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SEMENTES EM UM VALE DE ESPERANÇAS: as juventudes do Vale no assentamento rural Vale da Esperança-PI, vivências, ruralidades e lazeres

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dc.contributor.author SANTOS, Rayane de Moura
dc.date.accessioned 2024-10-11T14:03:34Z
dc.date.available 2024-10-11T14:03:34Z
dc.date.issued 2024-10-11
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/3716
dc.description Orientadora: Profª. Dra. Lila Cristina Xavier Luz Examinadora Interna: Profª. Dra. Maria Sueli Rodrigues de Sousa Examinadora Externa: Profª. Dra. Joana Tereza Vaz de Moura – DPP – UFRN pt_BR
dc.description.abstract RESUMO Esta dissertação tem por objetivo compreender como as(os) jovens do assentamento rural Vale da Esperança viveciam suas juventudes nesse território rural. Também busco compreender os significados atribuídos a diferentes dimensões de suas vidas, como estudo, trabalho e lazeres, enquanto juventudes rurais. Assim, essa reflexão é norteada pelo ponto de vista das(os) próprias(os) jovens, tendo como elemento central, suas narrativas, construídas por meio de conversas e entrevistas abertas semiestruturadas, realizadas, em geral, na comunidade. Além disso, observações livres e sistemáticas, baseadas na metodologia da História Oral. Como pano de fundo da compreensão de invisibilidades, desigualdades, silenciamentos e dicotomias que perpassam o cotidiano dessas juventudes rurais, tive como referência a análise da realidade observada a partir da perspectiva da colonialidade. Também a análise foi norteada pela compreensão de juventudes, materializada nas diferentes e diversas formas de ser jovem. Ademais, acredito que a noção de juventudes não se encerra em um conceito estático de faixa etária, mas deve ser pensada como condiçãoe como modo de vida e fase da vida. Nesse sentido minha intenção não foi estabelecer definições do que é juventude rural, ou mesmo a(o) jovem do Vale, mas colaborar com elementos para a análise dessa categoria em suas múltiplas construções, que são variadas, nas realidades por onde transitam e condições sociais que vivem. Nesse percurso, guio-me, primordialmente, pelas narrativas de jovens, como principais produtoras(es) do conhecimento, na intenção de compreender como se particularizam as juventudes do Vale. Para a compreensão do universo no qual essas(es) jovens constroem suas identidades, assumo a perspectiva do assentamento como território de ruralidades, entendendo o rural não somente como um espaço de produção agrícola, mas também como uma realidade construída por sociabilidades, produção e reprodução de vida. Para compreender o lazer dessas(es) jovens, apego-me ao entendimento do lazercomo uma dimensão de busca pela excitação, pelo descontrole desmedido, e que, primordialmente, obedece ao princípio da livre escolha. A partir dessas referências, apresento quem realmente são as(os) jovens do Vale da Esperança, como entendem e vivenciam a juventude, quais suas práticas de lazer, e ainda de que forma a vivência em seu território rural influencia em suas experiências juvenis. Observei que no território do Vale as trocas com o urbano são processadas nos mais diversos aspectos; na paisagem, nas relações sociais, no lazer, no trabalho, na educação, na religiosidade, enfim, em múltiplas dimensões de suas vidas. Em todas essas, a relação rural/urbano, permeia a vida de jovens da comunidade, impactando das mais diversas maneiras seus modos de vida. Diante dessa realidade, identifiquei no Vale jovens que resistem, que preservam a essência de seu território, mas também trocam, permutam e negociam com o urbano. Também constatei que as(os) jovens do Vale têm uma expressiva capacidade de elaborar acerca de sua condição de jovens que, em muitos aspectos, difere de parâmetros estritos admitidos pela sociedade em geral, que define um modelo de juventude homogênea. As(os) jovens do Vale projetam sua juventude para além de critérios rígidos, pensam uma juventude heterogênea e diversa. No que diz respeito às manifestações culturais, dimensões do lazer e da tradição do Vale, essas são compostas por elementos reeditados, mas também por elementos essencialmente tradicionais, fazendo-me compreender as práticas de lazer dessas(es) jovens como um lazer não-mercadoria. É possível concluir que entre as(os) jovens do Vale da Esperança a criatividade e a capacidade de buscar autonomia, potencialidades para a construção de saídas mediante a ineficácia das políticas públicas, é uma realidade. Elas(es) processam isso, enfrentando as situações de crise com a visão ampla e diversa da realidade em que vivem. RESUMEN 1 Esta