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“JORJAMADO NO CINEMA”: representações da “grande nação mestiça” e apropriações da literatura amadiana no discurso racial assumido pelo cinema brasileiro (1962-1977)

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dc.contributor.author ROCHA, Romário de Moura
dc.date.accessioned 2023-10-10T20:29:38Z
dc.date.available 2023-10-10T20:29:38Z
dc.date.issued 2023-10-10
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/3447
dc.description Orientador: Prof. Dr. Jaison Castro Silva Examinador interno: Prof. Dra. Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz Examinador externo: Prof. Dr. Francisco das Chagas Fernandes Santiago Júnior -UFRN Examinador externo: Prof. Dra. Meize Regina Lucena Lucas - UFC pt_BR
dc.description.abstract RESUMO Esse trabalho busca se debruçar sobre as apropriações que o cinema brasileiro fez da literatura de Jorge Amado, principalmente do ano de 1962-1977, período que as relações entre literatura e cinema se deram de forma ainda mais intensa. Um fator em comum entre a literatura amadiana e o cinema nacional está no impacto que o pensamento sobre a identidade nacional manteve fortes relações com a leitura de Gilberto Freyre. A partir de 1965 o ideal de uma nação mestiça se torna parte do próprio pensamento oficial da Ditadura militar, tornando-se elemento da proposta de cultura oficial do regime. Essa dissertação tem por objetivo escrutinar as apropriações que os cineastas brasileiros fizeram da produção literária de Amado na tematização dos filmes envolvendo a representação do negro e sua cultura que acabou desencadeando a inserção de topos como “raça” e etnia na cinematografia nacional. Estabelecemos particular centralidade no romance Tenda dos Milagres (1969) e sua adaptação para o cinema pelas lentes de Nelson Pereira dos Santos em 1977, uma vez que foi nesse período que a adesão por parte do cinema ao modelo miscigenado proposto por Amado recebeu contornos cada vez mais nítidos. A princípio, nossa discussão parte da hipótese de que os começos do contato de Jorge Amado com o cinema já se davam pela centralidade que seus romances empregavam na politização do personagem negro, em que este representava o signo do “povo brasileiro explorado”, compreensão cara aos projetos cinematográficos de meados dos anos 1950 e idos de 1960. Chegado os anos 1970, as proposições de um “cinema popular” tomam sentidos diferentes, onde a celebração da cultura negra passa a se associar ao processo de uma identidade mestiça, fato que concorreu para a constituição de uma crítica negativa advinda das novas leituras raciais e representações propostas, principalmente, pelo movimento negro contemporâneo. ABSTRACT This work seeks to focus on the appropriations that Brazilian cinema made of Jorge Amado's literature, mainly from the year 1962-1977, a period in which the relations between literature and cinema were even more intense. A common factor between Amadian literature and national cinema is the impact that thinking about national identity has maintained strong relationships with the reading of Gilberto Freyre. From 1965 onwards, the ideal of a mestizo nation became part of the official thinking of the military dictatorship, becoming an element of the regime's official culture proposal. This dissertation aims to scrutinize the appropriations that Brazilian filmmakers made of Amado's literary production in the thematization of films involving the representation of black people and their culture that ended up triggering the insertion of topos such as "race" and ethnicity in national cinematography. We establish a particular centrality in the novel Tenda dos Milagres (1969) and its adaptation for the cinema through the lens of Nelson Pereira dos Santos in 1977, since it was in this period that the adhesion by the cinema to the miscegenated model proposed by Amado received contours each time sharper. At first, our discussion starts from the hypothesis that the beginnings of Jorge Amado's contact with cinema were already due to the centrality that his novels employed in the politicization of the black character, in which he represented the sign of the "explored Brazilian people", a dear understanding to the cinematographic projects of the mid-1950s and 1960s. When the 1970s arrived, the propositions of a “popular cinema” took on different meanings, where the celebration of black culture became associated with the process of a mestizo identity, a fact that contributed to for the constitution of a negative criticism arising from the new racial readings and representations proposed, mainly, by the contemporary black movement. pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject História do Brasil pt_BR
dc.subject Cinema brasileiro pt_BR
dc.subject Jorge Amado pt_BR
dc.subject Literatura pt_BR
dc.subject Cinema pt_BR
dc.subject Miscigenação pt_BR
dc.subject Representação pt_BR
dc.subject Jorge Amado pt_BR
dc.subject Literature pt_BR
dc.subject Movie theater pt_BR
dc.subject Miscegenation pt_BR
dc.subject Representation pt_BR
dc.title “JORJAMADO NO CINEMA”: representações da “grande nação mestiça” e apropriações da literatura amadiana no discurso racial assumido pelo cinema brasileiro (1962-1977) pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


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