Abstract:
RESUMO: A pressão arterial elevada (PA), comumente chamada de hipertensão, e um importante
problema de saúde mundial. Estatísticas epidemiológicas nos revelam que cerca de 45 a 55%
dos homens e 45 a 65% das mulheres em faixas etárias entre 45 e 70 anos apresentam algum
fator de risco para o desenvolvimento da hipertensão O uso de drogas anti-hipertensivas
busca reduzir derrames, infartos do miocárdio e insuficiência cardíaca. A Sulcatona é
encontrada em frutas cítricas, está presente no óleo de citronela, é um ingrediente
aromatizante pertencente à classe dos hemiterpenos e também é considerada um feromônio
de insetos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a biomolécula Sulcatona (6-metil-5-hepten-2-ona) caracterizando seu potencial citotóxico em células A7r5 e acão anti-hipertensiva em animais SHR e WKY, avaliando o mecanismo de ação envolvidos. Os testes
de citotoxicidade foram realizados em células A7r5 (BCRJ 0034), utilizando o teste de
viabilidade celular MTT nos tempos de 24, 48 e 72 horas de incubação. Os resultados
demonstraram que nos testes de citotoxicidade a Sulcatona não promoveu morte celular nas
concentrações de 10
-10
a 10
-3
M, somente na maior concentração de 10-2
M demostrou caráter
citotóxico, podendo ressaltar que nas outras concentrações analisadas a Sulcatona aumentou
a viabilidade celular, podendo sugerir que ela não apresenta atividade citotóxica nas
concentrações de 10
-10
a 10
-3M, sobre as células dos músculo liso vascular. Nos experimentos
da atividade anti-hipertensiva utilizou-se ratos Wistar kyoto (WKY) e espontaneamente
hipertensos (SHR). Os valores basais Pressão arterial média (PAM) e de Frequência Cardíaca
(FC) dos animais foram (WKY: PAM: 104,5±2,26; FC:302,6±11,89: e SHR: PAM: 161,9±4,0;
FC:332,4±11,09 respectivamente). A administração venosa de Sulcatona induziu uma
acentuada hipotensão; -14,72±0,89 mmHg seguida de uma resposta taquicardica nas doses
(12,5 e 25 mg/kg) e uma bradicardia na dose (50mg/kg) em ambos os modelos (WKY:
18,55±1,62; -29,68±1,18; -52,45±1,18 mmHg e SHR: (-14,72±0,89; -20,44±1,09; -39,59±2,31mmHg), efeitos estes que duraram cerca de 10–15 s. Após os bloqueios como o
bloqueio com atropina observou-se uma atenuação da PAM e praticamente aboliu a FC de
animais WKY e SHR em todas as doses. A Sulcatona na dose de 50 mg/kg atenuou a
hipotensão e reverteu a bradicardia na presença de ioimbina. O bloqueio da No-sintase com
L-Name reduziu a PAM nas doses de 25 e 50 mg/kg e a FC foi revertida na maior dose em
animais WKY. A Sulcatona na forma livre (100 mg/kg, v.o.) não foi capaz de diminuir a PA em
SHR porém Sulcatona/β-CD na dose de (200 mg/kg, v.o) reduziu a PA após 2 h com tempo
de ação de 3 horas quando comparado com o controle. Em relação a atividade da Sulcatona
sobre os receptores de adenosina A2A em células A7r5, verificamos a presença deste receptor
nessas células através de rt-qPCR. Para averiguar a ação da Sulcatona sobre os receptores
A2A e a enzima CYP1B1, utilizamos o In-Cell Western-Blotting na qual verificamos que a
Sulcatona aumentou a expressão desse receptor de forma dependente de concentração (10
-6
a 10
-3
M), e observou-se também que a Sulcatona alterou a expressão da enzima CYP1B1
no estado basal. Assim todos os resultados nos permite concluir que, Sulcatona possui ação
anti-hipertensiva envolvendo a participação dos receptores muscarínicos e a2-adrenérgicos e
da enzima NO-sintase, demonstrou-se também a presença dos receptores de adenosina A2A
em células de musculo liso vascular (A7r5), bem como, que a Sulcatona age diretamente ou
modulando os receptores de adenosina A2A em células de musculo liso vascular (A7r5) e no
estado basal a sulcatona foi capaz de atenuar a expressão da enzima CYP1B1 na
concentração de 10
-5
M. Os resultados obtidos neste estudo são promissores, e nos impulsiona
a continuar a investigação dos mecanismos de ação da Sulcatona na patologia da hipertensão
arterial e doenças cardiovasculares.
ABSTRACT: High blood pressure (BP), commonly called arterial hypertension, is an important
international health problem. Systemic arterial hypertension (SBP) is at least 140
mmHg or it is systemic arterial pressure (DBP) of at least 90 mmHg or both. The main
goal of antihypertensive treatment is for strokes, myocardial infarctions and heart
failure. Thus, a new synthetic molecule called sulcatone or 6-methyl-5-hepten-2-one
evaluated in its antihypertensive activity in SHR and WKY animal models is solved.
Sulcatone is found in citrus fruits, is present in citronella oil and is a flavoring
component of the family of Hemiterpenes. In the cytotoxicity tests with the MTT assay
sulcatone did not cause cell death at concentrations of 10
-3
to 10
-10
M, only at the
highest concentration of 10
-2
M it was cytotoxic. Regarding the cardiovascular limits,
the sulcatone administered i.v. and small doses (12.5 and 25 mg/kg) and bradycardia
at the highest dose (50mg/kg) in both animal models were used. Effect that after the
pressure of pharmaceutical compounds has been the effect of the block of fungicide
the fall of the PAM and practically abolished to FC of animals WKY and SHR in all the
doses, the Sulcatona in dose of 50 mg/kg attenuated a hypotension and reversed
bradycardia after yohimbine blockade. And after L-name blockade the WKY animals
had a dose reduction of 25 and 50 mg/kg and HR were reversed at the higher dose.
Sulcatone in pure form was not able to lower blood pressure in SHR animals, but the
Sulcatone/β-CD complex at the dose of 200 mg / kg reduced blood pressure from 2
hours after oral administration of a 3-hour action time when compared to the control.
In this way, we can conclude that the pharmacological tests can be submitted to those
that may be present in muscarinic, a2-adrenergic receptors and NO production in WKY
and SHR animal models leading to blood pressure drop. In view of the biotechnological
apparatus used, a complexation of Sulcatone/β-CD, an antihypertensive effect was
observed at a dose of 200mg / kg orally when compared to the control, which was not
done only with the use of free sulcatone. Thus, it may be necessary to add an
antihypertensive improved Sulcatone/β-CD solution in SHR animal models, thus
successively, in a solubility of the substance tested. Regarding the activity of Sulcatone
on adenosine A2A receptors in A7r5 cells we verified the presence of this receptor in
these cells through the rt-qPCR technique. To verify the action of Sulcatone on A2A
receptors and CYP1B1 enzyme, we used In-Cell Western Blotting in which we found
that sulcatone increased expression of this receptor in a concentration-dependent
manner (10-6
to 10
-3
M), however. Sulcatone was unable to alter the expression of
CYP1B1 enzyme at baseline. Thus, the results show that we verify the presence of
A2A adenosine receptors in vascular smooth muscle cells (A7r5), as well as sulcatone
acts directly or modulating adenosine A2A receptors in vascular smooth muscle cells
(A7r5) at all concentrations. which were used (10
-6
to 10
-3
M) and in the basal state
sulcatone was able to attenuate the expression of CYP1B1 enzyme at a concentration
of 10-5 M.