Abstract:
RESUMO: Introdução: a qualidade de vida representa o resultado de fatores inseridos no estilo de vida do ser humano, em conjunto com as percepções individuais e determinantes sociais e de saúde. Nesse cenário, a saúde do trabalhador requer avaliações e cuidados para que esse grupo tenha qualidade de vida, desempenhando, assim, o labor, de forma produtiva. Objetivo: analisar os indicadores de saúde e a qualidade de vida dos servidores de uma Instituição Pública de Ensino Superior. Método: pesquisa desenvolvida com servidores públicos, em três etapas. Na primeira etapa, realizou-se levantamento do perfil dos afastamentos por meio de pesquisa retrospectiva transversal com dados secundários. Na segunda etapa, realizou-se pesquisa descritivo-analítica, de abordagem quantitativa, por meio de coleta de dados utilizando dois questionários, para avaliação dos indicadores de saúde; e para avaliar qualidade de vida, SF-36, aplicado a 133 participantes. As variáveis independentes quantitativas foram categorizadas, utilizando-se a mediana como referência para o ponto de corte. Utilizaram-se os testes de Kolmogorov-Smirnov, t de Student e ANOVA. Consideraram-se significativas as diferenças com P<0,05. Para análise da qualidade, seguiram-se as orientações dos desenvolvedores do instrumento. Na terceira etapa, construiu-se o Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender para os indicadores de saúde. O estudo foi previamente apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: os transtornos mentais e comportamentais apresentaram maior duração do tempo médio dos afastamentos (52,4 dias), sendo os homens com afastamentos mais duradouros. Em relação às atividades físicas, os servidores praticavam de forma regular nos últimos 2 anos por, no mínimo, 120 minutos semanais, com orientações de médicos externos à instituição e iniciativa própria. Apresentaram aumento de peso nos últimos 2 anos, alimentação mais saudável e foram acompanhados por profissionais de saúde, não médicos, para a melhora da alimentação e controle do peso. Para qualidade de vida, obteve-se escore global entre 25,8 e 84,7 pontos, com média (±desvio padrão) de 62,0 (±15,2) pontos. O componente com menor valor médio foi o mental (58,2±17,0 pontos), com menores valores em vitalidade (51,1±12,3 pontos) e saúde mental (56,0±10,6 pontos). O componente físico apresentou menores escores médios de qualidade de vida em dor (51,0± 16,2) e estado geral da saúde (57,0±23,4 pontos). No componente mental, verificaram-se associações no sexo e idade, sendo o sexo feminino e idade inferior a 40 anos com menores valores médios de qualidade de vida. Não foram encontrados resultados importantes para análise do tabagismo, visto a pesquisa ter uma amostra mínima de fumantes. Conclusão: existe uma associação entre os indicadores de saúde e características relacionadas ao trabalho e à qualidade de vida. Foi possível a criação de diagramas com análise da saúde dos servidores. O Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender se configura como uma possibilidade de reorientação das estratégias voltadas à saúde ocupacional. O estudo aponta que a enfermagem dispõe de um diagrama próprio, que provou ser objetivo, de entendimento claro, prático e abrangente. É imprescindível que a instituição implemente atividades de promoção à saúde, voltadas aos indicadores estudados.
ABSTRACT: Introduction: quality of life represents the result of factors related to the human being’s lifestyle together with individual perceptions and social and health determinants. In this scenario, the worker’s health requires assessments and care so that workers have quality of life and perform their work in a productive way. Objective: to analyze the health indicators and the quality of life of the employees of a Public Higher Education Institution. Method: research developed with public workers in three stages. In the first stage, a survey of the profile of absences was carried out through a cross-sectional retrospective research with secondary data. In the second stage, a descriptive-analytical research with a quantitative approach was carried out. Data were collected using two questionnaires to assess health indicators and the SF-36 to assess quality of life, applied to 133 participants. Quantitative independent variables were categorized using the median as a reference for the cut-off point. Kolmogorov-Smirnov test, Student’s t test, and ANOVA were used. Differences with P<0.05 were considered significant. The instrument developers’ guidelines were followed for the qualitative analysis. In the third stage, Nola Pender’s Health Promotion Model was constructed for health indicators. The study was previously assessed and approved by the Research Ethics Committee. Results: mental and behavioral disorders were involved in longer absences (mean 52.4 days), and men presented absences of longer duration. The participants had practiced physical activities regularly at least 120 minutes per week in the last 2 years, guided by physicians outside the institution and on their own initiative. They had gained weight, had a healthier diet, and were followed up by non-medical health professionals to improve their diet and weight control in the last 2 years. Regarding quality of life, an overall score between 25.8 and 84.7 points was obtained, with a mean (±standard deviation) of 62.0 (±15.2) points. The component with the lowest mean value was the mental component (58.2±17.0 points), with lower values in vitality (51.1±12.3 points) and mental health (56.0±10.6 points). The physical component had lower mean quality of life scores in pain (51.0±16.2) and overall health status (57.0±23.4 points). In the mental component, there were associations between sex and age, with females and age younger than 40 years having lower mean values of quality of life. No important results were found for the analysis of smoking, since the survey had a minimal sample of smokers. Conclusion: there was an association between health indicators and characteristics related to work and quality of life. It was possible to create analytical diagrams of the health of the workers. Nola Pender’s Health Promotion Model represents as a possibility to redirect strategies aimed at occupational health. The study points out that nursing has its own diagram, which proved to be objective, with a clear, practical and comprehensive understanding. It is essential that the institution implements health promotion activities focused on the indicators studied.
