Repositório Institucional da UFPI

COM A PALAVRA, A/O MESTRA/E: a afrodescendência e a educação profissional tecnológica em tempos de educação para as relações raciais

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dc.contributor.author PORTO, Leudjane Michelle Viegas Diniz
dc.date.accessioned 2022-09-30T20:08:19Z
dc.date.available 2022-09-30T20:08:19Z
dc.date.issued 2022-09-30
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/2877
dc.description Orientador: Prof. Dr. Francis Musa Boakari Examinadora externa: Profa. Dra. Iraneide Soares da Silva (UESPI) Examinadora externa: Profa. Dra. Raimunda Nonata da Silva Machado (UFMA) Examinadora interna: Profa. Dra. Shara Jane Holanda Costa Adad Examinadora interna: Profa. Dra. Antônia Edna Brito pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, criados com a Lei 11.892/2008, propõem a Educação Profissional para além dos moldes que, até então, vinha sendo realizada, apresentando, em suas diretrizes, a necessidade de pensar essa modalidade de ensino na perspectiva da educação para as diversidades, sendo a abordagem das relações raciais inserida nesse contexto. Porém, essa proposta tenta se efetivar na realidade permeada por racismos, sofridos, especialmente, por afrodescendentes. Problematizando esta realidade, emergiram as seguintes questões: como a educação profissional, que tem forte tradição na valorização da educação voltada para atender às necessidades do mercado de trabalho capitalista, relaciona-se com a proposta da educação para as relações raciais? De que modo os documentos institucionais fazem essa abordagem? Essas indagações conduziram ao objetivo geral de compreender como o Instituto Federal de Educação do Maranhão (IFMA) lida com as exigências da educação para as relações raciais considerando o que regem os documentos legais e institucionais referentes à Educação Profissional e Tecnológica; e aos objetivos específicos: caracterizar o modo como os documentos institucionais dialogam com a proposta da educação para as relações raciais no Brasil de acordo com as prescrições nos documentos legais; averiguar as relações entre o que dizem participantes da pesquisa sobre as exigências da educação para as relações raciais brasileiras e o seu pertencimento racial; analisar práticas relatadas no tocante à educação para as relações raciais brasileiras por profissionais do IFMA que participaram do estudo. A tese que direcionou esta pesquisa é a de que a colonialidade presente em nossos corpos e em nossas mentes faz com que a abordagem das relações raciais estabeleça, quando muito, relações fronteiriças representando a possibilidade de questionar a colonialidade na tentativa de enfrentar o racismo. Dentre os estudos que fundamentam as análises da pesquisa, destacam-se: Bhabha (2013), Munanga (1999), Cunha (2000a), Mignolo (2005,2008), Fanon (2005, 2008), Foucault (1982), Guimarães (2009), Boakari (2010), Quijano (2010), Santos (2010), Boakari e Silva (2011), Hall (2011), Certeau (2014), Silva (2014), Mbembe (2017), Nascimento (2010) Carneiro (2005). As fontes de informações para a realização da pesquisa foram documentos institucionais e entrevistas realizadas com docentes, gestores e gestoras do IFMA. Este estudo revela possibilidades de fronteiras questionadoras das relações raciais na Educação Profissional Tecnológica, bem como expõe a força do racismo no cotidiano do fazer institucional como um aspecto que faz parte da racialização das relações de poder advindas com a colonização e reinventadas com a colonialidade. ABSTRACT: The Federal Institutes of Education, Science and Technology, created by the Law 11.89 2 / 2008, propose the Professional Education beyond the patterns that until then had been carried out, presenting, in its guidelines, the necessity of thinking this area of teaching in the the perspective of education for diversity, and the approach of race relations is inserted in this context. However, this proposal tries to be effective in this reality permeated by racism, suffered especially by Afro-descendants. Critically analyzing this reality, the following questions emerged: how does professional education, which has a strong tradition in valuing education that aims to meet the needs of the capitalist labor market, relate to the proposal of education for race relations? How do institutional documents take this approach? These inquiries have led to the general objective of understanding how the Federal Institute of Education of Maranhão (IFMA) deals with the demands of education for race relations considering what legal and institutional documents pertain to Vocational and Technological Education; and to the specific objectives: to characterize how institutional documents dialogue with the proposal of education for racial relations in Brazil, according to the prescriptions in legal documents; to ascertain the relations between what the research