Repositório Institucional da UFPI

ETNOBOTÂNICA DE PLANTAS MEDICINAIS E ALIMENTÍCIAS COMO CONDICIONANTE À DIFUSÃO DO EMPREENDEDORISMO E DO DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL NO RURAL PIAUIENSE

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dc.contributor.author BATISTA, Márcio Luciano Pereira
dc.date.accessioned 2022-11-18T19:57:39Z
dc.date.available 2022-11-18T19:57:39Z
dc.date.issued 2022-11-18
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/3058
dc.description Orientadora: Profa. Dra. Roseli Farias Melo de Barros Coorientador: Prof. Dr. Antonio Joaquim da Silva Examinador externo: Prof. Dr. Edson Vicente da Silva (PRODEMA/UFCE) Examinador externo: Profa. Dra. Ana Keuly Luz Bezerra (IFPI) Examinador externo: Prof. Dra. Maria Pessoa da Silva (UESPI) Examinador interno: Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: A biodiversidade da flora brasileira denota um potencial significativo para os estudos científicos e para o beneficiamento de plantas, sobretudo, medicinais e alimentícias. O Piauí apresenta distintas unidades de paisagens com exponencial riqueza florística, distribuídas em inúmeras comunidades rurais. As questões norteadoras desta investigação conformam-se em saber como o etnoconhecimento sobre plantas medicinais e alimentícias praticado pela comunidade rural José Gomes, em Cabeceiras do Piauí, tem interferido positivamente ou negativamente na conservação ambiental e na manutenção da cultura local? O etnoconhecimento pode conduzir a comunidade para o empreendedorismo, repercutindo no desenvolvimento local sustentável? O conhecimento sobre plantas na comunidade mostra-se como um importante instrumento de empoderamento social e valorização cultural, cuja conservação dos estoques de recursos naturais, aliada ao patrimônio cultural de saberes e práticas, ampliam os horizontes do empreendedorismo, podendo manifestar-se como meio para o desenvolvimento local sustentável. Nesse sentido, objetivou-se compreender a influência da etnobotânica no empreendedorismo e no desenvolvimento local sustentável em José Gomes. A metodologia qualiquantitativa sustentou-se em critérios descritivos e exploratórios, além da etnografia; empregou-se também a técnica da observação direta, o diário de campo e turnê-guiada, além da matriz de SWOT. Aplicaram-se 82 formulários semiestruturados entre os comunitários, cujas análises quantitativas embasaram-se no cálculo do Valor de Uso Geral das espécies. Foram citadas 81 espécies, pertencentes a 40 famílias, sendo as mais representativas: Fabaceae (32,5%), Anacardiaceae (15%), Lamiaceae (12,5%) e Arecaceae / Cucurbitaceae / Poaceae / Rutaceae (10%). Do total de famílias, 35% foram exclusivamente na categoria medicinal, 32,5% na alimentícia e 32,5% foram referidas nas duas categorias. Quanto à origem das espécies 60,5% eram exóticas e 39,5% nativas; as partes mais usadas foram as folhas (42,3%), seguidas dos frutos (21,5%). Os valores de uso real e potencial global apresentaram 76,51% (5.476 citações) e 23,49% (1.681), respectivamente, sendo que o valor de uso real 73,36% (2.558 citações) e potencial 26,64% (929) para a categoria medicinal e valor de uso real de 77,33% (2.058 citações) e potencial 22,67% (603) para a categoria alimentícia e para o uso das duas categorias valor de uso real 85,23% (860 citações) e potencial 14,77% (149). As espécies medicinais, alimentícias e/ou as duas que apresentaram maior valor de uso real foram: Oryza sativa L. (arroz – 1,70), Cucurbita pepo L./ Malpighia glabra L. – (jerimum e acerola - 1,24 cada), e Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng (malva-do-reino– 1,23). O diagnóstico socioeconômico e ambiental apontou para a necessidade de subsídios especializados, visando melhorias financeiras, econômicas e ambientais. Por outro lado, as análises demonstraram a presença de potencialidades internas favoráveis com uma forte projeção ao conhecimento botânico. Entendeu-se que o conhecimento etnobotânico das duas categorias, se for incentivado a monetizar os produtos gerados por meio dos vegetais, gerará valor social, econômico e ambiental. As reflexões elaboradas na comunidade a partir de um estudo minucioso foi possível observar, que a localidade é praticamente desprovida de políticas públicas que possam estabelecer a difusão do empreendedorismo sustentável, além de