Abstract:
RESUMO: “Invocação às Musas...” tal era a expressão utilizada pelos poetas (aedos) na Grécia antiga antes do canto de suas peças – epopeias e romances. As Musas, por sua vez, eram deusas associadas à música, ao conto e à memória, sendo estas as responsáveis pela produção poética, enquanto que o poeta era seu porta-voz. Assim, para os gregos da antiguidade homérica a produção poética tratava-se de um feito divino. Ademais, foi por meio dessas histórias que Homero, o maior dos poetas gregos, se tornou o grande educador da Grécia, uma vez que, ao cantar, narrar ou contar essas histórias – Ilíada e Odisseia –, não só transmitia, tradições militares do mundo helênico, com certa base histórica, mas uma miríade de experiências e imagens para a formação e expansão do imaginário daquele povo e, com isso, melhorando a sua capacidade de pensamento. Diante disso, acredita-se, em certa medida, que ensinar filosofia é transmitir conceitos e/ou conteúdos sobre a história da filosofia, o que certamente, é condição sine qua non para que o processo de ensino filosófico esteja imbuído da sua própria história, sendo essa a matéria prima para filosofar. No entanto, transmitir a história da filosofia sem vivificá-la no pensamento do aluno é, antes de tudo, um processo reducionista da própria filosofia, sem imaginação. Assim, é preciso tal como Homero, proporcionar um processo que perpassa a mera concepção pedagógica de ensino. Partindo deste entendimento, a seguinte questão se evidencia: Como ensinar filosofia? Esta questão é, ela mesma, um problema filosófico. Por isso, buscaremos como possibilidade e/ou proposta para o ensino de filosofia, demostrar que: a arte de contar histórias pode trazer à tona uma prática para além da transmissão de conteúdo. Desse modo, no primeiro momento, buscou-se discutir o ensino da filosofia como problema filosófico; em seguida, dialogou-se acerca do papel da literatura e/ou humanidades na formação humana e, por último, foi demostrado como arte de contar histórias pode fomentar a formação e expansão do imaginário da criança e do adolescente no ensino de filosofia. Entrementes, este trabalho foi realizado com os alunos (as) da escola Pequeno Príncipe de Floriano/PI, especificamente, com 6°, 7° e 8° ano do Ensino Fundamental II, além disso, devido a pandemia do Covid-19 ressaltamos o caráter remoto desta intervenção, sobretudo, através das plataformas digitais: Youtube, Google Meet, Grupos no Telegram e outros. Ademais, como base teórica, o estudo está sustentado nas postulações de Gallo (2012), Cerletti (2009), Porta (2002), Nussbaum (2015), Keen (2017), Oliveira (2014), Colomer (2007), Coelho (2000), Aristóteles (2010) entre outros. Esta intervenção filosófica possibilitou novas experiências e vivências ao proporcionar novas sensações e emoções pela via da imaginação. Frente ao exposto, foi possível vivenciar outras vidas e épocas – um outro ethos, o que fomentou, em certa medida, a empatia e a tolerância por parte das crianças e adolescentes. Além disso, o presente estudo mostrou-se uma possibilidade livre e criativa para o ensino de filosofia para além da simples transmissão de conteúdo.
ABSTRACT: "Invocation of the Muses..." such was the expression used by poets (aedos) in Ancient Greece before they sing about their plays - epic novels. Like the Muses, in turn, he was associated with music and breaking with a memory, as these already existed responsible for the poetic production, while a poet or door-holder was choral. So, prepare the bone the Greeks give Homerica antiquity A producatur dealt with poetic self-made about it. Ademar, it was added by I urinate these stories that Homer, the two greatest poets, Greeks and others made The grand Educator give Greco, since, in singing, the lecture on telling these stories - Iliad out cause.Yet - not only conveyed military traditions give the Hellenic world a fixed historical base, but a myriad of experiences give to imaginary numbers, and Images for Formation and expansion for people and, with that, improved from their thinking capacity. Before adopted, it is believed, in a certain method, which uses Philosophy and transmit concepts and/or contents about the History of philosophy Oh that certainly, and condition without it, not for the process of imbued philosophical teaching to give its own history; this is the existing primary material for philosophy. However, transmitting the History of Philosophy revives its salad in the student's thoughts And, before starting from the rank and file, a reductionist process gives each dellaphilosophy a salad to the imagination. Thus, it is necessary, like Homer, to provide a way of passing through a mere Pedagogical conception to a teaching process. Starting from this understanding, evidences the next question itself: How to use philosophy? This question is itself a philosophical problem. Therefore, we will seek as a possibility and / or proposal for teaching philosophy, to demonstrate that an ability to tell stories can bring a practical thunder shadow beyond giving Transmission Hits. Weave in your own way, not at first Buscot-O teach to discuss to give philosophy as a philosophical problem; then, there was a dialogue about the role of giving literature / or humanities in human education and, finally, it was demonstrated how the art of storytelling can foster, from the formation from the imaginary expansion, to give philosophy to the child in teaching. Meanwhile, this work was carried out with students from the Pequeno Príncipe School of Florian / PI specifically, with 6, 7th of 8 years of Elementary School 2, in addition adopted, due to the pandemic dar Covid-19 we emphasize The character is removed, of this Intervention, mainly, through the digital platforms: Youtube, Google Meet, Groups on Telegram and others. Ademar, as a theoretical basis Oh study being supported in the postulations rooster (2012), Cerletti (2009), Porter (2002), Nussbaum (2015), Keen (2017), Oliveira (2014), Coloma (2007), Coelho (2000), Aristotle (2010) among others. These new sensations Philosophical intervention made possible from the new Emocore Experiences by leaving the path, give Vivencias imagination when providing. In front of ON A SHORE, it was possible to experience other lives and times - another healthy ethos, which fostered, in a reliable method, empathy on the part of children and tolerance on the part of boys. Dissolved addition Oh study revealed self-shadow free possibility and creative teaching prepare philosophy in addition to giving simple Broadcast Hits.