Abstract:
RESUMO: O suicídio é tratado como problema de saúde pública pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O presente trabalho de natureza qualitativa buscou analisar os aspectos socioantropológicos que motivaram habitantes da cidade de Teresina-PI a tentar o suicídio. Objetivou também, apreender os significados dos atos suicidas. Foram entrevistadas cinco pessoas, quatro mulheres e um homem, com idade entre dezessete e cinquenta anos. A etnografia foi o caminho metodológico adotado com posterior análise dos resultados encontrados em campo. Os sujeitos foram encontrados através do cadastro do Hospital de Urgência de Teresina, levantamento feito do período de janeiro de 2011 a junho de 2012. Entretanto, ocorreram indicações de pessoas de fora desse cadastro. As categorias eleitas como objeto de análise são: solidão, angústia e desespero; relações afetivas; o pai; abuso sexual; saúde mental; espiritualidade. Um tema de tamanha complexidade como o suicídio deve ser abordado de forma plural, evitando-se perspectivas reducionistas. Este trabalho visou ressaltar o lugar de destaque que as ciências sociais devem ocupar nessa discussão, privilegiando o discurso subjetivo dos sujeitos sem esquecer-se do contexto em que vivem. ABSTRACT: Suicide is treated as a public health problem by the WHO (World Health Organization). This qualitative study, aims to analyze the socio-anthropological aspects that motivated the inhabitants of the city of Teresina - PI to attempt suicide. Aimed also understand the meaning of suicidal acts. We interviewed five people, four women and one man, aged seventeen to fifty years old. Ethnography was the methodological approach adopted with subsequent analysis of the results found in the field. The subjects were found by registering the Emergency Hospital in Teresina survey from January 2011 to June 2012. However, there were indications from people outside this database. The categories defined as an object of analysis are: loneliness, anguish and despair, emotional relationships; father; sexual abuse, mental health, spirituality. A topic of such complexity as suicide should be addressed in the plural form, avoiding reductionist perspectives. This study aimed to highlight the prominent place that the social sciences should occupy in this discussion, privileging the speech of subjective subject without forgetting the context in which they live.