disertación tiene como objetivo comprender como los jóvenes del asentamiento rural Valle da Esperanza vivieron su juventud en este territorio rural. También busco comprender los significados atribuidos a diferentes dimensiones de sus vidas, como el estudio, el trabajo y el ocio, como jóvenes rurales. Así, esta reflexión está guiada por el punto de vista de los propios jóvenes, teniendo como elemento central sus narrativas, construidas a través de conversaciones abiertas y entrevistas semiestructuradas, realizadas, en general, en la comunidad. Además, observaciones gratuitas y sistemáticas, basadas en la metodología de Historia Oral. Como antecedente para la comprensión de las invisibilidades, desigualdades, silencios y dicotomías que impregnan la vida cotidiana de estos jóvenes rurales, tuve como referencia el análisis de la realidad observada desde la perspectiva de la colonialidad. El análisis también estuvo guiado por la comprensión de los jóvenes, materializada en las diferentes y diversas formas de ser joven. Además, creo que la noción de juventud no termina con un concepto estático de edad, sino que debe ser concebida como una condición, como una forma de vida y una etapa de la vida. En este sentido, mi intención no fue establecer definiciones de juventud rural, ni siquiera de la juventud del Valle, sino colaborar con elementos para el análisis de esta categoría en sus múltiples construcciones, las cuales son variadas, en las realidades por las que transitan y condiciones sociales que viven. En este trayecto, me guío, principalmente, por las narrativas de los jóvenes, como principales productores de conocimiento, para entender cómo se particularizan los jóvenes del Valle. Para comprender el universo en el que estos jóvenes construyen su identidad, tomo la perspectiva del asentamiento como territorio de ruralidades, entendiendo lo rural no solo como un espacio de producción agrícola, sino también como una realidad construída por la sociabilidad, la producción y reproducción de la vida. Para entender el ocio de estos jóvenes me aferro a la comprensión del ocio como una dimensión de búsqueda de la excitación, del descontrol desmedido y que, ante todo, obedece al principio de la libre elección. A partir de estas referencias, presento quiénes son realmente los jóvenes del Valle de la Esperanza, cómo entienden y viven la juventud, cuáles son sus prácticas de ocio y cómo la experiencia en su territorio rural influye en sus vivencias juveniles. Observé que, en el territorio del Valle, los intercambios con lo urbano se procesan en los más diversos aspectos; en el paisaje en las relaciones sociales, en el ocio, en el trabajo, en la educación, en la religiosidad, en definitiva, en múltiples dimensiones de sus vidas. En todos ellos, la relación rural / urbana impregna la vida de los jóvenes de la comunidad, impactando sus formas de vida de las más diversas maneras. Ante esta realidad, identifiqué en El Valle jóvenes que resisten, que conservan la esencia de su territorio, pero también intercambian, permutan y negocian con lo urbano. También encontré que los jóvenes del Valle tienen una capacidad expresiva para profundizar en su condición de jóvenes, que en muchos aspectos se diferencia de los estrictos parámetros admitidos por la sociedad en general, que define un modelo de juventud homogéneo. Los jóvenes del Valle proyectan su juventud más allá de criterios rígidos, piensan en una juventud heterogénea y diversa. En cuanto a las manifestaciones culturales, las dimensiones del ocio y la tradición del Valle, estas se componen de elementos reeditados, pero también de elementos esencialmente tradicionales, haciéndome entender las prácticas de ocio de estos jóvenes como un ocio no mercantil. Es posible concluir que, entre los jóvenes del Valle de la Esperanza, la creatividad y la capacidad de buscar la autonomía, potencial para construir soluciones a través de la ineficacia de las políticas públicas, es una realidad. Ellos lo procesan, enfrentando situaciones de crisis con una visión amplia y diversa de la realidad en la que viven. pt_BR
dc.description.sponsorship Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí - FAPEPI pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Sociologia pt_BR
dc.subject Juventudes pt_BR
dc.subject Ruralidades pt_BR
dc.subject Lazeres pt_BR
dc.subject Jóvenes pt_BR
dc.subject Ocio pt_BR
dc.subject Ruralidades pt_BR
dc.title SEMENTES EM UM VALE DE ESPERANÇAS: as juventudes do Vale no assentamento rural Vale da Esperança-PI, vivências, ruralidades e lazeres pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


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