Repositório Institucional da UFPI

SABERES TRADICIONAIS, MUDANÇAS AMBIENTAIS E O EMPODERAMENTO FEMININO NO ENTORNO DE UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO BRASILEIRA

DSpace/Manakin Repository

Show simple item record

dc.contributor.author BATISTA, Waldiléia Ferreira de Melo
dc.date.accessioned 2022-10-04T20:18:43Z
dc.date.available 2022-10-04T20:18:43Z
dc.date.issued 2022-10-04
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/2887
dc.description Orientadora: Profa Dra. Roseli Farias Melo de Barros Coorientador: Prof. Dr. Reinaldo Farias Paiva de Lucena Examinador interno: Prof. Dr. João Batista Lopes Examinador externo: Profa. Dra. Iracilde Maria de Moura Fé Lima Examinador externo: Prof. Dr. Luciano Silva Figueirêdo Examinadora externo: Profa. Dra. Werônica Meira de Souza pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: Diante do acelerado processo de desordenadas alterações do meio natural ao longo do tempo, é importante a análise dos saberes femininos como contribuição fundamental na conservação da biodiversidade, bem como para o reconhecimento do empoderamento das mulheres nas comunidades rurais. Este estudo, por intermédio da abordagem etnobiológica, objetivou verificar os fatores que influenciam o empoderamento das mulheres campesinas das comunidades rurais denominadas Vamos Vendo, Cigalha e Cachoeira, do entorno do Parque Nacional de Sete Cidades (PNSC), a partir do levantamento da flora silvestre utilizada, bem como da análise das percepções ambientais ocorridas pelas mulheres destas comunidades. A pesquisa foi desenvolvida entre os anos 2016 e 2019, com dois grupos de mulheres sendo 40 moradoras e sete guias que trabalham no PNSC. Os procedimentos metodológicos em campo foram realizados por meio das técnicas de Rapport, entrevistas semiestruturadas seccionada em quatro partes, contendo levantamento de informações socioeconômicas, culturais, ambientais e etnobiológicas. Utilizou-se, ainda, lista livre, turnê-guiada, oficinas participativas e coletas botânicas. Todas as informações foram submetidas à análise qualitativa e quantitativa com o uso de estatística descritiva, dados oficiais de precipitação e temperatura, aplicação de índices de diversidade e análises dos dados referentes à percepção ambiental. Constatou-se que as mulheres das comunidades rurais estudadas vivem em condições socioeconômicas e ambientais precárias. No entanto, apesar da ausência de estruturas que viabilizem o empoderamento, elas desenvolvem práticas e estratégias com base em saberes tradicionais que lhes possibilitam contornar dificuldades que viabilizam um empoderamento individual e coletivo. Os saberes referentes às plantas estão centrados nas mulheres com maior tempo de moradia nas comunidades e nas mais idosas. As percepções das mulheres sobre mudanças ambientais demonstram que os fatores escolaridade e idade são determinantes neste tipo de percepção. As percepções sobre alterações no clima apontam para um alinhamento com as informações oficiais, com resultados significativos em tendências climáticas locais. Das plantas levantadas pelas moradoras e guias, identificaram-se 70 espécies, pertencentes a 24 famílias e 62 gêneros distribuídas em sete categorias de uso. A família Fabaceae foi a mais representativa em número de espécies. As espécies que apresentaram maiores frequências foram a Ameixa (Ximenia americanaL.) e o Caju (Anacardium occidentaleL.). As de maiores ranques foram as espécies Sucupira (Bowdichia virgilioides Kunth) e Jenipapo (Genipa americana L.). Verificou-se um elevado índice de similaridade (SJ=0,67) entre os dois grupos. Entre as moradoras foram levantadas 66 espécies, pertencentes a 24 famílias, 58 gêneros em três domínios culturais: saúde, nutricional e madeireira. Para os três domínios, verificou-se a existência de consenso cultural e baixa similaridade entre as espécies citadas. O etnoconhecimento das mulheres sobre a vegetação silvestre e seus saberes ambientais reafirma sua importância no meio rural e na elaboração de políticas públicas destinadas à conservação da biodiversidade a partir do empoderamento feminino. ABSTRACT: When facing the accelerated process of changes in the natural environment over time, it is important to analyze female knowledge as a fundamental contribution to the conservation of biodiversity, as well as to recognize the empowerment of women in rural communities. This study, through the ethnobiological approach, aims to verify the factors that influence or affect the peasant women of the rural communities called Vamos Vendo, Cigalha and Cachoeira, which surrounds the Sete Cidades National Park, from the survey of the isolated wild flora, as well as an analysis of environmental perceptions experienced by women in these communities. A survey was carried out between the years 2016 and 2019, with two groups of women, 40 of whom were residents and seven guides who work at the PNSC. The methodological procedures in the field were carried out using Rapport techniques, semi-structured interviews divided into four parts, collection of socioeconomic, cultural, environmental and ethnobiological information. A free list, guided tour, participatory workshops, and botanical collections were also used. All information was submitted to qualitative and quantitative analysis using descriptive statistics, official temperature, and temperature data, application of diversity indices and analysis of data related to environmental perception. It was found that women in rural communities studied live in precarious socioeconomic and environmental conditions. However, despite the absence of structures that enable empowerment, they develop practices and techniques based on traditional lore, which allow circumventing difficulties that make individual and collective empowerment feasible. Knowledge related to plants is centered on women with the longest living in the communities and older women. Women's perceptions of environmental changes demonstrate that schooling and age factors are determinant in the perception of changes in the environment. As perceptions about changes in climate point to an alignment with official information, with results recorded in local climate trends. Among the plants described by residents and guides, were identified 70 species, belonging to 24 families and 62 genders distributed in seven use categories. The Family Fabaceae had the most representatives in the number of species. The species that had the biggest frequencies were Plum (Ximenia americana L.) and Cashew (Anacardium occidentale L.). Those with the highest ranks were the Sucupira (Bowdichia virgilioides) and Jenipapo (Genipa americana) species. There was a high index of similarity (SJ = 0.67) between the two groups. Between the residents, it was researched 66 species, belonging to 24 families, 62 genders divided into three cultural realms: health, nutrition, and wood. It was verified in the three realms the cultural consensus and low similarity between the quoted plants. Women’s ethno-knowledge about wild vegetation and their ambiental knowledge reasserts its importance in the countryside and the creation of public politics aimed at the conservation of biodiversity based on women's empowerment. pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Etnobotânica pt_BR
dc.subject Sustentabilidade pt_BR
dc.subject Gênero pt_BR
dc.subject Mudanças ambientas pt_BR
dc.subject Ethno-botanics pt_BR
dc.subject Gender pt_BR
dc.subject Ambiental changes pt_BR
dc.subject Sustentability pt_BR
dc.title SABERES TRADICIONAIS, MUDANÇAS AMBIENTAIS E O EMPODERAMENTO FEMININO NO ENTORNO DE UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO BRASILEIRA pt_BR
dc.type Thesis pt_BR


Files in this item

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account