assegurar o desenvolvimento local, ficando os comunitários à mercê das demandas sociais e econômicas que satisfazem o bem-estar social. ABSTRACT: The biodiversity of the Brazilian flora denotes a significant potential for scientific studies and for the improvement of plants, especially medicinal and food. Piauí presents different landscape units with exponential floristic wealth, distributed in numerous rural communities. The guiding questions of this investigation are based on knowing how the ethno-knowledge about medicinal and food plants practiced by the rural community José Gomes, in Cabeceiras do Piauí, has interfered positively or negatively in environmental conservation and in the maintenance of local culture? Can ethnoknowledge lead the community towards entrepreneurship, impacting on sustainable local development? Knowledge about plants in the community is shown to be an important instrument of social empowerment and cultural valorization, whose conservation of natural resource stocks, combined with the cultural heritage of knowledge and practices, expand the horizons of entrepreneurship, and can manifest itself as a means to sustainable local development. In this sense, the objective was to understand the influence of ethnobotany on entrepreneurship and sustainable local development in José Gomes. The qualiquantitative methodology was based on descriptive and exploratory criteria, in addition to ethnography; the technique of direct observation, the field diary and guided tour were also used, in addition to the SWOT matrix. 82 semi-structured forms were applied among the community members, whose quantitative analyzes were based on the calculation of the General Use Value of the species. Eighty-one species belonging to 40 families were cited, the most representative being: Fabaceae (32.5%), Anacardiaceae (15%), Lamiaceae (12.5%) and Arecaceae / Cucurbitaceae / Poaceae / Rutaceae (10%). Of the total number of families, 35% were exclusively in the medicinal category, 32.5% in the food category and 32.5% were referred to in both categories. As for the origin of the species, 60.5% were exotic and 39.5% were native; the most used parts were leaves (42.3%), followed by fruits (21.5%). The values of actual and potential global use presented 76.51% (5,476 citations) and 23.49% (1,681), respectively, with the actual use value 73.36% (2,558 citations) and potential 26.64% ( 929) for the medicinal category and actual use value of 77.33% (2,058 citations) and potential 22.67% (603) for the food category and for the use of both categories actual use value 85.23% (860 citations) and potential 14.77% (149). The medicinal and food species and/or the two that presented the highest real use value were: Oryza sativa L. (rice - 1.70), Cucurbita pepo L./ Malpighia glabra L. - (jerimum and acerola - 1.24 each ), and Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng (hollyhock – 1.23). The socioeconomic and environmental diagnosis pointed to the need for specialized subsidies, aiming at financial, economic and environmental improvements. On the other hand, the analyzes demonstrated the presence of favorable internal potentialities with a strong projection to botanical knowledge. It was understood that the ethnobotanical knowledge of the two categories, if encouraged to monetize the products generated through plants, will generate social, economic and environmental value. The reflections elaborated in the community from a detailed study it was possible to observe, that the locality is practically devoid of public policies that can establish the diffusion of sustainable entrepreneurship, in addition to ensuring local development, leaving the community at the mercy of social and economic demands. that satisfy social welfare. pt_BR
dc.description.sponsorship Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Etnobiologia pt_BR
dc.subject Conhecimento endógeno pt_BR
dc.subject Gestão sustentável pt_BR
dc.subject Inovação pt_BR
dc.subject Planejamento estratégico pt_BR
dc.subject Meio ambiente pt_BR
dc.title ETNOBOTÂNICA DE PLANTAS MEDICINAIS E ALIMENTÍCIAS COMO CONDICIONANTE À DIFUSÃO DO EMPREENDEDORISMO E DO DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL NO RURAL PIAUIENSE pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


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