Abstract:
RESUMO: INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico caracterizado pela
presença de hiperglicemia em consequência de defeito na secreção e/ou ação da
insulina. Esse estado hiperglicêmico característico favorece o estresse oxidativo que
está associado ao progresso e às complicações da doença. O selênio e a enzima
superóxido dismutase são importantes antioxidantes que atuam contra o dano
oxidativo induzido pelo diabetes. Portanto, o objetivo do estudo é avaliar o consumo
alimentar de selênio e marcadores de estresse oxidativo em pacientes com Diabetes
Mellitus Tipo 2. MÉTODOS: Estudo caso-controle de delineamento analítico, realizado
com 60 indivíduos, com idade entre 20 e 59 anos, de ambos os sexos, distribuídos em
grupo controle (n=30) e grupo caso (n=30). Foram avaliados parâmetros
antropométricos e de composição corporal por meio da determinação do Índice de
Massa Corporal, medida da circunferência da cintura e do percentual de gordura
corporal. A análise da ingestão de selênio e de macronutrientes foi realizada por meio
de dois recordatórios de 24 h, utilizando o software Dietpro 6.1. A determinação das
concentrações séricas de glicose foi realizada pelo método colorimétrico-enzimático,
o perfil lipídico foi determinado por química seca, e a avaliação do estresse oxidativo
por meio da determinação das concentrações plasmáticas de malondialdeído e da
enzima mieloperoxidase e atividade da enzima superóxido dismutase nos eritrócitos.
A Proteína C-reativa foi analisada por Imunoturbidimetria, como um marcador da
atividade inflamatória. Na análise estatística foi utilizado os testes t de Student e U de
Mann-Whitney para comparação de médias e teste Exato de Fisher para verificar
associações entre as variáveis. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo feminino
(67,7%) em ambos os grupos. Os diabéticos apresentaram maior índice de massa
corporal e circunferência da cintura (p<0,05) e, quanto ao consumo alimentar,
verificou-se que a ingestão de selênio foi maior no grupo diabetes (p<0,05), mas
abaixo da recomendação. A glicemia de jejum apresentou valores mais elevados em
diabéticos (p<0,05). Baixa atividade da enzima superóxido dismutase (p<0,05) e maior
concentração plasmática de malondialdeído (p<0,05) foram encontradas no grupo
caso. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre o consumo
de selênio e a concentração de marcadores de estresse oxidativo. CONCLUSÃO: Os
participantes apresentaram consumo de selênio abaixo das recomendações, o grupo
diabetes apresentou maiores concentrações de marcadores de peroxidação lipídica e
baixa atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase.
ABSTRACT: INTRODUCTION: Diabetes Mellitus is a metabolic disorder characterized by the
presence of hyperglycemia a result of defective secretion and / or insulin action. This
characteristic hyperglycemic status favors the oxidative stress, which is associated
with the progress and complications of the disease. Selenium and the enzyme
superoxide dismutase are important antioxidants that act against diabetes-induced
oxidative damage. Therefore, the goal of the study was to evaluate the dietary intake
of selenium and markers of oxidative stress in patients with Type 2 Diabetes Mellitus.
METHODS: A case-control study of an analytical design, conducted with 60
individuals, aged between 20 and 59 years, male and female, distributed in a control
group (n = 30) and a case group (n = 30). Anthropometric and body composition
parameters were evaluated by determining Body Mass Index, waist circumference
measurement and body fat percentage. Selenium and macronutrient intake were
analyzed using two 24-hour recalls through Dietpro 6.1 software. The measurement of
serum glucose concentrations was performed by the colorimetric-enzymatic method,
the lipid profile was determined by dry chemistry, and the oxidative stress evaluation
by determining the plasma concentrations of malondialdehyde and myeloperoxidase
enzyme and superoxide dismutase enzyme activity in erythrocytes. C-reactive protein
was analyzed by immunoturbidimetry as a marker of inflammatory activity. Statistical
analysis were performed using Student's t-test and Mann-Whitney U test to compare
means and Fisher's exact test to verify associations between variables. RESULTS:
There was a predominance of females (67.7%) in both groups. Diabetic patients had
higher body mass index and waist circumference (p <0.05) and, as for food intake,
selenium intake was higher in the diabetes group (p <0.05), but below
recommendation. Fasting glucose showed higher values in diabetics (p <0.05). Low
activity of superoxide dismutase enzyme (p <0.05) and higher plasma concentration of
malondialdehyde (p <0.05) were found in the case group. No statistically significant
association was found between selenium intake and concentration of oxidative stress
markers. CONCLUSION: The participants had selenium intake below the
recommendations. The diabetes group presented higher concentrations of lipid
peroxidation markers and low activity of the antioxidant enzyme superoxide dismutase.