Abstract:
RESUMO A música produzida e elaborada por Rita Lee está imersa, como todo produto humano, em um sistema de relações, dentre as quais as de gênero ganharam maior repercussão, não somente pelas suas músicas, mas por ser uma mulher que se destacou em um segmento musical com predominância da atuação masculina – o rock. Observando esses paradigmas no meio musical e social essencialmente conservador, o presente estudo busca estudar os processos alternativos de subjetivação de Rita Lee e sua contribuição para o entendimento do ser mulher no Brasil nas décadas de 1970 e 1980, revelando-se como uma figura feminina forte e de personalidade transgressora. Assim, o presente trabalho teve como objetivo principal compreender historicamente a vida e a obra da artista brasileira Rita Lee, para, com esta compreensão, problematizar as condições históricas de existir no interior das quais a citada artista referenciou, para toda uma geração, as noções de corpo, gênero, sexualidade, juventude e família entre as décadas de 1970 e 1980 no Brasil. Além disso, tomar Rita Lee como um signo histórico, através do qual se procurará derivar a história da classe média brasileira no período em estudo, buscou- se indagar sobre o processo de recepção da arte de Rita Lee, tanto pela crítica de música como pelo público em geral; bem como desenvolver estudos teóricos sobre as categorias juventude, sexualidade, família, gênero e indagar sobre as condições de fazer e consumir arte no Brasil da ditadura militar. Dessa forma, buscando discutir as relações de corpo, gênero e sexualidade, serão revisados os seguintes autores: Carla Bassanezi Pinsky (2012), Mary Del Priore (2011), Rachel Sohiet (1997) e Joan Scott (1992). Referentes às discussões de Biografia e Autobiografia, foram utilizados autores tais como Schmidt (2000), Ricoeur (1994) e Bourdieu (1986). No tocante às discussões sobre História e Música, foram utilizadas as proposições de Marcos Napolitano (2006, 2005), Paulo Chacon (1982) e Tatit (2004). Além da revisão bibliográfica citada, foram levantadas análises de sua autobiografia, entrevistas disponíveis na internet, assim como leituras e interpretações de reportagens disponíveis em revistas digitais com o objetivo de analisar a trajetória musical e vida pessoal da cantora Rita Lee, também foi realizada a análise de fotografias e capas de álbuns que marcaram sua carreira para o entendimento do contexto em que estavam inseridas e seu posicionamento diante disso. Dessa forma, considera-se que sendo dotada de uma transgressão orientada, Rita Lee consegue, através de suas canções, elencar novas formas de ser mulher, o que se evidencia como uma forma de ligação na construção de novos padrões de corpo, gênero, sexualidade, família e juventude, tornando-se assim um símbolo de representatividade.
RESUMO A música produzida e elaborada por Rita Lee está imersa, como todo produto humano, em um sistema de relações, dentre as quais as de gênero ganharam maior repercussão, não somente pelas suas músicas, mas por ser uma mulher que se destacou em um segmento musical com predominância da atuação masculina – o rock. Observando esses paradigmas no meio musical e social essencialmente conservador, o presente estudo busca estudar os processos alternativos de subjetivação de Rita Lee e sua contribuição para o entendimento do ser mulher no Brasil nas décadas de 1970 e 1980, revelando-se como uma figura feminina forte e de personalidade transgressora. Assim, o presente trabalho teve como objetivo principal compreender historicamente a vida e a obra da artista brasileira Rita Lee, para, com esta compreensão, problematizar as condições históricas de existir no interior das quais a citada artista referenciou, para toda uma geração, as noções de corpo, gênero, sexualidade, juventude e família entre as décadas de 1970 e 1980 no Brasil. Além disso, tomar Rita Lee como um signo histórico, através do qual se procurará derivar a história da classe média brasileira no período em estudo, buscou- se indagar sobre o processo de recepção da arte de Rita Lee, tanto pela crítica de música como pelo público em geral; bem como desenvolver estudos teóricos sobre as categorias juventude, sexualidade, família, gênero e indagar sobre as condições de fazer e consumir arte no Brasil da ditadura militar. Dessa forma, buscando discutir as relações de corpo, gênero e sexualidade, serão revisados os seguintes autores: Carla Bassanezi Pinsky (2012), Mary Del Priore (2011), Rachel Sohiet (1997) e Joan Scott (1992). Referentes às discussões de Biografia e Autobiografia, foram utilizados autores tais como Schmidt (2000), Ricoeur (1994) e Bourdieu (1986). No tocante às discussões sobre História e Música, foram utilizadas as proposições de Marcos Napolitano (2006, 2005), Paulo Chacon (1982) e Tatit (2004). Além da revisão bibliográfica citada, foram levantadas análises de sua autobiografia, entrevistas disponíveis na internet, assim como leituras e interpretações de reportagens disponíveis em revistas digitais com o objetivo de analisar a trajetória musical e vida pessoal da cantora Rita Lee, também foi realizada a análise de fotografias e capas de álbuns que marcaram sua carreira para o entendimento do contexto em que estavam inseridas e seu posicionamento diante disso. Dessa forma, considera-se que sendo dotada de uma transgressão orientada, Rita Lee consegue, através de suas canções, elencar novas formas de ser mulher, o que se evidencia como uma forma de ligação na construção de novos padrões de corpo, gênero, sexualidade, família e juventude, tornando-se assim um símbolo de representatividade.