Abstract:
RESUMO INTRODUÇÃO: A deficiência de selênio contribui para ocorrência da sarcopenia, que está associada à pior prognóstico em pacientes com câncer de mama. Portanto, o objetivo do estudo foi investigar a relação entre o perfil de selênio com parâmetros de avaliação de sarcopenia em mulheres com câncer de mama. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado com 40 mulheres com câncer de mama e 40 mulheres sem câncer. Foram determinados peso corporal, estatura, circunferência da cintura e o índice de massa corporal. A avaliação do consumo alimentar foi realizada a partir de dois recordatórios de 24h, utilizando programa Nutwin, versão 1.5. Os parâmetros bioquímicos do selênio foram determinados por espectrometria de emissão óptica. O risco de sarcopenia foi avaliado utilizando o Escore SARC-CalF e para o diagnóstico da sarcopenia foram avaliados o índice de músculo esquelético e a força de preensão palmar. Foram utilizados o teste de correlação de Pearson ou Spearman para verificar a relação entre o perfil de selênio com parâmetros de avaliação de sarcopenia em mulheres com câncer de mama. RESULTADOS: O grupo de mulheres com câncer apresentou consumo significativamente inferior de energia, carboidratos, lipídios e selênio quando comparado ao grupo sem câncer. As mulheres com câncer apresentaram parâmetros bioquímicos de selênio abaixo do valor de referência, com concentrações eritrocitárias significativamente inferiores. Nenhuma participante com câncer de mama teve diagnóstico de sarcopenia, todavia a baixa força muscular e baixo índice de músculo esquelético foram identificados nessas participantes. CONCLUSÃO: Apesar das mulheres com câncer de mama terem apresentado concentrações de selênio no plasma e nos eritrócitos inferiores em relação as mulheres sem câncer de mama, não foi constatada relação entre tais parâmetros e os parâmetros de avaliação de sarcopenia.
ABSTRACT INTRODUCTION: Selenium deficiency contributes to the occurrence of sarcopenia, which is associated with a worse prognosis in patients with breast cancer. Therefore, the aim of the study was to investigate the relationship between the selenium profile with sarcopenia assessment parameters in women with breast cancer. METHODOLOGY: Cross-sectional study carried out with 40 women with breast cancer and 40 women without cancer. Body weight, height, waist circumference and body mass index were determined. The assessment of food consumption was performed based on two 24-hour recalls, using the Nutwin program, version 1.5. Selenium biochemical parameters were determined by optical emission spectrometry. The risk of sarcopenia was assessed using the SARC-CalF Score and for the diagnosis of sarcopenia, the skeletal muscle index and handgrip strength were assessed. The Pearson or Spearman correlation test was used to verify the relationship between the selenium profile and sarcopenia assessment parameters in women with breast cancer. RESULTS: The group of women with cancer had significantly lower consumption of energy, carbohydrates, lipids and selenium when compared to the group without cancer. Women with cancer had selenium biochemical parameters below the reference value, with significantly lower erythrocyte concentrations. No participant with breast cancer was diagnosed with sarcopenia, however low muscle strength and low skeletal muscle index were identified in these participants. CONCLUSION: Although women with breast cancer had lower concentrations of selenium in plasma and erythrocytes than women without breast cancer, no relationship was found between these parameters and the sarcopenia assessment parameters.