.7), a median of 74, and
an IQR from 71 to 76, with outliers below 60, indicating variability in compliance with
practices. CONCLUSION: The study revealed weaknesses in both knowledge and
adherence to standard precaution practices among hospital nurses, showing that
theoretical knowledge, although necessary, does not guarantee the practical
application of these measures. Therefore, it is imperative for healthcare institutions to
invest in continuous training and implement policies that strengthen a culture of safety.