participants say about the demands of education for Brazilian racial relations and their racial belonging; to analyze practices related to education for Brazilian race relations reported by IFMA professionals who participated in the study. The thesis directing this research is that the coloniality existent in our bodies and in our minds makes the approach of race relations establish, at most, borderline relations representing the possibility to question coloniality in the attempt to face racism. Among the studies that base the analysis of this research, the following stand out: Bhabha (2013), Munanga (1999), Cunha (2000a), Mignolo (2005,2008), Fanon (2005, 2008), Foucault (1982), Guimarães 2009), Boakari (2010), Quijano (2010), Santos (2010), Boakari e Silva (2011), Hall (2011), Certeau (2014), Silva (2014), Mbembe (2005). The sources of information for conducting the research were institutional documents and interviews with teachers and managers of IFMA. This study reveals possibilities of questioning frontiers of racial relations in Professional Technological Education, as well as exposes the force of racism in the daily practice of institutional making as an aspect that is part of the racialization of the power relations resulting from colonization and reinvented with coloniality. RESUMEN: Los Institutos Federales de Educación, Ciencia y Tecnología, creados con la Ley 11.892/2008, proponen la Educación Profesional además de los moldes que, hasta entonces, venía siendo llevadas a cabo, mostrando, en sus directrices, la necesidad de pensar esa modalidad de enseñanza en la perspectiva de la educación para las diversidades, mencionando las relaciones raciales insertadas en ese contexto. Sin embargo, esa propuesta intenta realizarse en la realidad repleta de racismos, sufridos especialmente por la gente negra. Cuestionando esta realidad, surgieron las siguientes preguntas: ¿cómo la educación profesional que tiene una fuerte tradición en apreciación de la educación, orientada a satisfacer las necesidades del mercado laboral capitalista, se refiere a la propuesta de la educación para las relaciones raciales? ¿De qué modo los documentos institucionales hacen ese abordaje? Esas cuestiones condujeron al objetivo general de comprender como el Instituto Federal de Educación del Maranhão (IFMA) trata las exigencias de la educación para las relaciones raciales, considerando lo que regulan los documentos legales e institucionales referentes a la Educación Profesional y Tecnológica; y a los objetivos específicos: caracterizar el modo como los documentos institucionales dialogan con la propuesta de la educación para las relaciones raciales en Brasil en consonancia con las prescripciones en los documentos legales; averiguar las interacciones entre los que se dicen participantes de la investigación acerca de las exigencias de la educación para las relaciones raciales brasileñas y su pertenencia racial; analizar las prácticas relatadas en la educación para las relaciones raciales brasileñas por profesionales del IFMA que participaron del estudio. La tesis que impulsó esta investigación es que la colonialidad presente en nuestros cuerpos y en nuestras mentes hace con que el enfoque de las relaciones raciales establezca, cuando mucho, las relaciones fronterizas que representan la posibilidad de cuestionar la colonialidad en un intento de enfrentar el racismo. Entre los estudios que sustentan los análisis de la investigación, se destacan: Bhabha (2013), Munanga (1999), Cunha (2000a), Mignolo (2005,2008), Fanon (2005, 2008), Foucault (1982), Guimarães (2009), Boakari (2010), Quijano (2010), Santos (2010), Boakari e Silva (2011), Hall (2011), Certeau (2014), Silva (2014), Mbembe (2017), Nascimento (2010) Carneiro (2005). Las fuentes de informaciones para la realización de la investigación fueron documentos institucionales y entrevistas realizadas con docentes, gestores y gestoras del IFMA. Este estudio revela las posibilidades de fronteras inquisitivas de las relaciones raciales en la Educación Profesional Tecnológica, así como expone la fuerza del racismo en el cotidiano del hacer institucional como un aspecto que forma parte de la racialización de las relaciones de poder derivadas de la colonización y reinventadas con la colonialidad. pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Educação - Relações raciais pt_BR
dc.subject Educação profissional tecnológica pt_BR
dc.subject Afrodescendência pt_BR
dc.subject Colonialidade pt_BR
dc.subject Education - Racial relations pt_BR
dc.subject Professional technological education pt_BR
dc.subject Afro-descendant pt_BR
dc.subject Coloniality pt_BR
dc.title COM A PALAVRA, A/O MESTRA/E: a afrodescendência e a educação profissional tecnológica em tempos de educação para as relações raciais pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


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