Abstract:
RESUMO:
Uma territorialidade quilombola não é um lugar de refugiados ou remanescentes, mas sim um lugar onde as relações sociais acionam identidades étnicas. Nessa dissertação é abordada parte dos acontecimentos da Comunidade Olho D’água dos Negros, considerando a constituição da territorialidade quilombola, a inserção da “Capoeira de Quilombo” enquanto marcador de identidades étnicas e como prática cultural e política da comunidade. Valorizando os significados atribuídos à prática da capoeira pelos praticantes e moradores da comunidade, demonstro os caminhos trilhados para a constituição do território da comunidade, para o processo de titulação da terra e o fortalecimento das identidades étnicas do grupo. A proposta central é entender como a “Capoeira de Quilombo” se relaciona com as pessoas da Comunidade Olho D’água dos Negros e como os ensinamentos da capoeira atravessam a noção de corpo a partir da prática da “Capoeira de Quilombo”. ABSTRACT:
A maroon territoriality is not a place of refugee or remaining, but a place where social relationships trigger ethnic identities. In this dissertation is addressed of the events of the Comunidade Olho D’água dos Negros considering the establishment of maroon territoriality, the insertion of “Capoeira de Quilombo” as a marker of ethnic identity and as cultural practice and community policy. Valuing the meanings attributed to the practice of capoeira by practitioners and community residents, demonstrate the paths for the establishment of community territory in the process of land titling and the strengthening of ethnic identities of the group. The central proposal is to understand how “Capoeira Quilombo" relates to people in the Comunidade Olho D’água dos Negros and how the teachings of capoeira cross the notion of body from the practice of " Capoeira Quilombo".