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COINFECÇÃO MICROBIANA E DESFECHO DE PACIENTES INTERNADOS COM SARS-CoV-2

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dc.contributor.author CARVALHO, Ana Raquel Batista de
dc.date.accessioned 2025-07-30T20:54:13Z
dc.date.available 2025-07-30T20:54:13Z
dc.date.issued 2025-07-30
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/3997
dc.description Orientadora: Profa. Dra. Maria Eliete Batista Moura Examinadora externa: Profa. Dra. Kelly Myriam Jiménez de Aliaga - UNAC Examinadora externa: Profa. Dra. Simone Maria Muniz da Silva Bezerra - UPE Examinadora interna: Profa. Dra. Daniela Reis Joaquim Freitas Examinadora interna: Profa. Dra. Andréia Rodrigues Moura da Costa Valle Examinador interno suplente: Prof. Dr. Jefferson Abraão Caetano Lira Examinadora interna suplente: Profa. Dra. Odinéia Batista Libório pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: Introdução: A pandemia da COVID-19 apresenta desafios significativos devido à tendência para uma ampla variedade de apresentações clínicas e complicações. As taxas de gravidade e mortalidade dessa doença são afetadas por diversos fatores, como doenças respiratórias, diabetes e hipertensão, e principalmente as coinfecções, que podem contribuir para o aumento dos custos, do tempo de internação e da mortalidade intra-hospitalar dos pacientes. O alto uso de antimicrobianos, observado durante a pandemia da COVID-19 exerceu uma pressão seletiva sobre os micro-organismos, levando ao agravamento da resistência antimicrobiana. Objetivo: Analisar a ocorrência de coinfecção microbiana de pacientes internados com SARS-CoV-2. Metodologia: Estudo multimétodos, desenvolvido em duas etapas: 1. Estudo Bibliométrico acerca do tema abordado; 2. Estudo transversal analítico e retrospectivo segundo as diretrizes Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE), realizado em um hospital universitário localizado na região nordeste do Brasil, por meio do prontuário no período de 15 de março de 2020 a 31 de dezembro de 2021. Foram incluídos indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, que foram admitidos com diagnóstico de COVID-19 confirmado por teste RT-PCR para SARS-CoV-2. Foram excluídos pacientes sem informações em relação aos desfechos disponíveis no sistema, bem como pacientes transferidos ou que tiveram alta por evasão. A coleta foi realizada por meio de um formulário subdividido em cinco partes. As análises estatísticas foram realizadas com o suporte do aplicativo Excel da Microsoft, exportadas para a linguagem de programação estatística R (versão 4.3.1). Todos os aspectos éticos citados na Resolução no 466 de 2012 do Conselho Nacional em Saúde foram seguidos, e o estudo foi aprovado com o número de parecer 5.906.656. Resultados: Na análise bibliométrica, foram avaliados 208 artigos, sendo 42 publicados em 2020, 82 em 2021 e 83 em 2022. Foram reconhecidas 132 revistas científicas diferentes, e os artigos foram produzidos por 1.660 autores de 58 países. Os 208 artigos foram citados 2567 vezes, com uma média de 12,3 citações por item. No estudo transversal, foram identificados 904 pacientes com diagnóstico laboratorial confirmado de COVID-19. A média de idade de todos os pacientes foi de 66,0 (±16,9) anos, 511(56,6%) era do sexo masculino, 336 (37,3%) casados ou em união estável (292; 32,3%). Em relação aos desfechos dos pacientes, a alta hospitalar foi observada em 474 (52,9%) casos, seguida 412 (45,6%) casos óbito por COVID-19 em e 14 (1,5%) por outras causas de óbitos. A ocorrência de coinfecção foi de 29,9% entre os pacientes internados. Pacientes que evoluíram para óbito devido à COVID-19 tiveram um menor tempo de internação, com média de 15,7 dias, além de apresentarem choque séptico, complicações renais, digestivas, cardiovasculares e respiratórias. Das infecções relacionadas à assistência à saúde laboratorialmente confirmadas, 47% foram provenientes de amostras de hemoculturas. As bactérias gram-negativas foram as mais prevalentes, representando 236(48,3%) casos das infecções, seguidas pelas bactérias gram-positivas (156; 31,4%) e fungos (105; 21,1%). As bactérias gram-negativas prevalentes foram P. Aeruginosa sp., Acinetobacter spp e Klebsiella spp., sendo resistentes a cefalosporinas. As bactérias gram-positivas identificadas neste estudo foram Staphylococcus spp. resistentes a macrolídeos. Entre as amostras fúngicas, destacou-se Candida spp. Dos 904 pacientes, 863 (95%) utilizaram antimicrobianos, com destaque para piperacilina+tazobactam, azitromicina, meropenem, vancomicina e ivermectina. Conclusão: A dinâmica e evolução e as tendencias de informação da ciência relatou a etiologia das coinfecções, podem ser causadas por bactérias, outros vírus, fungos e por vetores. A coinfecção microbiana de pacientes internados com COVID-19 foi de 29,9%. O desfecho de pacientes internados com SARS-CoV-2 evidenciou um elevado índice de mortalidade entre os pacientes colonizados por micro-organismos multirresistentes