RESUMEN: Introducción: la calidad de vida representa el resultado de factores introducidos en el estilo de vida del ser humano, junto con percepciones individuales y determinantes sociales y de salud. En este escenario, la salud del trabajador requiere evaluaciones y cuidados para que ese grupo tenga calidad de vida, desempeñando así el trabajo de forma productiva. Objetivo: analizar los indicadores de salud y la calidad de vida de los servidores de una Institución Pública de Educación Superior. Método: investigación desarrollada con funcionarios públicos, en tres etapas. En la primera etapa se realizó un levantamiento del perfil de las ausencias a través de una investigación retrospectiva de corte transversal con datos secundarios. En la segunda etapa, se realizó una investigación descriptivo-analítica, con enfoque cuantitativo, a través de la recolección de datos mediante dos cuestionarios, para evaluar indicadores de salud; y para evaluar la calidad de vida, SF-36, aplicado a 133 participantes. Las variables independientes cuantitativas se categorizaron tomando la mediana como referencia para el punto de corte. Se utilizaron las pruebas de Kolmogorov-Smirnov, t de Student y ANOVA. Las diferencias con P<0.05 se consideraron significativas. Para el análisis de calidad se siguieron las pautas de los desarrolladores del instrumento. En la tercera etapa, se construyó el Modelo de Promoción de la Salud de Nola Pender para indicadores de salud. El estudio fue previamente evaluado y aprobado por el Comité de Ética en Investigación. Resultados: los trastornos mentales y conductuales tuvieron una mayor duración del tiempo medio de ausencia (52.4 días), siendo los hombres los de mayor duración. En cuanto a las actividades físicas, los funcionarios practicaron regularmente en los últimos 2 años por lo menos 120 minutos por semana, con orientación de médicos externos a la institución y por iniciativa propia. Tuvieron aumento de peso en los últimos 2 años, tenían una dieta más saludable y fueron acompañados por profesionales de la salud no médicos para mejorar su dieta y control de peso. Para la calidad de vida se obtuvo una puntuación global entre 25.8 y 84.7 puntos, con una media (±desviación estándar) de 62.0 (±15.2) puntos. El componente con menor valor medio fue el componente mental (58.2±17.0 puntos), con valores más bajos en vitalidad (51.1±12.3 puntos) y salud mental (56.0±10.6 puntos). El componente físico presentó puntuaciones medias de calidad de vida más bajas en dolor (51.0±16.2) y estado general de salud (57.0±23.4 puntos). En el componente mental, hubo asociaciones entre el sexo y la edad, siendo el sexo femenino y la edad menor de 40 años los que presentaron menores valores medios de calidad de vida. No se encontraron resultados importantes para el análisis del tabaquismo, ya que la encuesta contó con una muestra mínima de fumadores. Conclusión: existe asociación entre indicadores de salud y características relacionadas con el trabajo y la calidad de vida. Fue posible crear diagramas con análisis de la salud de los servidores. El Modelo de Promoción de la Salud de Nola Pender se configura como una posibilidad de reorientar las estrategias dirigidas a la salud ocupacional. El estudio apunta que la enfermería tiene un esquema propio, que resultó ser objetivo, con una comprensión clara, práctica y comprensiva. Es fundamental que la institución implemente actividades de promoción de la salud, enfocadas en los indicadores estudiados.