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RESUMO:
A levedura da cana-de-açúcar (Saccharomyces cerevisiae) é um alimento proteico, porém, devido à complexidade da parede celular da mesma impede o aproveitamento dos nutrientes pelos animais não ruminantes, sendo necessário estratégias que viabilizem o uso desta em dietas para aves. As enzimas exógenas apresentam potencial para utilização em dietas com levedura, principalmente aquelas que possuem substrato específico na parede celular da mesma. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da inclusão do complexo enzimático (CE), em dietas com levedura de cana-de-açúcar sobre o desempenho zootécnico, rendimento de carcaça, histomorfometria intestinal e viabilidade econômica das dietas de frangos de corte em dois períodos de criação (1 a 21 e 22 a 42 dias de idade). Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x3+1, sendo dois níveis de complexo enzimático, (0 e 200g/ton), três níveis de inclusão de levedura (0%, 6% e 12%) e uma dieta controle, com sete tratamentos, cinco repetições e 20 aves por unidade experimental. Foram avaliados as variáveis de desempenho (consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar), rendimento de carcaça, histomorfometria do intestino delgado (altura, perímetro e largura de vilo, altura e largura de cripta, espessura da camada muscular intestinal e relação vilo/cripta) e viabilidade econômica das dietas. Na fase de 1 a 7 dias houve aumento (p<0,05) no consumo de ração e conversão alimentar nas dietas com inclusão de levedura, demostrando efeito linear crescente. Todavia, no período de 1 a 21 dias de idade houve queda no desempenho dos animais que receberam levedura na ração, porém, não foi observado efeito significativo do complexo enzimático. Aos 21 dias observou-se aumento (p<0,05) da parede muscular intestinal no duodeno, e redução na largura da cripta no íleo com a utilização do CE. No nível de 12% de levedura sem o CE, observou-se maior espessura da parede muscular intestinal do jejuno quando comparada ao tratamento controle positivo. Na fase de 22 a 33 dias, o uso de 6% de levedura proporcionou maior consumo de ração e ganho de peso, já no período de 22 a 42 dias não houve efeito significativo para o desempenho, considerando os níveis crescentes da levedura. Nas fases de 22 a 33 e 22 a 42 dias, não foi observado efeito do complexo enzimático sobre as variáveis de desempenho animal. Não houve efeito significativo (p>0,05) para os valores relativo de rendimento de carcaça e cortes aos 21 e 42 dias com o uso de levedura, suplementada ou não com o complexo enzimático. Aos 42 dias observou-se que houve interação entre os fatores para largura e profundidade de cripta no duodeno e jejuno respectivamente. A inclusão de levedura aumentou o custo médio das rações nos períodos de 1 a 21 e 22 a 42 dias. Pode-se concluir que, a inclusão de levedura em dietas para frangos de corte de 1 a 21 dias compromete o desempenho dos animais. O uso da levedura e do complexo enzimático não influencia no rendimento de carcaça aos 21 e 42 dias. A adição do complexo enzimático beneficia a mucosa do íleo de 1 a 21 dias. A utilização da levedura e complexo enzimático de 22 a 42 dias não compromete o desempenho. O uso de levedura não é economicamente viável nos níveis de 6 e 12% nos dois períodos de produção. ABSTRACT:
Yeast of sugar cane (Saccharomyces cerevisiae) is a protein food, but due to the complexity of the cell wall of the same prevents the use of nutrients by animals other than ruminants, requiring strategies that enable the use of this in the diets of these animals. Exogenous enzymes have potential for use in yeast diets, particularly those with specific substrate in the cell wall thereof. The objective of this study was to evaluate the effect of inclusion of enzymatic complex (EC) in diets with yeast sugarcane on growth performance, carcass yield, intestinal histomorphometry and economic viability of broiler diets in two periods (from 1 to 21 and 22 to 42 days of age). We used a completely randomized design in a 2x3 factorial + 1, two EC levels (0 and 200 g / ton), three yeast inclusion levels (0%, 6% and 12%) and a control diet, with seven treatments, five replicates and 20 birds per experimental unit. We evaluated the performance variables (feed intake, weight gain and feed conversion), carcass yield, histomorphometry of the small intestine (height, circumference and width of villi, height and width of the crypt, thickness of the intestinal muscle layer and relation villi / crypt) and economic viability of diets. From 1 to 7 days increased (p <0.05) in feed intake and feed conversion in diets with yeast inclusion, showing linear increase. However, from 1 to 21 days of age there was a decline in the performance of animals that received yeast in the diet, however, there was no significant effect of enzyme complex. At 21 days there was an increase (p <0.05) muscle of the intestinal wall into the duodenum, and a reduction in the crypt width in the ileum using the EC. At the level of 12% yeast without the EC, there was greater thickness of the intestinal muscular wall of the jejunum when compared to the positive control treatment. In 22-33 days of age, the use of 6% yeast showed higher feed intake and weight gain, as from 22 to 42 days there was no significant effect on the performance, considering the increasing levels of yeast. In phases 22-33 and 22 to 42 days, there was no effect of the enzyme complex on animal performance variables. There was no significant effect (p> 0.05) for carcass yield relative values and cuts at 21 and 42 days with the use of yeast, supplemented or not with the enzyme complex. At 42 days it was observed that there was interaction between the factors for width and crypt depth in the duodenum and jejunum respectively. The inclusion of yeast increased the average cost of rations in periods of 1 to 21 and 22 to 42 days. It can be concluded that the inclusion of yeast in diets for broilers from 1 to 21 days compromises the performance of the animals. The use of yeast and enzyme complex does not influence the carcass yield at 21 and 42 days. The addition of the enzyme complex benefits mucosa of ileum from 1 to 21 days. The use of yeast and enzyme complex of 22 to 42 days does not compromise performance. Yeast use is not economically viable levels of 6 and 12% in two periods of production. |
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