em indivíduos hospitalizados por COVID- 19. A implantação de políticas de prevenção de infecções e o gerenciamento do uso correto de antimicrobianos são essenciais para alcançar menores taxas de letalidade nesta e em outras populações que necessitam de internação hospitalar. ASTRACT: Introduction: The COVID-19 pandemic presents significant challenges due to the tendency for various clinical presentations and complications. The severity and mortality rates of this disease are affected by several factors, such as respiratory diseases, diabetes, hypertension, and mainly co-infections, which can contribute to increased costs, length of stay, and in-hospital mortality of patients. The high use of antimicrobials, observed during the COVID-19 pandemic, has exerted selective pressure on microorganisms, worsening antimicrobial resistance. Objective: To analyze the occurrence of microbial co-infection in patients hospitalized with SARS-CoV-2. Methodology: Multi-method study, developed in two stages: 1. Bibliometric study on the topic covered; 2. Analytical and retrospective cross-sectional study according to the Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) guidelines, carried out in a university hospital located in the northeast region of Brazil, using medical records from March 15, 2020, to December 31, 2021. Individuals aged 18 years or over, of both sexes, who were admitted with a diagnosis of COVID-19 confirmed by RT-PCR test for SARS-CoV-2 were included. Patients without information regarding the stages available in the system were excluded and transferred or discharged due to evasion. The collection was carried out using a form subdivided into five parts. Statistical analyses were performed with the support of the Microsoft Excel application and exported to the statistical programming language R (version 4.3.1). All ethical aspects mentioned in Resolution No. 466 of 2012 of the National Health Council were followed, and the study was approved with opinion number 5,906,656. Results: In the bibliometric analysis, 208 articles were evaluated, 42 of which were published in 2020, 82 in 2021, and 83 in 2022. One hundred thirty-two different scientific journals were recognized, and the articles were produced by 1,660 authors from 58 countries. The 208 articles were cited 2,567 times, with an average of 12.3 requests per item. In the cross-sectional study, 904 patients with a laboratory-confirmed diagnosis of COVID-19 were identified. The mean age of all patients was 66.0 (±16.9) years; 511 (56.6%) were male, and 336 (37.3%) were married or in a stable relationship (292; 32, 3%). Regarding patient outcomes, hospital discharge was observed in 474 (52.9%) cases, followed by 412 (45.6%) cases of death due to COVID-19 and 14 (1.5%) due to other causes of death. The occurrence of co-infection was 29.9% among hospitalized patients. Patients who died due to COVID-19 had a shorter hospital stay, an average of 15.7 days, in addition to experiencing septic shock and renal, digestive, cardiovascular, and respiratory complications. Of the laboratory-confirmed healthcare-associated infections, 47% came from blood culture samples. Gram-negative bacteria were the most prevalent, representing 236 (48.3%) cases of infections, followed by Gram-positive bacteria (156; 31.4%) and fungi (105; 21.1%). The prevalent gram-negative bacteria were P. Aeruginosa sp., Acinetobacter spp, and Klebsiella spp., which were resistant to cephalosporins. The gram-positive bacteria identified in this study were Staphylococcus spp. Macrolide-resistant. Among the fungal samples, Candida spp. Stood out. Of the 904 patients, 863 (95%) used antimicrobials, especially piperacillin+tazobactam, azithromycin, meropenem, vancomycin, and ivermectin. Conclusion: The dynamics, evolution, and trends in scientific information related to the etiology of co-infections can be caused by bacteria, other viruses, fungi, and vectors. The microbial co-infection of patients hospitalized with COVID-19 was 29.9%. The outcome of patients hospitalized with SARS-CoV-2 showed a high mortality rate among patients colonized by multidrug-resistant microorganisms in individuals hospitalized for COVID-19. Implementing infection prevention policies and managing the correct use of antimicrobials is essential to achieve lower mortality rates in this and other populations that affect hospital admission. pt_BR
dc.description.sponsorship Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject COVID-19 pt_BR
dc.subject Infecções por Coronavírus pt_BR
dc.subject Infecção Hospitalar pt_BR
dc.subject Farmacorresistência Bacteriana pt_BR
dc.subject Anti-Infecciosos pt_BR
dc.subject Coronavirus Infections pt_BR
dc.subject Cross Infection pt_BR
dc.subject Anti-Infective Agents pt_BR
dc.subject Drug Resistance Bacterial pt_BR
dc.title COINFECÇÃO MICROBIANA E DESFECHO DE PACIENTES INTERNADOS COM SARS-CoV-2 pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


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