Abstract:
RESUMO: INTRODUÇÃO: As alterações hormonais que ocorrem no climatério são
responsáveis por uma série de mudanças na fisiologia da mulher . Podendo
implicar em comprometimento de diversos sistemas, como cardiovascular,
cerebral, cutâneo, geniturinário, ósseo e sintomas vasomotores, além de
mudanças do humor e apetite. A presença de sintomas climatéricos está
fortemente associada à diminuição da qualidade de vida quando se utilizam
instrumentos específicos de avaliação. OBJETIVO: Analisar os sintomas e a
qualidade de vida de mulheres no climatério atendidas na atenção básica de
saúde. METODOLOGIA: Estudo analítico, com delineamento transversal e
abordagem quantitativa, realizado em Unidade Básica de Saúde da zona rural
do município de Buriti dos Montes-PI. A amostra foi baseada no número de
mulheres cadastradas na UBS com idade de 40 a 65 anos. Foram excluídas no
estudo mulheres ooforectomizadas ou em uso de Terapia de Reposição
Hormonal. Para a coleta de dados foram utilizados dois questionários, um
abordando a caracterização socioeconômica das participantes da pesquisa,
seguido de um outro questionário validado no Brasil abordando a qualidade de
vida das mulheres no climatério (Women’s Health Questionnare). Os dados
foram digitados e armazenados em uma planilha eletrônica no programa Excel
(Office 2020) e depois exportados para o programa BioEstat 5.3. Os Dados
contínuos foram expressos em média e desvio-padrão, e categóricos em
porcentagem. A pesquisa foi realizada após aprovação do comitê de Ética e
Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e da instituição onde foi realizada a
coleta dos dados, mediante assinatura do Termo de consentimento Livre e
Esclarecido pelas participantes da pesquisa e seguindo as normas de ética em
pesquisa relacionadas a seres humanos. RESULTADOS: A idade média das
mulheres foi de 55 anos (± 14,14 – DP) a maioria casadas (72,7%), multíparas,
se autodeclararam pardas (70,9%), com renda familiar inferior a 1 salário-mínimo). Apresentavam sobrepeso (43,6%) e a maioria apresentava risco
altíssimo para complicações metabólicas (75,5%), A idade média da menarca foi
13,15 anos (± 1,4 – DP) e da menopausa 46,51 anos (± 4,74 – DP). A maioria
das participantes da pesquisa fazia uso de alguma medicação com maior
incidência de anti-hipertensivos (55,3%), não realizavam atividade física (56,4%)
e eram sexualmente ativas (75,4%). As queixas que mais afetaram as
participantes foram dores nas costas e nos membros (média do score 0,78),
fogachos (média do score 0,69) e suores noturnos (média do score 0,61). O
domínio que mais comprometeu a qualidade de vida das mulheres no climatério
foram os sintomas vasomotores (média 0,65). CONCLUSÃO: A qualidade de
vida das mulheres no climatério é afetada pela síndrome do climatério, tendo
maior impacto os sintomas vasomotores, os sintomas somáticos e a ansiedade