Abstract:
RESUMO
Considerando que a sociedade moderna se encontra cada vez mais em pauta com o
campo da transição capilar, sendo, inclusive, consideradas para o reconhecimento
identitário, esta dissertação é uma análise intersubjetiva sobre este campo. Através
de vivências pessoais foi possível me identificar como pessoa negra e capaz de suprir
essa necessidade imposta pela sociedade branca de que mulheres devem ter um
padrão de beleza por eles impostos, composto de cabelos lisos, peles claras e
maquiagem moderada. O entendimento de forças femininas sobre se aceitar e sobre
impactar outras pessoas a fazerem o mesmo é uma realidade que não está distante
da nossa, inclusive acontecendo. Para realizar este estudo com êxito e se baseando
nas premissas corretas, o objetivo geral da minha pesquisa foi analisar meu processo
de transição capilar, de modo a percebê-la como afirmação de construção de
identidade e resistência. Este posicionamento foi essencial para responder à pergunta
de pesquisa: De que forma, a partir da vivência com a transição capilar estão
articuladas às categorias, identidade e resistências no campo teórico? Esta
dissertação demonstrou que as resistências da mulher negra no cenário moderno tem
sido cada vez mais consideradas. Como é de se esperar, o aporte teórico está
estruturado sob a luz das concepções de Nilma Lino Gomes e outras autoras
entusiastas da luta contra o racismo, como Mbembe (2016); Munanga, (2019) e Pinto
e Ferreira (2014). Os resultados desta dissertação mostraram que a luta por um
espaço na sociedade ainda é tão constante como antigamente, todavia as mulheres
têm recebido bem esse novo espaço por elas conquistados através de lutas e tem
encorajado outras mulheres a encontrar-se com a sua real identidade. Padecer sob
uma perspectiva historicamente branca, de cabelos lisos, de corpos perfeitos e da
aceitação masculina, não tem sido mais vista como uma pauta a ser tratada como
antigamente era, a força feminina, principalmente de mulheres negras transborda
essas barreiras arcaicas.
ABSTRACT
Considering that modern society is increasingly on the agenda with the field of capillary
transition, even being considered for identity recognition, this dissertation is an
intersubjective analysis of this field. Through personal experiences, it was possible to
identify myself as a black person and able to meet this need imposed by white society
that women should have a beauty standard imposed by them, composed of straight
hair, light skin and moderate makeup. The understanding of female forces about
accepting themselves and about impacting other people to do the same is a reality that
is not far from ours, even happening. In order to carry out this study successfully and
based on the correct assumptions, the general objective of my research was to analyze
my hair transition process, in order to perceive it as an affirmation of identity
construction and resistance. This positioning was essential to answer the research
question: In what way, from the experience with the capillary transition, are categories,
identity and resistances articulated in the theoretical field? This dissertation
demonstrated that the resistance of black women in the modern scenario has been
increasingly considered. As expected, the theoretical contribution is structured in the
light of the conceptions of Nilma Lino Gomes and other enthusiastic authors of the fight
against racism, such as Mbembe (2016); Munanga, (2019) and Pinto and Ferreira
(2014). The results of this dissertation showed that the fight for a space in society is
still as constant as in the past, however women have welcomed this new space
conquered by them through struggles and has encouraged other women to find
themselves with their real identity. Suffering from a historically white perspective, with
straight hair, perfect bodies and male acceptance, has no longer been seen as an
agenda to be treated as it used to be, female strength, especially of black women,
overflows these archaic barriers.