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RESUMO
Este estudo tem por objetivo analisar a experiência profissional de trabalhadores e
trabalhadoras LGBT+ que estão inseridos no mercado de trabalho, mais
especificamente na área administrativa de universidades e faculdades públicas e
privadas da cidade de Teresina-PI. Nesse sentido, busca-se entender se esses
profissionais se sentem confiantes para expor sua orientação sexual ou identidade de
gênero em seu ambiente laboral, como é sua relação com chefe e colegas, se têm
encontrado acolhimento e oportunidades de desenvolvimento profissional igualitárias
ou se relatam sofrer qualquer tipo de discriminação. A pesquisa, de cunho qualitativo,
foi produzida através de estudo bibliográfico e realização de entrevistas
semiestruturadas com as pessoas selecionadas, definidas pela técnica de
amostragem “bola de neve”
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e analisadas através do método de interpretação de
sentidos. Partindo de uma perspectiva epistemológica feminista e decolonial, são
apresentados os conceitos de gênero e sexualidade, bem como debatidas as
particularidades inerentes ao mercado de trabalho, sua relação com o gênero, a
diversidade sexual e a raça/etnia e como isso afeta esses trabalhadores. Os principais
autores que embasam esta pesquisa são Raewyn Connell, Daniel Borrillo, Marco
Aurélio Máximo Prado, Eve Sedgwick, Grada Kilomba, Lélia Gonzalez, Maria
Lugones, Oyèrónké Oyěwùmí, entre outros. Aprovada pelo Comitê de Ética em
pesquisa da UFPI, foram entrevistados 7 trabalhadores administrativos LGBT+ de
universidades/faculdades públicas e privadas, no período entre julho e agosto/2019.
A análise dos dados se deu a partir da elaboração de um mapa das respostas dos/das
entrevistados/das e a escolha dos eixos temáticos mais significativos encontrados nas
experiências relatadas. Em sua maioria, foram reportados casos de discriminação
com prevalência de violência psicológica, como piadas, brincadeiras pejorativas e
comentários inoportunos. Embora velada e não direcionada aos/às entrevistados/das
de forma mais incisiva, a violência foi tida como recorrente. Foram reportados casos
de agressão física e assédio sexual, inclusive relacionados à orientação sexual
dos/das entrevistados/as. Foram relatados ainda casos de assédio moral, não
relacionados à orientação sexual ou identidade de gênero, depressão, ansiedade, uso
de álcool e drogas, alguns desses relacionados, mesmo que de forma indireta, com
as pressões do ambiente de trabalho.
ABSTRACT
This research aims to analyze the working experience of LGBT+ workers that have
been working, more specifically, in the management field of public universities and
private colleges in Teresina-PI. It is sought to comprehend whether these workers feel
confident to expose their sexual orientation or gender identity once they are inserted
in those workplaces, as well as what is like their relationship with bosses and
workmates, whether they have felt welcomed yet found equality opportunities of self-development or either if they claim to suffer any kind of discrimination. The research,
defined as qualitative, was produced through bibliographic research and semi-structured interviews made with pre-selected people. The interviews were built using
the snowball sampling tecnique also they were being analyzed through interpretation
of senses methodology. Firstly considering a feminist epistemological and decolonial
perspective to present the gender and equality concepts well as are debated the
particularities inherent from the labor-market, its relations with gender, sexual diversity
and race/ethnicity and how all of these affect these workers. The main authors used in
this research are Raewyn Connell, Daniel Borrillo, Marco Aurélio Máximo Prado, Eve
Sedgwick, Grada Kilomba, Lélia Gonzalez, Maria Lugones, Oyèrónké Oyěwùmí
among others. This research was approved by the UFPI Ethics Committee, seven
LGBT+ administrative workers of public and private universities/colleges were
interviewed from July and August 2019. The data analyze was made starting from a
map with the interviewed answers and the choosing of the thematic axes was based
on meaningful reported experiences given. Largely were reported discrimination
situations prevailing psychological violence, such as jokes, pejorative jokes and
inappropriate comments. Though it was veiled and not directly spoken toward the
interviewed in a more incisive way, this kind of violence has been reported as recurring.
It were reported Physical aggression and sexual harassment including those one
related to the interviewed sexual orientation. Psychological harassment not related to
sexual orientation or gender identity was also related. Depression, anxiety, drugs and
alcohol abuse are related, may not directly, to work environment pressure. |
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