Abstract:
RESUMO: Nesta pesquisa, apresentamos a escola, a educação e o ensino através de uma genealogia da
experiência de aprender. Para isso, a ênfase na escola tanto como uma instituição moderna
carregada por sua pretensão normalizadora, quanto um lugar de possível da experiência, ou
pensando outra maneira, da experiência como possibilidade de uma nova realidade ou da
diferença. Em tempos de abandono, reforçamos o elogio da escola, a partir de Jorge Larrosa.
Assim, a infância, a experiência e a filosofia se cruzam ao pensar o ensino: a infância tratada
como o momento original do começo do infinito – não de modo cronológico, mas sim como a
origem sempre presente –, a experiência como aquilo que nos acontece e que se passa, por
nós/em nós, e a filosofia como a infância do pensamento. Nesse contexto, o objetivo principal
é abordar o ensino de filosofia – em específico, mas não apenas – como possibilidade da
experiência, em vez de matérias ou conteúdos, mais afetiva do que formal, mais construtiva do
que discursiva. No que diz respeito à possibilidade de uma intervenção prática, elaboramos uma
proposta que diz da possibilidade de produção de um diário – diário de leitura (como produto
final) – pelos estudantes, o qual aponta para a introdução de um novo mecanismo na escola,
mais próximo de uma técnica de si de que de um mecanismo avaliativo, tendo em vista o
conceito de experiência, a partir de textos de Jorge Larrosa, cuja finalidade é situar o saber da
experiência no âmbito escolar e ainda e do texto de Anna Rachel Machado para a construção
da proposta de produção do diário de leitura.
ABSTRACT: In this research, we present school, education and teaching through a genealogy of the learning
experience. For this, the emphasis on school both as a modern institution charged by its
normalizing pretension, as a place of possible experience, or thinking another way, of
experience as a possibility of a new reality or difference. In times of abandonment, we reinforce
the praise of the school, starting with Jorge Larrosa. Thus, childhood, experience and
philosophy intersect when thinking about teaching: childhood treated as the original moment
of the beginning of the infinite – not chronologically, but as the ever-present origin – experience
as what happens to us and what happens, for us/in us, and philosophy as the infancy of thought.
In this context, the main objective is to approach the teaching of philosophy – specifically, but
not only – as a possibility of experience, rather than subjects or contents, more affective than
formal, more constructive than discursive. With regard to the possibility of a practical
intervention, we developed a proposal that speaks of the possibility of producing a diary - a
reading diary (as a final product) - by the students, which points to the introduction of a new
mechanism in the school, more closer to a technique of the self than to an evaluative
mechanism, in view of the concept of experience, based on texts by Jorge Larrosa, whose
purpose is to situate the knowledge of experience in the school environment and also the text
of Anna Rachel Machado for the construction of the proposal for the production of the reading
diary.