Repositório Institucional da UFPI

ESTREPTOCOCOS ORAIS RESISTENTES À AMOXICILINA – ADESÃO, FORMAÇÃO DE BIOFILME E SUSCETIBILIDADE A ANTIBIÓTICOS ALTERNATIVOS E CLOREXIDINA

DSpace/Manakin Repository

Show simple item record

dc.contributor.author BESERRA, Patrick Saboia
dc.date.accessioned 2025-07-22T17:49:29Z
dc.date.available 2025-07-22T17:49:29Z
dc.date.issued 2025-07-22
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/3968
dc.description Orientador: Prof. Dr. Patrick Veras Quelemes Examinadora interna: Profª. Dra. Maria José dos Santos Soares Examinador interno: Prof. Dr. Glauber Campos Vale Examinadora interna: Profª. Dra. Thaís Torres Barros Dutra pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: Introdução: A endocardite infecciosa (EI) representa um risco significativo para crianças com cardiopatias congênitas ou portadoras de próteses valvares, podendo ser decorrente de bacteremia associada a procedimentos odontológicos invasivos. Dentre os microrganismos mais envolvidos nessa patologia, destacam-se os estreptococos do grupo viridans, cujos perfis de virulência incluem adesão e formação de biofilme. Embora a profilaxia antibiótica (PA) com amoxicilina (AMX) seja recomendada como prevenção à EI, a crescente resistência dos estreptococos orais a esse antibiótico compromete sua eficácia, evidenciando a necessidade de antibióticos alternativos e de estratégias complementares que possam diminuir a bacteremia, como o uso de antissépticos. Objetivo: Avaliar o perfil fenotípico de adesão e formação de biofilme de estreptococos orais resistentes à amoxicilina (EORA), bem como sua suscetibilidade a antibióticos alternativos e à clorexidina (CHX). Material e Métodos: Vinte e cinco cepas de EORA, previamente isoladas da cavidade bucal de crianças cardiopatas com risco para EI, foram analisadas por meio de ensaios in vitro. A adesão à matriz extracelular (MEC) foi avaliada por meio da incubação das bactérias por 1,5 hora em poços de placas revestidos com colágeno do tipo I. A formação de biofilme de 24 horas foi analisada utilizando-se a coloração por cristal violeta. A susceptibilidade antimicrobiana foi determinada pelo método de difusão em ágar com discos dos antibióticos azitromicina (AZI), claritromicina (CLA), eritromicina (ERI) e clindamicina (CLI), com a subsequente verificação da presença dos fenótipos de resistência M e MLS. Também foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) da CHX e seu efeito, na concentração de 0,12%, sobre biofilmes pré-formados, por meio do ensaio metabólico do XTT. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando-se ANOVA de uma ou duas vias, seguida dos pós-testes apropriados, sendo o nível de significância fixado em 5%. Resultados: A maioria dos EORA (84%) apresentou alto padrão de adesão à MEC. Quanto à formação de biofilme, 64% foram classificadas como fortes formadores de biofilme, enquanto 32% foram considerados moderados produtores. Foi observada uma elevada taxa de resistência aos macrolídeos, em que 60% das cepas apresentaram resistência simultânea à ERI, AZI e CLA. Em contraste, a CLI manteve ampla eficácia, com 96% dos isolados classificados como sensíveis. Apenas uma cepa apresentou resistência à CLI, com concomitante resistência aos três macrolídeos testados, caracterizando-a como multirresistente, já que também apresentava resistência à AMX. A CIM da CHX foi de 2 μg/mL para todos os isolados, e o tratamento com CHX a 0,12% eliminou a viabilidade dos biofilmes (p<0,0001). Conclusão: Os EORA demonstraram alta capacidade de adesão à MEC e formação de biofilme. Verificou-se também uma preocupante prevalência de resistência aos macrolídeos. No entanto, a CHX mostrou-se altamente eficaz frente às formas planctônicas e organizadas em biofilme dos isolados testados. ABSTRACT: Introduction: Infective endocarditis (IE) poses a significant risk for children with congenital heart disease or prosthetic valves and may result from bacteremia associated with invasive dental procedures. Among the most frequently implicated microorganisms in this condition are viridans group streptococci, whose virulence traits include adhesion and biofilm formation. Although antibiotic prophylaxis (AP) with amoxicillin (AMX) is recommended to prevent IE, the increasing resistance of oral streptococci to this antibiotic compromises its effectiveness. This highlights the need for alternative antibiotics and complementary strategies to reduce bacteremia, such as the use of antiseptics. Objective: To evaluate the phenotypic profile of adhesion and biofilm formation of amoxicillin-resistant oral streptococci (AROS), as well as their susceptibility to alternative antibiotics and chlorhexidine (CHX). Materials and Methods: Twenty-five AROS strains, previously isolated from the oral cavity of children with heart disease at risk for IE, were analyzed through in vitro assays. Adhesion to the extracellular matrix (ECM) was assessed by incubating the bacteria for 1.5 hours in collagen type I-coated wells. Biofilm formation after 24 hours was analyzed using crystal violet staining. Antimicrobial susceptibility was determined by agar diffusion against azithromycin (AZI), clarithromycin (CLA), erythromycin (ERI), and clindamycin (CLI), followed by the identification of M and MLS resistance phenotypes. The minimum inhibitory concentration (MIC) of CHX was determined, as well as its effect at 0.12% on preformed biofilms using the XTT metabolic assay. Data were statistically analyzed by one- or two-way ANOVA, followed by appropriate post hoc tests, with a significance level of 5%. Results: Most AROS strains (84%) exhibited a high adhesion pattern to ECM. Regarding biofilm formation, 64% were classified as strong biofilm producers, while 32% were moderate producers. A high rate of moderate or intermediate resistance to macrolides was observed, with 60% showing simultaneous resistance to ERI, AZI, and CLA. In contrast, CLI remained broadly effective, with 96% of strains classified as sensitive. Only one strain was resistant to CLI and simultaneously resistant to all three macrolides tested, characterizing it as multidrug- resistant due to its concurrent resistance to AMX. The MIC of CHX was 2 μg/mL for all isolates, and treatment with CHX at 0.12% eliminated biofilm viability (p < 0.0001). Conclusion: AROS strains demonstrated high adhesion capacity to ECM and significant biofilm-forming ability. A concerning prevalence of macrolide resistance was identified. Nevertheless, CHX proved to be highly effective against both planktonic and biofilm- associated forms of the tested isolates. pt_BR
dc.description.sponsorship Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Placa Dental pt_BR
dc.subject Matriz Extracelular pt_BR
dc.subject Resistência a Antibióticos pt_BR
dc.subject Enxágue Bucal pt_BR
dc.subject Dental Plaque pt_BR
dc.subject Extracellular Matrix pt_BR
dc.subject Antibiotic Resistance pt_BR
dc.subject Mouthwash pt_BR
dc.title ESTREPTOCOCOS ORAIS RESISTENTES À AMOXICILINA – ADESÃO, FORMAÇÃO DE BIOFILME E SUSCETIBILIDADE A ANTIBIÓTICOS ALTERNATIVOS E CLOREXIDINA pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


Files in this item

This item appears in the following Collection(s)

  • Mestrado em Odontologia
    Nesta Coleção serão depositadas todas as Dissertações do Programa de Pós-Graduação em Odontologia do Centro de Ciências da Saúde.

Show simple item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account