Abstract:
RESUMO: As espécies vegetais são submetidas a diversas e simultâneas condições ambientais
adversas, tais como o excesso de sais ou alumínio, que reduzem a produtividade
vegetal, principalmente em leguminosas. O presente estudo objetivou avaliar os
efeitos isolados do estresse salino ou por alumínio e a combinação destes estresses
com sombreamento no crescimento vegetativo, status hídrico foliar, pigmentos
fotossintéticos e metabolismo antioxidativo de plantas de feijão-caupi e feijão-mungo.
Isoladamente, o estresse salino e por alumínio reduziram o crescimento, o status
hídrico foliar e a produção de biomassa do feijão-caupi e feijão-mungo. Enquanto a
salinidade reduziu os pigmentos fotossintéticos do feijão-caupi e feijão-mungo, a
exposição ao alumínio induziu diferentes respostas nas duas espécies. Houve
aumento no peróxido de hidrogênio e na peroxidação lipídica em resposta a salinidade
e ao alumínio, enquanto que ascorbato e glutationa reduzidas e a atividade de
dismutase do superóxido e peroxidase de fenóis foram diferentemente modulados
nestas plantas. A exposição combinada ao alumínio (80 µM de AlCl3) e sombreamento
reduziu os níveis de peróxido de hidrogênio nas plantas de feijão-caupi e feijãomungo, enquanto que a salinidade (100 mM de NaCl) combinada com sombreamento
reduziu os níveis deste composto apenas no feijão-caupi. A combinação de salinidade
e sombreamento reduziu a peroxidação lipídica e a glutationa reduzida nas duas
espécies, enquanto que a combinação de alumínio e sombreamento aumentou a
peroxidação lipídica e o ascorbato reduzido no feijão-mungo. As atividades das
enzimas catalase, dismutase do superóxido, peroxidase do ascorbato e peroxidase
de fenóis foram reduzidas nas duas espécies vegetais em resposta à combinação de
alumínio e sombreamento. Os resultados reforçam que não se pode estimar os efeitos
de estresses abióticos combinados a partir de estresses aplicados isoladamente.
Conclui-se que a combinação de estresses induziu maior tolerância das plantas de
feijão-caupi e feijão-mungo que os estresses isolados.
ABSTRACT: Plant species are subjected to different and simultaneous adverse environmental
conditions, such as excess salts or aluminum, which provides plant productivity,
especially in legumes. The present study aimed to evaluate the isolated effects of salt
or aluminum stress and the combination of these stresses with low irradiance on
vegetative growth, leaf water status, photosynthetic pigments and antioxidative
metabolism of cowpea and mung bean plants. In isolation, salt and aluminum stress
reduced growth, leaf water status and biomass production of cowpea and mung bean.
While salinity reduced the photosynthetic pigments of cowpea and mung bean,
exposure to aluminum induced different responses in the two species. There was an
increase in hydrogen peroxide and lipid peroxidation in response to salinity and
aluminum, while reduced ascorbate and glutathione and the activity of superoxide
dismutase and phenol peroxidase were differently modulated in these plants. The
combined exposure to aluminum (80 µM AlCl3) and low irradiance (400 µmol m-2 s-1)
reduced the levels of hydrogen peroxide in cowpea and mung bean plants, while the
salinity (100 mM NaCl) combined with low irradiance reduced the levels of this
compound only in cowpea. The combination of salinity and low irradiance reduced lipid
peroxidation and reduced glutathione in both species, while the combination of
aluminum and low irradiance increased lipid peroxidation and reduced ascorbate in
mung bean. The enzymes activities catalase, superoxide dismutase, ascorbate
peroxidase and phenol peroxidase were reduced in both plant species in response to
the combination of aluminum and low irradiance. The results reinforce that the effects
of combined abiotic stresses cannot be estimated from stresses applied alone. It was
concluded that the combination of stresses induced greater tolerance of cowpea and
mung bean plants than isolated stresses.